𝐕𝐎𝐋𝐔𝐌𝐄 𝟏: 𝐚 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚
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Jungkook sempre se sentiu meio obcecado pela sua vizinha da casa ao lado.
Mas ao contrário do que todos pensariam, era algo completamente ingênuo e doce. Jungkook não tinha maldades e...
━━━━━━━━━━━━ CAPÍTULO TRINTA E DOIS: Finalmente, adeus.
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Três anos depois.
Jungkook
16 de março de 2002
- O tempo realmente voa - Ethan me olhou com um sorriso no rosto. - Você finalmente está indo.
Concordei com um aceno de cabeça. Estava entrando em uma nova fase da minha vida, deixando para trás a casa que foi meu lar por tantos anos e as memórias dolorosas que eu abandonaria.
Finalmente estava acontecendo: minha visão não mais se fixaria na janela da casa ao lado. Seu rosto não estaria lá, e sua dança não mais existiria. Eu estava pronto para apagar tudo, esquecer quem você era.
Durante esses três anos, me forcei a confessar minhas próprias palavras, embora ainda fosse inevitável olhar para seu quarto. Se você estivesse aqui, saberia como sua irmã havia crescido tanto, e sua mãe estava bem. Ela havia parado de chorar um dia. Quanto ao pai, os gritos finalmente silenciaram.
Todos estavam bem à sua maneira desde que você se foi. De repente, todos sorriam.
- Não pense demais. - Ethan bagunçou meus cabelos quando me perdi em pensamentos.
Não tenho vergonha de admitir que me sentia ansioso.
Até que a vovó melhore. Mamãe precisava estar ao lado dela. Ethan entendia a situação, assim como todos nós, mas era difícil para mamãe lidar com a ideia de perdê-la. No entanto, não era como se a vovó fosse realmente melhorar.
- Sinto muito, Jungkook. - Ethan comentou com pesar. Mas estava tudo bem, de fato.
E você?
- Eu? - Seus olhos brilhavam intensamente. - Tudo está tão tranquilo agora. Tudo é silencioso e confortável, amigo.
Havia mais de três anos que a mãe dele estava sóbria, sem remédios ou qualquer outro vício que a machucasse ou magoasse novamente o próprio filho. Ambos pareciam estar ótimos, superando suas dores e enfrentando questões mais profundas.
Estou muito orgulhoso de você.
- Eu sei -, ele disse. - Você conversou com Elisabete?
Sim. Ela me desejou boa sorte e até me enviou flores. Muitas, na verdade.
Foi um período difícil quando Elisabete e eu nos afastamos, especialmente para ela. Confesso que senti sua falta. Eu sabia que Elisabete estava magoada depois de confessar seus sentimentos e não ser correspondida. Embora soubesse que levaria tempo, eu não poderia oferecer mais do que já estava dando. Elisabete compreendeu que nosso amor era unilateral, e ela afirmou que nossa amizade era mais forte do que tudo. Afinal, era uma ilusão entre dois adolescentes.
