_ Não demora tá, estou morrendo de sono. - Caio disse meio grogue por causa do exagero nas bebidas mais cedo, no jantar da formatura.
_ Porque não dorme aqui? Já está tarde para ir para o seu apê. (1:34 da madrugada para ser mais exato) - disse enquanto o via desmoronar no sofá da sala, mal conseguia manter os olhos abertos e a cabeça em pé.
_ Não... Quero te mostrar uma coisa. - disse finalmente estacionando a cabeça para o lado.
_ Tudo bem. - concordei.
_ Já dormiu. - Constatou minha mãe sentada no outro sofá tirando o salto alto.
_ Fraquinho pra bebida em, não bebeu quase nada. - disse meu pai do lado da minha mãe todo largadão, sem terno e com os botões da camisa parcialmente abertos.
_ Ele é assim mesmo, com pouco fica bêbado e até passa mal às vezes, mas nem assim aprende.
Disse ao me lembra da festa em minha casa, em que ele quase me estuprou (cap. 1) e também das inúmeras histórias que Teresa me contava enquanto ainda namoravam.
_ Ele deve ter intolerância a álcool, meu amigo também tinha.
_ Tinha?
_ Sim, ele morreu por não saber respeitar os limites do corpo. - disse meu pai de forma seria e normal, como se aquilo acontecesse todos os dias.
Devo ter ficado pálido, mas branco que uma folha de papel, pois ele logo começou a rir de mim.
_ Relaxa garoto, não tive amigo que morreu disso. Mas tome cuidado com ele, não o deixe ultrapassar limites.
_ Mentira ou não, ele nunca mais vai beber na vida. - digo ao observa-lo dormir no sofá. Até babava. Mas parecia um anjo, meu anjo.
Minha mãe riu com o que falei.
_ Não o prenda tanto, apenas o aconselhe, homem odeia receber ordens.
_ Sua mãe tem razão. - meu pai concordou.
Dei de ombros.
_ Não iria beber água? - minha mãe perguntou ao se por de pé, já sem o salto.
_ Já ia me esquecendo. - digo já indo em direção à cozinha.
_ Espera, vou também. - disse minha mãe me acompanhando. - Vai querer algo querido? - perguntou ao meu pai por sobre o ombro sem parar de andar.
_ Um copo com água, por favor.
***
_ Como foram esses dias lá na casa da sua irmã? - perguntei enquanto enchia o copo com água.
_ Reflexivos, ela me ajudou bastante a entender essa questão da sua homossexualidade.
_ A tia Judy falou bem dos homossexuais? - perguntei pasmo.
Ela riu.
_ Também fiquei surpresa. Sei que ela é chata...
_ Muito chata. - complementei dando ênfase no "muito" - se brincar, ela discute até com Deus antes de dormir por não responde-la.
Ela riu ainda mais.
_ Tem razão. Mas o que eu pude notar nela esses dias que passei lá é que ela preza muito a família.
_ Confesso que ela caiu no meu conceito depois dessa. - digo dando o primeiro gole na água.
_ Nem todo mundo é cem por cento ruim Lucas.
VOCÊ ESTÁ LENDO
CAIO: Vencemos O Mundo (Romance Gay - LIVRO 2)
RomanceDepois de altos e baixos num relacionamento conflituoso com o namorado da melhor amiga, Lucas e Caio conseguem finalmente ficarem juntos com o consentimento e apoio de todos que os rodeiam, ou quase todos... Nessa segunda temporada, porém, Ambos ter...