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Liam pov

Estava a caminho do local onde James estava. O cretino parecia não ser tão esperto no quesito fuga e queria ao menos resolver isso de um modo rápido e sem muita dificuldade. Se ele for inteligente, vai responder minhas perguntas de modo proativo; se não for, temo não poder ser tão gentil.

Assim que adentrei o espaço, tive um vislumbre do indivíduo amarrado, enquanto dois de meus homens o espancavam sem dó alguma. Puxei uma cadeira e sentei a alguns passos de distância, apenas os observando.

— Gostando da recepção? – indaguei, rindo frouxamente.

— M-me d-desculpa s-senhor! – gaguejou em sua tentativa de arrependimento.

—Podem sair. – ordenei. Eles assentiram em concordância, retirando-se da sala e nos deixando a sós. — Bem, James, o que tem a me dizer?

— E-eu n-não q-queria, e-e ela d-disse q-que o senhor pediu, e-eu juro! – murmurou, choroso. — P-por favor, não me mata!

— Nossa, fico triste por você achar que sou tão cruel assim – fingi limpar uma lágrima, enquanto ele engolia seco ao notar meu humor duvidoso. — Você me traiu. Como posso confiar em você agora, James? Hmm?

— E-eu vou ser melhor, senhor, por favor! – insistiu de modo deplorável.

— Não acho que mereça meu perdão. E olha, as pessoas ficariam aliviadas com a sua morte. – Sorri divertido, vendo sua feição empalidecer instantaneamente.

— E-eu tenho mulher e filho, por favor, senhor!

Tentei evitar, mas minha boca se abriu numa gargalhada histérica. Ele parecia patético, implorando.

— Por que está rindo? Por quê? – gritou, enfurecido.

— Mulher e filho? Tem certeza de que ainda os têm? – questionei, com uma feição levemente zombeteira.

— O que você fez com eles? – debateu-se, enquanto continuava o drama.

— Eu? Eu não precisei fazer nada. Você fez, meu caro. – Aproximei-me dele, agarrando seus ombros e o olhando curiosamente. — O fato de ser um marido abusivo e um pai ausente não é minha culpa, é?

— Do que você- – calou-se ao perceber o que, de fato, aquilo significava.

— Ora, ora, não é legal apanhar, não é? Como se sente? É doloroso? Machuca? – fiz beicinho enquanto pronunciava as palavras, vendo sua feição distorcer e adquirir um semblante irritado.

— Isso não é problema seu, Liam! – murmurou entre dentes.

— Oh, é claro que é. Afinal, todos sabem que não machucamos inocentes, mas você não leva isso a sério, não é? – refutei sua afirmação, sabendo que seus nervos se elevariam ao longo do diálogo. — Isso é covardia. Um casamento deve ser sinônimo de respeito, amor mútuo. Acho que nunca ouvi um padre dizer que violência está no pacote.

— Vai se ferrar! – cuspiu furiosamente em meu rosto, fazendo-me suspirar profundamente.

— É incrível como todos se mostram arrependidos quando estão prestes a morrer, mas, assim que provocados, conseguem mostrar a verdadeira intenção por trás de toda a máscara de “eu sinto muito”. – Limpei a saliva de minha face enquanto me dirigia à mesinha de ferramentas, olhando os objetos ali presentes e sorrindo satisfeito ao ver a marreta entre os utensílios.

— Olha o que encontrei, James, haha, que legal! – ergui a ferramenta entre as mãos numa risada espontânea.

— Você é maluco? Foda-se, seu merda, acha que eu tô com medo? – gritou. E, sim, com certeza ele estava apavorado.

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⏰ Última atualização: Oct 05 ⏰

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