Eu não o queria ver, ainda estava com raiva dele e o fato de sua mãe está doente e dele ter me mandado flores, não ameniza em nada a situação, havia me dado apenas o endereço de seu pai e não o do hospital apenas para que eu não tentasse o evitar. Cretino!
_ Flores? De quem é? – perguntou minha mãe assim que eu entrei.
Não havia percebido que ainda estava com elas em mãos até ela mencionar.
_ Ah. Não é nada. – disse colocando-a em cima da mesinha de centro e logo me dirigindo a escada, não dando muita chance de mais especulações.
_ Como você está? – Perguntou em um tom mais elevado para que eu pudesse ouvir.
_ Bem. – gritei.
Pior do que isso, só o Aquiles voltar a me odiar.
Narrado por Aquiles:
Fomos o caminho todo basicamente calados, falávamos apenas coisas do dia, de vez ou outra, nada relacionada a toda a confusão entre ele e Lucas, ainda. Não demoramos muito e chegamos em sua chácara, já era umas três da tarde, mais ou menos e levamos nossas coisas para o quarto, nós trocamos, comemos algo e então fomos em direção a lagoa pescar, seria a hora de atacar e saber de uma vez por todas o que estava acontecendo.
_ Então foi aqui que você e o Lucas tiveram o primeiro jantar romântico. – comentei para provoca-lo e ver como sua expressão se comportava quando já estávamos sentados na beirada do píer esperando algum peixe morder a isca.
_ Pois é. – ele disse, mantendo a expressão calma, com apenas algumas leves alterações. – E a nova escola?
_ Começo próxima semana.
_ Bem, não deixe de estudar.
_ Pai. – o chamei depois de alguns segundos de silencio. – Até agora o senhor não me falou nada da minha "madrasta". – disse fazendo sinal de aspas com os dedos.
Ele me olhou meio de lado e depois tornou a olhar pra frente, parecia procurar palavras para minha observação.
_ Ah, o que você quer saber? – disse finalmente.
_ Nome, idade, como se conheceram e principalmente que diga olhando pra mim o que sente por ela.
_ Ah... Se chama Luiza, tem quase trinta anos e nós conhecemos em uma das minhas viagens de negócio. – ele ia muito bem nas respostas, só faltava uma para ser respondida, a mais importante de todas, aliás. – Acho que hoje vai ser ruim a pescaria.
Sua mudança rápida de assunto só piorava a situação para o lado dele, estava na cara que havia algo de errado.
_ Você a ama? – insisti.
O seu pomo de Adão subiu e desceu lentamente, seus olhos se estreitaram para frente, sua mão na vara de pescar a apertaram com ainda mais força que o necessário, ele estava visivelmente incomodado com essa pergunta.
_ Foi o Lucas que te mandou perguntar isso?
_ O interesse é meu, pai. Acho que o senhor me deve essa conversa.
_ Sim, a amo. – disse quase que inaudível e ainda por cima, olhando para o outro lado.
_ Pai, eu estou desse lado.
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CAIO: Vencemos O Mundo (Romance Gay - LIVRO 2)
RomanceDepois de altos e baixos num relacionamento conflituoso com o namorado da melhor amiga, Lucas e Caio conseguem finalmente ficarem juntos com o consentimento e apoio de todos que os rodeiam, ou quase todos... Nessa segunda temporada, porém, Ambos ter...