The Redheaded Merman [Concluído]

«Primeira Vez»

Depois que eu vi a fanart da capa, não resisti.
Queria muito fazer uma história baseada nela, então isso seria tipo um prólogo que se passa no passado, mas também vai ter foque no Kirishima no próximo.
*********

»3 anos antes — Katsuki Bakugou

O sol já havia se posto, a areia já estava gelada e o silêncio reinava na praia. Mas isto não impediu um certo loiro de cabelos arrepiados e íris vibrantes em um vermelho escarlate desfrutar daquele silêncio tão satisfatório.
Por algum motivo, aquele silêncio o fazia se sentir bem, se sentir leve.
A sensação que o som da água lhe proporcionava era calma, fazendo-o se sentir em paz consigo mesmo pelo menos por alguns minutos de sua vida que julgava estar mais conturbada do que planejava.

Maldita fosse a adolescência.
Temida por uns, almejada por outros, a adolescência trazia um choque de realidade imenso às pobres mentes inocentes. Uma fase da vida onde seus hormônios estão a flor da pele, consequentemente despertando suas sexualidades, induzindo-os a novas descobertas, ou não.
No caso de Katsuki, descobriu ser gay aos seus 14 anos, que por coincidência ou não, é a mesma idade que ele possui agora.
Na realidade, ele tinha ideia do que sentia, mas nunca quis admitir, o que fez o garoto reprimir seus sentimentos por muito tempo até o momento onde extravasou toda sua frustração em uma briga com a mãe, onde saiu do armário por acidente.

Temeu as prováveis reações negativas que iria receber de seus progenitores, contudo ela não veio. Em troca, viera um abraço acolhedor e quentinho de sua mãe, o qual não desfrutava há muito tempo.

Em seguida, decidiram que uma viajem em família para uma ilha particular poderia ajudar Katsuki a relaxar e pensar. Dinheiro não era problema, pois felizmente eram muito bem sucedidos em seus respectivos empregos, o que lhes dava uma vida um tanto luxuosa.
E, de fato ajudou, se não, não estaria ali passivamente desfrutando de seu último dia naquela ilha fantástica.
Seu lugar favorito era uma rocha encrustada na terra que tinha uma visão única para o mar.
Era uma ótima visão.
Passava horas desfrutando dela, apenas ele, o som das ondas se quebrando ao chegarem à praia e um ruivinho o observando com curiosidade estampada em seu semblante atrás de algumas rochas mais a frente.

Quase foi flagrado pelo olhar ágil do loiro, que apenas balançou negativamente a cabeça pensando ter visto algum tipo de alucinação, pois não fazia sentido algum ter mais alguém naquela ilha além dele, sua família e empregados que estavam trabalhando ou dormindo no momento.

. . .