The Redheaded Merman [Concluído]

«Resfriado»

Oh, merda, deveria ter ouvido quando seus progenitores lhe avisaram para tirar aquela roupa molhada.
Adoraria voltar no tempo, e muito a contragosto, ter feito o que eles haviam mandado.
Não era a merda de uma criança, por que fora tão irresponsável? Foi tão eufórico para a praia que de certo pensou que era capaz de tudo.

Já estava resfriado antes, contudo, sua enfermidade se intensificou quando ele decidiu passar o dia todo com suas roupas molhadas.
Seus pais não o deixaram sair.

Agora estava no conforto se sua cama, com uma toalha molhada em sua testa torcendo para que aquilo passasse rápido. Não teve nem oportunidade de avisar o ruivo pois, bem, ele é um tritão e não poderia simplesmente chegar aos seus velhos e dizer "Avisem o cara com cauda e cabelo de merda lá na praia que eu tô doente, beleza?", seria ridículo.

Não conseguia nem ao menos se mexer, seu corpo estava fervendo, nariz entupido e sentia um sono absurdo. Teve que beber sopas - que odiava - para melhorar, mas tudo que sentia era indisposição e sono. Era horrível. Um sentimento enorme de impotência era tudo que o loiro mais odiava.

Dormiu a manhã toda, almoçou bem sem vontade e voltou ao sono profundo no resto da tarde. À noite seus pais tentarem lhe fazer engolir algo, mas tudo que queria era dormir, era tudo que poderia fazer para que essa maldita febre passasse.
Para sua infelicidade, acordou no meio da madrugada, pegando seu celular e vendo que era duas da manhã. Passaram alguns segundos e já estava sem um pingo de sono.

Queria ao menos ter avisado ao rapaz de dentes pontiagudos que não viria hoje. Bom, não que se importasse tanto assim, e não é como se tudo que o tritão tivesse para fazer fosse conversar com si, mas ainda sim preferiria ter avisado.

Será que havia esperado por si?
Estava triste? Exagero, quem ficaria triste por um cara transtornado como ele?
Eram praticamente estranhos. Apenas se conheciam há nove dias.

Estava tudo bem.
Explicaria-se no dia seguinte.

. . .