28 | Uma promessa

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CAPÍTULO VINTE E OITO:
Até breve

[ Gente, eu escrevi o capítulo inteiro em terceira pessoa e não percebi. Deu muito trabalho para escrever e não vou mudar a forma da escrita, vou deixar assim mesmo. Mas é apenas nesse capítulo]

 Mas é apenas nesse capítulo]

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Violeta

28 de outubro de 1998

Violeta respirou profundamente antes de escolher suas palavras. Sua língua parecia repentinamente seca, e sua garganta doía dolorosamente, como se farpas a envolvessem. Ela podia sentir o sangue invisível escorrendo de seu pescoço, manchando-a até que não fosse mais possível esconder suas feridas.

Sua mente estava repleta de pensamentos naquele instante, como um relógio tic-tac. Ela contou até três e imaginou uma grande mancha vermelha e laranja no céu, o azul desvanecendo como se nunca tivesse existido em algum momento. Mas antes que pudesse falar, seus olhos castanhos se fixaram diretamente em sua mãe. Sua mãe sabia como ninguém que ali havia muitos pensamentos, e muitos pensamentos que Violeta desejava expressar. Mas que, no final, sempre permaneceram guardados dentro dela.

- O que gostaria de nos dizer,  filha? - sua mãe perguntou, sua expressão aflita revelando sua ansiedade.

Violeta refletiu. Ela havia convocado todos para essa conversa da qual havia tentado fugir. Este era o momento, era agora.

- O que poderia ser tão importante a ponto de reunir todos nós na sala? - seu padrasto indagou. Violeta não ousou olhar nos olhos dele; ele não merecia sua atenção. Ele não merecia nenhum pedaço dela, nem mesmo seus brilhantes olhos castanhos.

Este era o momento, repetiu para si mesma, brincando com os dedos. Violeta lançou um olhar para sua pequena irmã ao lado da mãe, suas pernas magras encolhidas em volta do corpo. Seus cabelos pretos e longos caíam como uma cascata sobre o rosto, e sua irmã nunca desviou o olhar de Violeta

- Algo aconteceu no balé? - seu padrasto perguntou novamente, com um tom de irritação e impaciência. - Sua professora está bem?

A senhora Coliman encarou o marido.

- É claro que ela está bem, Rebecca nos comunicaria se algo tivesse acontecido com a professora. - respondeu ela.

Ele a olhou com desconfiança.

- Não tenho tanta certeza disso. Ultimamente, sua fi- Seu padrasto parou abruptamente quando Violeta falou pela primeira vez. Sua voz atingiu todos como uma explosão.

A casa pareceu silenciosa de repente, esperando ouvir mais.

Violeta respirou fundo.

- Eu estou desistindo, mãe. - disse. Sua mãe pareceu instantaneamente entender o significado de suas palavras, como se tivesse esperado ouvi-las um dia. Não havia muita emoção em seus olhos agora. - Eu não serei uma bailarina.

A garota da JanelaOnde histórias criam vida. Descubra agora