_ Desculpa seu pai vai. – disse com cara de cachorro abandonado.
_ Não. – disse tentando não rir.
_ Vai. – disse o cutucando.
_ Não.
_ Ah, não é. – disse partindo pra cima dele, com a mão em sua barriga e pescoço para lhe causar cocegas. O mesmo morrendo de rir, tentou se desvencilhar, mas não foi muito longe, acabou caindo na cama onde eu intensificava ainda mais as cocegas.
_ Para! Para pai. – suplicava entre os risos eufóricos.
_ Me desculpa?
_ Não! – gritou.
_ Você quem pediu.
_ Que zona é essa aqui? – disse uma voz abrindo a porta abruptamente nós fazendo parar imediatamente.
_ Só estamos brincando, pai. – eu disse o olhando sem graça.
Ele balançou a cabeça em reprovação e então disse:
_ O jantar já está na mesa. – e então se foi.
_ Vamos? – disse saindo de cima dele e lhe estendendo a mão para que se levantasse.
_ Não consigo ter mais raiva do senhor depois de tudo que te fiz passar.
_ Te amo filho, nunca se esqueça disso. – e então nós abraçamos.
_ Agora me diz aí, o que você disse a Caio para ele vim correndo atrás de mim? – perguntei quando começamos a andar.
_ Que estava passando mal, foi mais fácil que imaginei. – ele disse rindo. – Pena que não deu certo.
"Pena mesmo" – pensei em profundo lamento.
Baguncei seu cabelo e então foi tudo.
No jantar tentei me redimir com meus pais que aceitaram minhas desculpas depois de algumas relutâncias e insistência de Aquiles que me protegeu, mas de certa forma sabia que não me desculparam totalmente, pois mal falaram comigo o resto do mês. Nesse meio tempo aprendi melhor a lidar com meus sentimentos por Caio com a ajuda de Marcelo que começava a ganhar bastante espaço no meu coração, apesar de meu amor por Caio continuar o mesmo, e por falar nele, tive a notícia que sua conta bancaria começava a declinar, a principio não liguei muito, pois enquanto estávamos juntos, isso vivia acontecendo, nos negócios havia muito desses altos e baixos, era normal, mas dessa vez foi diferente, a cada novo dia ficava sabendo por alto que ele havia vendido propriedades, cabeças de gado, máquinas e etc, se caso continuasse naquele ritmo em mais um mês no máximo estaria sem nada. Eu me via em um beco sem saída, já havia comprado minha passagem para Portugal, viajaríamos na quarta, ou seja, tinha quatro dias até lá, mas eu não sei se poderia ir e deixar Caio daquele jeito, apesar de não estamos mais juntos eu havia visto cada tijolo sendo construído e até havia participado de algumas das negociações, era muito triste vê-lo perder tudo daquele jeito e não poder fazer nada, era ruim me sentir tão impotente. Havia observado tudo de longe até ali, mas eu queria fazer algo a mais, algo de útil, mas para isso precisava de mais informações, então resolvi ligar para alguém próximo que já há um tempo não via.
_ Caique?
_ Alô, quem fala?
_ Não está mais reconhecendo minha voz?
_ Ah, perdão...
_ Meu Deus do céu Caique. – disse sem paciência – É o Lucas.
_ Ah desculpa Lucas...
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CAIO: Vencemos O Mundo (Romance Gay - LIVRO 2)
RomanceDepois de altos e baixos num relacionamento conflituoso com o namorado da melhor amiga, Lucas e Caio conseguem finalmente ficarem juntos com o consentimento e apoio de todos que os rodeiam, ou quase todos... Nessa segunda temporada, porém, Ambos ter...