A certain romance

conhecendo-se

Depois da tarde de compras com Megan eu decidi levar para casa uma calça jeans rasgada e uma blusa branca de mangas longas ombro a ombro. Comprei também um sutiã e uma calcinha branca de renda  que depois descobriria que renda fica bem em mim e que se tornaria minha paixão.

Pegamos um táxi para Hillsbourg e pedimos que passasse em Stockbridge onde eu vivia. Me despeço de Meg e entro em casa.

— Olá querida. Como foi a tarde? — minha mãe estava como sempre fazendo o café da tarde.

— Foi legal, comprei uma roupa pro show e já lanchamos por lá inclusive. Então não desço para comer. — digo amável.

— tudo bem querida. Qualquer coisa estarei na sala vendo tv com o seu pai. — minha mãe respondia enquanto lavava a louça.

Eu subi para meu quarto e minuciosamente tiro a lingerie que comprei, era linda, uma renda delicada branca. Então eu vou até a porta e a tranco bem devagar para que ninguém escutasse. Meus pais sempre estranharam portas de quarto trancadas mas eu não queria que ninguém me visse de lingerie. Então eu tiro cuidadosamente minhas roupas peça por peça e visto a lingerie. Meus cabelos que estavam presos no alto da cabeça com um laço de fita azul delicado, e eu o desfaço então meus cabelos loiros caem sobre meus ombros. Eu tiro meu óculos e estou me olhando diante do espelho. O sutiã contornava perfeitamente meus seios que eram pequenos porém perfeitos e a calcinha valorizava meu bumbum na parte de trás. Eu não via mais aquela menininha que usava calcinhas de bichinhos. Pela primeira vez eu me sinto uma mulher. E enquanto me admirava no espelho meu telefone toca.

Eu dou um salto de susto e corro até a mesa do computador onde tinha deixado meu telefone. O nome Al aparecia na tela e eu automaticamente corei de vergonha.  Mesmo que Alex não estivesse Ali.

— O-oi Al... — dou uma risadinha sem graça, porém estou respirando ofegante ainda pelo susto

— Maddie, tá td bem? Foi mal não responder a mensagem ontem, é que a gente tá ensaiando bastante.

Eu estou equilibrando o telefone entre a orelha e o ombro, andando pelo quarto procurando algo para me cobrir, como sou um pouco desastrada e para completar havia tirado os óculos que eu costumava usar, começo a tropeçar em objetos jogados pelo quarto enquanto converso com o Alex no telefone.

— Ah, sim, tudo perfeito. — estou rindo de nervoso na linha — que bom que estão ensaiando muito, vai dar tudo certo lá.

Tropeço no fio que carrega meu notebook que cai no chão fazendo um barulho super alto e minha mãe parece subir as escadas perguntando o que o que está acontecendo.

— Você vai né ? Tá tudo bem mesmo maddie? — a voz de Alex parecia curiosa.

— Maddison, filha, que barulho é esse? — Minha mãe gritava enquanto subia as escadas.

Merda.

— Tá mãe! Tá tudo perfeito. — tampei o microfone do celular e respondi minha mãe.

— Oi Alex, tá tudo ótimo, olha só, a gente se fala mais tarde tá ? Tô meio ocupada aqui e vou desligar.

— Maddison porque sua porta está trancada?  — minha mãe insistia batendo na porta.

— Tá bem Maddie, te vejo lá entao. Beijos.

— Beijos Al, nos vemos lá.

Corro até o guarda roupa e pego a primeira camisa que eu vejo. E coloco por cima da lingerie que eu estava e abro  uma fresta da porta.

— Oi mãe — sorrio tentando disfarçar o nervosismo.

— O que que está acontecendo Maddison Sofia Hughes? — minha mãe tentava olhar o pouco que eu tinha aberto.

— Nada momy, eu só fechei a porta porque eu ia organizar as coisas aqui sabe. Nossa ficou uma bagunça depois que Megan foi embora. — eu enrrolei minha mãe muito bem na história.

— Tá, mas eu quero essa porta aberta. — minha mãe da a volta e desce a escada de  novo sentido primeiro andar.

E eu dou um longo suspiro, e volto a fechar a porta, agora sem tranca-la.
Depois de arrumar o caos que virou meu quarto eu me jogo na cama só de camisa. E respiro aliviada enquanto fecho os olhos.

Já faz quase uma semana do beijo que rolou entre eu e Alex e depois disso eu não o vi pessoalmente mais. Alguns pensamentos impuros começam a passar na minha cabeça e eu levo a minha mão até a minha calcinha colocando ela de lado. 
Eu sinto o toque de Alex sobre minha pele e o sabor do seu beijo que lembrava menta, era doce e intenso ao mesmo tempo. Na minha mente eu vejo Alex sem camisa caminhando de joelhos em minha direção na cama. Intensifico mais a velocidade de meus dedos em minha intimidade e mordo os lábios inferiores.
Até que os passos na escada prendem minha atenção e eu me recomponho rapidamente me cobrindo com o edredom que estava na cama. Eu respirava ofegante e o coração estava acelerado.

Céus. O que eu acabei de fazer ?

Eu estava me tocando pensando em Alex. Será que isso é certo? Balanço a cabeça tentando dissipar os pensamentos que me faziam corar de vergonha ainda que não tivesse ninguém por perto.

— Filha, já vou me deitar tudo bem? — minha mãe abriu a porta me despertando total do transe.

agradeço mentalmente por ter conseguido arrumar de fato todo o quarto e minha mãe não ia mais estranhar o fato da porta estar trancada mais cedo.

— Ah ok mãe, não demoro a dormir também. Até amanhã. — sorrio já deitada debaixo do edredom.

— Tudo Bem, te amo filha.

— Também amo você mãe