Eijirou remexeu-se na superfície onde estava. Era confortável e quente.
Será que havia morrido e estava no paraíso?
Bom, também tinha algo estranho. Havia algo envolto em seu corpo, uma espécie de tecido grudada não seu corpo, e não sentia mais sua cauda.
Ao invés de uma cauda, era como se tivessem duas pequenas caudas... ou, pernas?
Iguais às de Bakugou...
Era tudo tão estranho...Abriu os olhos assustado, vendo o loiro com a cabeça apoiada no local onde estava. Espera, onde exatamente estava? Não tinha ideia. Passeou seus olhos pelo lugar, vendo que o a quarto todo era branco, com alguns objetos estranhos que nunca vira em sua vida. Humanos tem coisas tão esquisitas, pensou.
Sentou-se, sentindo grande incômodo no traseiro por nunca ter experienciado aquilo antes. Olhou novamente para Bakugou, chamando por seu nome.— Tsuki...
— Hm? — gemeu incomodado enquanto acordava.
— Onde estamos? — indagou temeroso.
— Você... se sente bem? — ignorou totalmente a pergunta do outro, focando seu questionamento naquilo que mais lhe deixava alarmado.
— Sim... — tentou se mover, sentindo uma pontada de dor em uma das pernas — Ai!
— Não se movimente demais, idiota. — resmungou, levando suas mãos ao outro a fim de pará-lo.
Parou de se mover por alguns segundos, aguentando a pequena porção de dor que sentia e focando-se no questionamento que fez anteriormente.
— Então, onde estamos?
— Bom, aqui seria tipo um hospital.
— Hospi...o quê? — indagou confuso.
— Depois te explico. — suspirou — O que acha de me explicar sobre essas pernas agora? — apontou para as pernas encobertas pelo lençol fino.
Eijirou então lembrou-se e começou a explicar; Por sereias e tritões serem seres mágicos, também são capazes de assumir uma forma humana quando são tirados para fora da água, por conta disso, Eijirou foi capaz de se transformar.
— É tão simples assim? — Bakugou o questionou indgnado.
— Sim! — sorriu docemente — Desculpe não te contar, eu nunca assumi essa forma para falar a verdade, apenas soube disso por alguns amigos.
Katsuki nem falou mais nada, apenas perdendo-se naquele sorriso radiante que tanto temeu perder. Inconscientemente, levou suas digitais à face alheia, sentindo-a esquentar sob a palma de sua mão, encorajando-o a aproximar seu rosto.
Seu olhar estava mais uma vez perdido nas orbes vermelhas enquanto aproximava seus lábios aos do outro.Começou como um selinho, passando para um beijo não aprofundado e enfim chegando a entrelaçarem suas línguas em um ósculo carregado de uma paixão que se manteve oculta.
Quando o ar fez falta, distanciaram-se e fitaram um ao outro, ambos ofegantes e com as faces quase entrando em combustão. Já haviam feito isso tantas vezes com outras pessoas, então por que estavam tão surpresos e tímidos agora?
Antes que qualquer um dos dois pudesse dizer algo, a porta foi aberta por ninguém menos que Mitsuki, que viera visitar o filho e seu “suposto amigo”. Se separaram na hora ao ouvirem o barulho da porta sendo aberta, mas o rubor continuava denunciando seus atos.
— Parece que o garoto está muito bem, não é mesmo? — deixou um sorriso sugestivo escapar ao notar o que ocorrera ali.
— S-sim. — o loiro respondeu estranhamente tímido.
— Fico feliz que esteja bem, querido— se aproximou do ruivo, sorrindo simpática para ele — Mas estou realmente curiosa com como chegou aqui — declarou.
— E-eu... — o nervosismo era evidente. Não deveria contar que era um tritão tão facilmente assim, mesmo que aquela mulher lhe parecesse simpática.
— Ele não precisa responder. — Bakugou resmungou.
— Katsuki, nós realmente precisamos saber sobre o garoto — Masaru entrou no quarto. — Essa ilha é não é habitada por nenhum povo e veríamos caso alguma embarcação chegasse.
— Mas ele não pode dizer caralho — rosnou querendo defender o ruivo a todo custo. Tinha medo de que, se contasse, o tirariam de si.
— Eu vou responder, Tsuki — Eijirou lhe alertou. Mesmo temeroso, talvez ser sincero não fosse um caminho tão ruim assim. Afinal, ele não tinha nada a perder.
Mesmo com hesitação por parte de Katsuki, que quase implorou para que o ruivo não dissesse nada com medo de que seus progenitores fossem fazer algo ruim quanto a esta situação, Eijirou explicou sobre sua origem.
Esperava que os pais de seu amigo fossem boas pessoas, visto que a hesitação deste não tinha base nenhuma.
. . .
*****
E estamos quase no final...
Mais 5 capítulos para acabar e depois farei o lemon como extra :3
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The Redheaded Merman [Concluído]
FanfictionKatsuki Bakugou, aos seus 17 anos, era um estudante frustrado e mal-humorado. Muitas de suas frustrações deviam-se às suas tentativas falhas de relacionamento amoroso, que acabavam em términos desastrosos e, consequentemente, o fazia descontar nas...