𝐕𝐎𝐋𝐔𝐌𝐄 𝟏: 𝐚 𝐠𝐚𝐫𝐨𝐭𝐚 𝐝𝐚 𝐣𝐚𝐧𝐞𝐥𝐚
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Jungkook sempre se sentiu meio obcecado pela sua vizinha da casa ao lado.
Mas ao contrário do que todos pensariam, era algo completamente ingênuo e doce. Jungkook não tinha maldades e...
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Diário do Jungkook
19 de outubro de 1998 Querido Diário,
Na quietude do meu refúgio, ela reapareceu, uma visão de graça e alegria. Da janela do meu quarto, eu a observava, um espectador secreto de sua dança solitária. A música que emanava de sua presença era uma sinfonia vibrante, quase tangível em sua intensidade. O chão parecia pulsar com cada nota, e a melodia, tão agradável, se entrelaçava com a brisa que me alcançava.
Com uma voz que rivalizava com a doçura dos anjos, ela cantava, sua melodia se fundindo à canção do vento. Seus passos leves como os de uma fada, pareciam desafiar a gravidade, tão delicados e precisos que quase podiam ser confundidos com um voo.
Ela se movia com uma elegância fluida, seu corpo balançando suavemente ao ritmo da música, enquanto seu vestido amarelo girava, um carrossel de luz e cor. Seus cabelos, negros e cacheados, dançavam ao redor de seu rosto sorridente, como se estivessem em uma celebração própria.
A luz do sol em sua generosidade, banhava sua pele lisa, transformando-a em uma tela viva de sombras e luz. Seu sorriso, tão luminoso quanto o astro rei, parecia saudar o novo dia, um cumprimento silencioso que dizia: "Bom dia, sol". E então, como se fosse um encantamento, seu sorriso se expandia, um reflexo de um momento de pura felicidade que ela parecia ter aguardado com ansiedade.
O calor do sol e a paixão pela música pareciam ser as chamas que aqueciam sua alma. Eu me perguntava, em meus momentos de devaneio, se eu poderia algum dia ser tão vital para ela quanto esses elementos que a faziam radiante.
Ela era a personificação da vivacidade, seu sorriso parecia ser a única expressão que seu rosto conhecia. Forte, determinada, corajosa, ela parecia pertencer a um reino de sonhos, um lugar onde a dura realidade não tinha permissão para entrar. Com ela, cada instante se tornava uma obra-prima, uma experiência única.
Outra vez eu me questionava
Será que um dia você sorriria para mim? A minha garota da janela.
