Dangerous Atraction

🌈21🌈

Liam

— Então quer dizer que este garoto realmente é importante para você?

Meus dedos se contraíram na mesa, pressionando o tecido da minha camisa. O silêncio era tão denso que eu podia ouvir os batimentos acelerados do coração de Noah. O ar ficou mais pesado enquanto meu pai fixava o olhar nele.

Noah se afastou sutilmente de mim, sob o olhar cínico de meu pai.

— Diz logo o que quer — digo, sem paciência para suas provocações.

— Não posso mais te visitar? — pergunta, sentando-se em uma cadeira próxima.

— Não — respondo de imediato, provocando uma gargalhada nele. — Sou uma pessoa ocupada, não tenho tempo para você!

— Isso dói, filho — ele sorri. — Mas tudo bem, só queria te apresentar minha nova aliada.

Por um momento, quis dizer que isso não me interessa, mas conhecendo-o, sei que não faria diferença.

A porta se abriu novamente, e fiquei surpreso ao ver Mary entrar. Ela se posicionou ao lado de meu pai, com a cabeça abaixada, sem sequer me olhar nos olhos.

— Nossa! — foi Noah quem se pronunciou, após não ter dito nenhuma palavra até agora.

“Nem tanto,” pensei. Mary se distanciou desde nossa pequena discussão e o esclarecimento da minha parte. Com certeza, meu pai viu nisso uma oportunidade para me provocar.

— O que quer que eu diga? — pergunto, tedioso. — Era para eu fingir surpresa?

Mary olhou para mim e sorriu de maneira desconfortável, como se não pertencesse ali.

— Está do lado dele para se vingar de mim? — perguntei, sem pensar.

— Poupe suas palavras, filhinho. A única coisa que precisa saber é que eu tenho informações valiosas sobre você.

Não pude evitar uma risada incontrolável, sem saber como não achar graça em suas palavras.

— Oh, claro, estou morrendo de medo — digo, limpando as lágrimas do riso. — Era só isso?

— Como pode ser tão despreocupado? — ele perguntou, incrédulo.

— Aprendi com você, papai — respondi, sem ânimo.

— No fim, você se parece com sua mãe — ele disse, desanimado, levantando-se lentamente e saindo, sem sequer se despedir.

Fiquei parado, incapaz de reagir às suas palavras. Lembrar da minha mãe era sempre doloroso, memórias que, às vezes, eu queria poder controlar e esquecer.

Senti um abraço me envolvendo e sorri contidamente, finalmente relaxando.

— Você está bem? — Noah perguntou, preocupado.

— Estou — garanti, puxando-o para mais perto. — Com você aqui, está tudo ótimo.

— Isso é tão romântico! — ele riu, divertindo-se com o tom meloso da frase.