06. Ele é meu filho! - Parte 01.

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_ Te espero no carro.

Ele me deu um beijo na testa e se foi, me deixando sozinho, assim como pedi.

_ Ainda não acredito que me deixou. – disse deixando a primeira lágrima cair. – Estou com tanta saudade.

"A lua, as estrelas, não são nada sem você

Seu toque, sua pele, por onde eu começo?

Não há palavras para explicar

A maneira que eu sinto sua falta

A noite, este vazio, este buraco que eu estou sentindo

Estas lágrimas, já explicam tudo

Você me disse para não chorar quando você se fosse

Mas a emoção toma conta de mim, ela é forte demais

Posso deitar ao seu lado?

Pertinho de você

E assim me certificar que você está bem

Eu vou tomar conta de você"


Já era noite quando chegamos em casa totalmente esgotados, minha mãe e meu pai estavam na sala assistindo tevê e assim que nos viram entrar nós encheram de perguntas. Sentei com a cabeça apoiada no ombro de minha mãe demonstrando cansaço e Caio por sua vez se sentou em uma poltrona ao lado de mim.

_ Transcorreu tudo bem sim. – respondi.

_ Agora é só espera a audiência. – Caio reforçou.

_ Pode nós deixar a sós Caio? – meu pai pediu sem mais nem menos.

Ele me olhou e eu balancei a cabeça para tranquilizá-lo.

_ Tudo bem, estou lá em cima. – ele disse se encaminhando até a escada, mas algo o fez parar na metade do caminho. Ele se virou para o meu pai e falou: – Eu queria pedir desculpas ao senhor mais uma vez sobre o que ocorreu mais cedo, eu não pensei direito, prometo que não vai acontecer novamente.

Sem esperar por resposta ele seguiu caminho.

Meu pai o observou com um olhar indecifrável até o perder de vista.

Algo estava muito errado.

_ Olha filho, e eu sua mãe conversamos bastante antes de vocês chegarem a respeito do que aconteceu mais tarde e...

_ Ah, para pai. – disse já sabendo onde ele iria chegar.

_ Escuta o seu pai, Lucas. – disse minha mãe colocando sua mão sobre a minha.

Meu pai continuou:

_ E chegamos a conclusão que estamos muito preocupados com esse seu namoro.

_ É noivado, é noivado pai. – disse meio impaciente. – Eu não vou deixar ninguém dizer o que devo fazer, sou quase um adulto, e nada do que falarem vai diminuir o que eu sinto por ele. Ele errou, eu errei e todos nós erramos em alguma parte da vida, ninguém é perfeito.

_ Filho, nós apenas queremos o seu bem. É nosso dever lhe alertar. – minha mãe disse.

_ Alertar sobre o que? – disse me levantando.

_ Vocês tem sorte de não está na cadeia a uma hora dessas. – ele disse mantendo a calma, ao contrário de mim que já me excedia.

Respirei fundo, esfreguei as têmporas e voltei a me sentar.

CAIO: Vencemos O Mundo (Romance Gay - LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora