07. Ele é meu filho! - parte 02.

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Narrado por Caio:



Me encaminhei para a sala com as pernas totalmente bambas e com o coração a mil, Edgar e seu filho estavam um pouco mais a frente e me guiavam, Keverson ainda sustentando o mesmo sorriso, vinha logo atrás acompanhado de dona Anna e seu advogado. A mesa era longa, típica de sala de reuniões, nós sentamos em lados opostos e esperamos o Juiz que lia algo atentamente começar a audiência e dá fim a minha apreensão.

Ele começou com um típico blá blá blá inicial, onde explicou toda a situação antes de ir ao que realmente interessava:


(O Juiz era moreno, alto, cabeça raspada e usava uns óculos que deixavam seus olhos estranhamente pequenos).

_ Senhores Winchesters porque acham que devem ficar com a guarda do menor e porque acham que o pai aqui presente; Caio Henrique, não deve ficar? – perguntou o Juiz que obteve a resposta imediata de Reinald.

_ Temos claras evidencias que ele, apesar de ter dezenove anos é uma pessoa despreparada e imatura senhor Juiz, ele não vai saber educar o meu neto como se deve.

A cada palavra dita por ele, só aumentava minha vontade de socar a cara dele e acabar com aquele velho metido a religioso ali mesmo.

_ Que evidências seriam essas? – perguntou o juiz.

Vamos lá desgraçado, prova que eu sou despreparado e imaturo – pensei confiante enquanto o encarava com olhos fuzilantes e punhos cerrados por sobre a mesa.

_ Temos uma testemunha senhor Juiz que pode deixar bem claro o que o meu cliente falou. – disse o advogado de Reinald me fazendo perder toda a confiança e recuar. Como assim, testemunha?

_ Mandem entrar então.


Com o coração na mão olhei para Edgar ao meu lado que apenas fez um gesto para que eu ficasse calmo, de uma porta diferente pela qual entramos vi uma loira de 1,60 de altura, corpo esculpido, olhos verdes e cabelos grandes entrar pela porta. Era uma grande amiga de Teresa desde o ensino fundamental que por algum motivo teve que mudar de escola antes de concluir o segundo ano do ensino médio, foi inclusive na casa dela que Teresa ficou quando deu aquele sumiço ainda gravida. Débora era o seu nome, ela se sentou no final da mesa de frente para o Juiz que a informou sobre algumas coisas referentes a falso testemunho antes de permitir que ela começasse a falar.


_ Eu conhecia a ex-namorada dele, ela era minha amiga e me contava tudo. Inclusive das traições do mesmo que não eram poucas, ela, coitada, o amava mais que tudo e sempre deixava passar esses "deslizes", fingia que não sabia e acreditava que um dia essas traições acabariam e que ele a amaria de verdade... Até engravidou para poder prendê-lo a ela caso ele quisesse terminar tudo. – Nesse momento, do Juiz ela passou a olhar para mim, um olhar decidido, um olhar acusador – Claro, Ele nunca a mereceu, é um verdadeiro canalha e covarde que até em mulheres gravidas bate.

Senti meu rosto queimar enquanto cada parte das lembranças daquele dia horrível voltava a minha mente como um filme, só Deus sabia como eu me arrependia, mas só isso infelizmente não era o suficiente para apagar o que já estava feito, era péssimo não ter moral para gritar que aquilo não passava de uma mentira.

_ Senhor Juiz, qual é a prova que eles têm para validar essa acusação absurda? Peço que não seja considerado na hora do veredito. – disse seu Edgar tomando a frente da situação.

CAIO: Vencemos O Mundo (Romance Gay - LIVRO 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora