18 | Alvarada e admiração

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C A P Í T U L O -  D E Z O I T O:
Me devolva o ar roubado

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Diário da Violeta

25 de abril de 1997,
Prezado Diário

A alvorada desta manhã trouxe consigo um calor que fazia minha pele vibrar e cada pelo se eriçar — uma sensação estranhamente agradável. Pode parecer peculiar, mas encontro um certo conforto em dialogar com o Sol; ele é o único que me acolhe sem reservas, aquecendo não só meu corpo, mas também minha alma.

Despertar antes do amanhecer tem suas razões: uma delas é testemunhar o nascimento do dia, mas a outra, confesso, é a esperança de vislumbrar você. Observo sua rotina matinal: o levantar, o vestir, o partir. Cada gesto seu, cada minuto observado, é um tesouro para mim. Sua maneira despretensiosa de se espreguiçar, os olhos pesados pelo sono, o cabelo em desalinho e o humor matutino são cenas que me encantam.

As vestes que escolhe, sempre em tons sombrios, conferem-lhe um charme singular. Admiro a forma como suas calças jeans caem sobre seus quadris, as blusas largas que escondem o contorno do seu corpo, os sapatos que parecem grandes demais para seus pés. Perdoe-me, mas é difícil conter os pensamentos que você inspira...

Não me canso de contemplá-lo. Como pode alguém ser tão belo? Sua pele alva é o complemento perfeito para seus olhos escuros, profundos como jabuticabas. Às vezes, você se torna minha perdição; suspiro sem ar, pois você, sem saber, rouba-me o fôlego.

Oh, meu garoto da janela,
devolva-me meus pensamentos

Com exuberância,
Violeta

A garota da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora