Dangerous Atraction

🌈4🌈

Liam pov

Depois da péssima noite de ontem, voltei para casa exausto, querendo apenas deitar e dormir. Mas, como nada nunca é do jeito que eu quero, já na entrada um dos meus seguranças veio ao meu encontro.

— Chefe, os negócios com a gangue do sul não estão indo muito bem — ele disse, me fazendo suspirar enquanto caminhava em direção ao escritório.

— O que foi agora? — perguntei, sem paciência.

— Eles não aceitaram o acordo e também se recusam a pagar o que devem.

— Quem eles pensam que são?! — retruquei, já mais irritado.

— Como devemos proceder, chefe?

— Agende uma reunião, Matt. Resolvo isso depois — suspirei, pegando um copo de vodka.

— E amanhã é o dia de selecionar o novo secretário — ele acrescentou, e eu apenas fiz um sinal para que ele saísse da sala.

— Ah, tanta coisa para fazer... — murmurei, me recostando na cadeira.

O que também não sai da minha cabeça é a imagem daquele garoto na boate. Ele era... diferente. A forma defensiva, ousada até, e aquele jeito inesperado de me agredir... me chamou atenção de uma maneira que eu não consigo explicar. Eu gostaria de encontrá-lo de novo.

Minha linha de pensamento é interrompida pela voz irritante de Mary.

— Amor, você não vai dormir? — perguntou ela, alisando meu ombro.

— Vou, mas não com você — disse, me levantando e indo em direção ao meu quarto.

— E eu vou dormir onde? — Ela perguntou, já me seguindo.

— Você já notou quantos quartos tem aqui? Escolha um — fechei a porta, impedindo sua entrada.

— Por que você é assim comigo? — ela praticamente chorou do outro lado.

— Porque eu nunca te dei esperanças, Mary. Nunca disse que gostava de você, então poupe-me desses dramas idiotas — respondi, enquanto ouvia seus gritos no corredor.

— Você ainda vai pagar pelo que faz comigo, Liam!

— Então eu espero, mas saiba que eu nunca perco! — gritei de volta, sem me preocupar.

[...]

Acordei com o despertador tocando, e com raiva, joguei-o contra a parede.

Depois de uma manhã usual, com as higienes feitas e o café da manhã servido por Nana, a mesa já estava posta como sempre.

— Bom dia, querido! — ela disse, me dando um beijo na testa.

— Bom dia, Nana — respondi com um pequeno sorriso.

— Hoje é o dia de selecionar o novo secretário, certo? — ela perguntou, servindo meu café.

— Sim, vamos ver se aparece alguém decente — disse, desinteressado.

— E por que o último foi embora mesmo? — ela perguntou. Ri discretamente.

— Nada de mais. Ele só descobriu que trabalha para um mafioso e resolveu que não queria se envolver com gente da "minha laia" — respondi, com sarcasmo. Ela sorriu levemente.

— Isso também não é algo fácil de aceitar, querido. Imagine o choque dele ao descobrir para quem trabalhava — disse ela, balançando a cabeça.

— Todos são iguais... — retruquei, frio.