ELIZABETH ADAMS
Medo. É isso que eu sinto nos últimos dias, haviam se passado uma semana que eu tinha a mesma rotina, acordar, olhar na janela para ver se aqueles brutamontes já haviam saído do meu quintal, tomar banho e me arrumar para a faculdade. Não tem sido nada fácil me concentrar nas aulas de anatomia, sabendo que a qualquer momento pode dar um surto naquele homem e ele mandar seus capangas me matarem. Eu fico noite e dia, remoendo isto na minha cabeça, me perguntando se um dia vou me livrar disto, cada célula do meu corpo grita perigo, e eu estou com medo, apavorada, e não sei mais o que fazer.
Eu sentia que poderia surtar a qualquer momento, talvez eu podesse conversar com eles de forma civilizada... Ou só pedir paz, eu nunca vou contar o que aconteceu, e pelo tempo eu seria tirada como cúmplice.
Aí eu iria para uma cadeia em uma parte bem triste do Canadá, iria envelhecer e nunca ter filhos, porque o homem da minha vida estaria aqui fora e eu presa por ser cúmplice daquele babaca. Ou talvez eu fosse espancada até a morte por eles por ter ido até a polícia.- Porra Liz, tem meia hora que eu estou falando com você. - Matt, meu melhor amigo diz um pouco irritado pelo fato de eu não estar lhe dando atenção, olho para ele e agora tenho meus olhos focando em seu rosto, seus cabelos loiros balançando de leve quando ele passa a mão sobre os mesmo com seus dedos adentrando pelos fios. Sei que são tão macios quanto parecem, porque sou eu que faço cafuné neles quando o Matt está triste. Antes éramos três, Matt, eu e Broke.
Lembro de nós três brincando e jogando pipoca um no outro dentro do cinema, e isso me dói o coração, ela me traiu, traiu uma amizade de anos.
Comprimir os dedos em punho quando penso nela, as vezes acho que foi tudo inveja, a alguns anos ela fez mechas rosas no cabelo porque eu também tinha feito. Eu só nunca tinha percebido os sinais.- Sinto muito, Matt, estava perdida em meus pensamentos. - digo um pouco cabisbaixa por me lembrar da minha atual situação, peguei uma mecha de cabelo meu e fiquei atenta a enrolar o mesmo. Meu pensamento voa longe, será que minha família está segura? Eu deveria avisá-los? O que vai me acontecer? Porra... O que vai acontecer? Eu odeio ficar sem saber do meu futuro, parece um grande ponto de interrogação na minha mente.
E isso me deixa preocupada, pois agora não sei o que me espera, não sei o que vai me acontecer. Vou ter tempo de terminar a faculdade? Eu preciso terminar, e só de pensar nisso me dá vontade de chorar.
- O que foi? Está precisando de dinheiro? Achei que seu pai estivesse cuidando dessa questão para você. - Sua voz é preocupada, e seus dedos levantando o meu queixo, me fazendo o olhar e soltar a mecha, meu suspiro vem involuntário, e eu odeio mentir ou esconder algo desse loiro. Me aproximo do mesmo e dou um beijinho em seu queixo de agradecimento por está preocupado, mas nem mesmo ele poderia resolver essa questão.
- Não, dinheiro não é a questão, meu pai tem cuidado disso. O problema aqui é maior e eu gostaria muito de te contar sobre, mas eu tenho que voltar pra aula de cirurgia agora, e se eu te contar estaria assinando minha sentença de morte. - Após dizer isso me levanto arrumando meus materiais e os pegando, me dirijo até a sala de cirurgia da faculdade com os pensamentos à mil, como eu pude me meter em uma situação como essa? Sério Elizabeth Adams você é muito burra.
Ando rápido com meus cabelos voando contra o vento que bate contra o meu rosto, quando vou abrir a porta para parti em direção ao outro lado do campus.
- COMO ASSIM SENTENÇA DE MORTE LIZ?
- Matt grita após processar a informação mas eu já estava longe e não deu para o responder, é isso mesmo Matt, sua amiga aqui foi burra e agora pode morrer a qualquer momento.Merda, merda, isso tudo é culpa minha, se eu só tivesse dado as costas, nada disso estaria acontecendo, eu não estaria paranóica, não teria homens me vigiando, e eu não me sentiria em um reality show direto, em que tem sempre alguma câmera ou pessoa me olhando a espreita.
Enquanto eu entrava pelas portas da sala eu sentia que tudo tava dando finalmente errado.Não que fosse piorar, mas era melhor eu calar a minha boca, porque podia sim piorar. Eu poderia ser morta, meus pais poderiam ser mortos. Ah meu deus, e se eu continuar colocando lenha na fogueira da raiva do Bieber eu vou está mais que ferrada. Vai ter mais que homens no meu jardim com armas na mão, vai ser uma bala no meio da minha testa.
Eu estou apavorada, saber que sua vida é uma carta na mão de alguém tão ruim nunca foi e nunca vai ser uma boa notícia.
É Elizabeth Adams, você está literalmente fodida.
xxxx
Obrigada por terem lido
all love.
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Habitual
FanfictionQuando você está voltando de uma festa sozinha no meio da noite após brigar com seu namorado, várias coisas podem acontecer mas eu nunca imaginei presenciar o sequestro de uma mulher. Minha vida não começou a dar errado com uma traição, começou a d...