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CAPÍTULO VINTE E NOVE:
Um PedidoVioleta
16 de outubro de 1998
Sofia White. Minha pequena irmã mais nova de olhos azuis incríveis, tão linda quanto uma flor de jardim. Minha pequena e bela Emília azul, como a flor que um dia coloquei em seu cabelo. Ainda consigo me lembrar de seus olhos brilhando de alegria e seu sorriso doce direcionado a mim.
Quando mamãe ficou grávida pela segunda vez, eu sabia que seria uma menina, tinha que ser! Sempre sonhei em ter uma irmãzinha, e acho que mamãe também estava certa de que nossa Sofia seria adorável quando nascesse.
Suspiro. Algo dentro de mim parecia sufocar.
Sofia. Minha irmã, a pessoa que eu mais amava no fundo do coração. Eu teria que ser forte, forte por nós duas. Por mamãe.
Oh, minha Sofia, espero que um dia você me perdoe…
Você se parecia tanto com ele, com seu pai. Eu a amava, mas também sentia que poderia odiá-la por isso.
- Sofia, você faria algo por mim? - perguntei a ela. Seus olhos azuis arregalados olharam rapidamente em minha direção. Ela estava brincando de boneca quando parou para prestar atenção.
Sempre tão atenta.
- Você sabe que sim - foi o que ela disse. Confiante demais para uma criança de sete anos.
Sorri. Sofia é adorável. Disse a mim mesma, forçando meu cérebro a lembrar que sua aparência não poderia interferir no meu amor por minha irmã.
Ela não era como seu pai.
- Fico feliz em ouvir isso - baguncei seus lindos cabelos negros e a vi rir baixinho, encolhendo os ombros. - Reconhece? - Retirei debaixo do meu travesseiro um caderno vermelho com detalhes dourados, com duas siglas pequenas escritas: “V. T.”
Seus olhos azuis olharam imediatamente para o objeto em minha mão.
- Tem suas iniciais. Violeta - Sofia então mirou para meu rosto, suas bochechas enchendo-se de ar. - Mamãe não gosta quando a chamo assim. Papai também não. Por quê?
- É difícil para nossa mãe. Para os dois, talvez - disse. - É como meu pai me chamava.
Papai me deu este diário no meu aniversário de seis anos. Apesar de ser muito nova na época, eu adorava escrever. E mesmo naquela época, eu o guardei quando ele se foi. Durante muitos anos, finalmente me permiti escrever.
- Você… sente muita falta do seu papai?
Se eu sentia? Eu rezava todos os dias para morrer e encontrá-lo.
- É claro. Eu tinha um pai - olhei fixamente para seus olhos. - E agora ele não existe mais.
Porque seu pai o tirou de mim. E agora você está aqui.
Sofia olhou para baixo, suas mãos brincando com os dedos.
- Meu papai também pode ser papai de Vio-
- Eu posso lhe pedir um favor? - disse antes que sua frase se completasse. Não. Era demais para mim. Sofia se calou quando me ouviu perguntar. - Quero que você fique com isto e guarde.
- Guardar?
- Será algo breve - abri uma página do livro, mostrando-lhe um desenho, uma imagem. - Quero que você entregue a alguém para mim.
Sofia observou.
- O menino da casa ao lado.
- Sim.
- Isto é para ele? - assenti. Sofia pareceu pensar brevemente. - Ele é importante para você?
Sofia perguntou seriamente. Ela sempre foi uma menina tão inteligente. Eu não poderia me surpreender menos.
- Sim - respondi sem muita demora. - Muito importante.
Não havia mais palavras. Sofia soube o significado quando olhou para mim. Minha pequena irmã era a única pessoa que conseguia me compreender, mesmo que não soubesse o verdadeiro significado delas.
Eu sempre lembraria do seu rosto.
Ou então esqueceria um dia.
- Seu nome é Jungkook. Não esqueça.
Oh, meu garoto da janela,
como seria o som da sua voz?
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A garota da Janela
Fanfiction𝐕𝐎𝐋𝐔𝐌𝐄 𝟏: 𝐚 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚 ━━━━━━━━━━━━━━ Jungkook sempre se sentiu meio obcecado pela sua vizinha da casa ao lado. Mas ao contrário do que todos pensariam, era algo completamente ingênuo e doce. Jungkook não tinha maldades e...