i said.. no!

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POV. Sadie

- Onde estava? - Perguntou meu pai, sentado na poltrona, bebendo uma garrafa de vinho. Bêbado de novo, pai? É sério?

- Na Millie. - Digo, deixando a chave de casa em cima de um armário qualquer.

- Mentira. - Ele se levantou, vindo em minha direção.

Ele chegou muito perto de mim, me assustando para caralho, porém continuei mantendo a postura.

- Onde. Você. Estava!? - Perguntou o homem, curto e grosso.

- Na casa da Millie, pai. Eu já disse..- Ele me interrompe.

- MENTIRA! - Ele gritou, me assustando. Uma lágrima involuntária caiu em meu rosto e ele limpou.

O mesmo me abraçou e beijou o topo de minha cabeça, eu só quero chorar.

- Você é a minha menininha, Sadie? - Ele perguntou, pegando no meu cabelo ruivo e apertando em sua mão. Caso eu negasse, ele o puxaria.

- N-não! - Digo firme, enquanto lágrimas desciam correndo pelo meu rosto.

- O que disse? - Ele apertou meu cabelo com mais força.

- Eu disse.. NÃO! - Chuto sua parte íntima e ele larga meu cabelo.

Ia correr, mas ele puxa meu pé direito, me fazendo cair.

Me levanto, coberta de desespero e ele se levantou também.

- Você está de castigo, vai para o quarto agora, sua putinha! - Ele gritou, apontando para o corredor.

O encaro, com os olhos vermelhos e embargados.

- Não. - Digo como um sussurro, mas ele ouviu.

Sinto minha bochecha arder ao ter contato com sua mão.

- Eu estou falando sério. - Disse ele.

- E eu..- Pego um vidro de perfume que vi ali. - Estou falando mais sério ainda. - Sem demorar muito, o acerto com o perfume, dando tempo de eu correr.

Vou até meu quarto e tiro meu celular do bolso de minha calça jeans.

Tranco a porta e disco os números da polícia. Logo, eles atendem.

Os mantenho informados de tudo o que vem ocorrendo comigo e que ele matou minha mãe, Sarah. Passei o endereço e o nome da rua para os mesmos, que disse que logo viriam.

Ao desligar o telefone, ouço fortes batidas na porta. Eu preciso sair daqui!

- Se você não abrir agora, eu quebro essa porta e ainda faço questão de te fuder, sua cadela! - Ele gritou, preenchendo meu corpo com um medo da porra.

- EU NÃO VOU ABRIR MERDA NENHUMA, SEU ESTÚPIDO! - Grito, tentando criar alguma coragem. Meu corpo inteiro se encontra tremendo.

- Vai ser pior assim, sua putinha. - Ele sussurrou. Era como se ele estivesse atrás de mim. Na hora, me subiu um arrepio e eu tremi na base.

Sei que não se pode desejar a morte para ninguém, mas esse homem..Esse homem merece morrer! Ele merece apodrecer na cadeia!

- PARA DE ME CHAMAR ASS.. - Nem deu tempo de eu terminar a frase, ele arrombou com tudo a porta do meu quarto e o medo tomou conta do meu corpo.

- Por-por favor, não..- Falo calma, enquanto ele se aproximava de mim.

- Você está fudida, cadelinha. - Disse meu pai.

Atrás estavam os policiais. Dei uma olhadinha e sorri maliciosa.

- Não. Você que está. - Apontei para trás e na hora, ele ficou aflito.

- Por favor, filha. Não faz isso com o papai, eu te amo. - Ele falou desesperado, enquanto estava sendo levado pelas autoridades até a viatura.

- Eu já fiz demais por você pai, mas você nunca muda. Então, vai ter que ser assim..Tchau. - Digo e logo depois, empurram o homem para dentro do carro.

Dou um longo suspiro e volto para a casa. Amanhã me mudarei, irei morar junto com a vovó e Jacey.

esse cap foi focado na relação entre Sads e o pai dela, como vcs perceberam. No próximo, terá fillie se reencontrando depois do término, como vcs acham que ambos irão reagir?

amo vocês, beijinhos <3

love letters | fillie ♡ Onde histórias criam vida. Descubra agora