Eva caminha vagamente pelo jardim, apenas apreciando a brisa leve que carrega seus fios ruivos para trás, acompanhada dos seus pensamentos calmos e tranquilos. A beleza por entre as flores que decoram e trazem vida ao jardim, transmite serenidade. Eva fecha os olhos e respira fundo próxima a flores brancas grudada a outras iguais, em um pequeno arbusto extenso, inalando o cheiro perfumado com euforia. Um sorriso se alarga nos lábios claros de Eva, pela simplicidade exposta naquele jardim escondido na enorme mansão. Quando passos se aproximam de Eva, ela se afasta, dando passos rápidos para trás. Tomada pelo susto acaba se desequilibrando nos seus própios pés, antes de alcançar o chão, Christoffer a segura pela costas e a ergue. Antes de Eva virar-se, Christoffer segura uma de suas mãos e a gira para ele, com uma distância significante.
- Obrigada. - Eva agradece sem graça, as bochechas avermelhadas pela ação repentina.
- Nada. - Christoffer responde casualmente. - O que está fazendo aqui?
Eva percebe pela entonação da voz de Christoffer, que há certo interesse específico quando pergunta do lugar. Como resposta acaba apenas dando de ombros, sem muitas explicações, ou melhor, sem nenhuma explicação direta que conseguisse expressar genuinamente os sentimentos em relação ao pequeno momento de paz que exalou em Eva.
- Só não achei certo... hum... ficar lá dentro - Inventa, apenas para Christoffer não desconfiar de nada, mesmo que não teja razão para isto.
- Ok. Você vai embora? - Pergunta, direto e curto. Não há rispidez em sua vez, muito menos tristeza. Apenas uma pergunta casual e sem interesse algum senão quebrar o clima.
- É, acho que sim. - Responde em um tom de voz incerto, se questionando se Christoffer quer que ela vá, ou apenas está tentando acabar com aquele silêncio constrangedor baseado no que aconteceu mais cedo.
Christoffer balança a cabeça e começa a olhar para os lados, sem fixar o olhar em lugar algum. Eva acaba soltando uma risada baixa e divertida, sem conseguir controlar o impulso, quando percebe que Christoffer está sem graça, embora saiba que não é o momento propicio.
- O que foi? - Christoffer junta o cenho, curioso pela mudança repentina de humor de Eva.
- Nada. - Balança a cabeça, certa de que não é certo falar sobre aquilo, daquela forma. - Acho que precisamos limpar aquela bagunça antes que seus pais cheguem.
- Nós? - Christoffer questiona, de sobrancelhas erguidas, surpreso.
- Sim. - Eva revira os olhos, e depois, abre um sorriso. - Vou quebrar seu galho. Como uma boa amiga - Completa.
Ambos caminham em direção a sala, quietos e perdidos cada um em seus pensamentos conflituosos. Christoffer guia Eva até o depósito, onde há todos os tipos variados de produtos e materiais de limpeza.
- Eu não entendo muito bem, mas... Célia costumava usar alguns produtos em especifico sempre. - Christoffer afirma, na intenção de tranquilizar Eva quanto ao seu olhar preocupado analisando as inúmeras coisas lotando as prateleiras.
- Ok. Você recolhe as garrafas e as outras coisas espalhadas, e eu limpo a sujeira do chão e disfarço o cheiro de álcool. - Eva dá as instruções, despreocupada com quaisquer descontamento vindo da parte de Christoffer.
Com os produtos essenciais e panos nas mãos, Eva despeja um pouco do líquido verde sobre o pano de chão e começa a esfregar com pressa. Christoffer leva todas as garrafas vazias até o lixo, amarra a sacola e leva até o lixeiro de fora, para que seus pais não vejam. Longo minutos depois, conseguiram finalizar tudo. Exaustos se jogam no sofá e fecham os olhos, apenas relaxando.
- Obrigada, Eva - Christoffer agradece, em um tom sussurrado, mas sincero e profundo. Eva sabe, mesmo Christoffer não especificando, que ele não está agradecendo somente pela ajuda na limpeza, mas também por todo o resto. Então, ela sorri.
- De nada. Você pode sempre contar comigo. - Responde sincera. Christoffer abre um pouco do sorriso. - Mas, então, o que vai fazer agora, tem algum plano?
- Eu não faço a minima ideia. - Christoffer solta um suspiro, tenso. Seus olhos se focam no carpete, perdidos.
- Por que seus pais fizeram tanta questão no casamento se não esperavam que você ficasse em Oslo. - Eva acaba questionando, realmente confusa.
- Sei lá, Eva... Acho que meus pais esperavam que com a imagem do garoto formal, seria o suficiente para que os investidores tivessem interesse em mim. - Christoffer dá de ombros, mas seu tom de voz demonstra tamanha insatisfação.
- Ei, Christoffer. - Eva olha diretamente para Christoffer, ele a olha no mesmo instante, ansioso pelas próximas palavras da mesma. - Você sabe que não precisa fazer as coisas para agradar apenas seus pais, certo?
- Não é tão fácil assim. Meus pais querem que eu faça tanto dinheiro quanto eles, porque senão me largariam de mão, sem nada.
- Isso é cruel e injusto. - Conclui, indignada com a situação. Eva não suporta a ideia de ver alguém passando por isso.
-É. Desculpa te enfiar no meio de tudo isso.
- Tudo bem...
O silêncio é quebrado com o barulho de carro chegando na entrada. Christoffer e Eva arregalam os olhos e se congelam no sofá sem saber para onde ir.
- Tudo bem, estamos juntos para eles. - Christoffer tranquiliza Eva e dá de ombros.
- Quer que eu me aproxime, ou sei lá... Faça algo para parecer mais real. -Pergunta incerta, apenas para dar mais realidade na situação.
- Acho que sim. Só fica do meu lado, poderíamos apenas fingir que estamos assistindo algo... Na verdade, não dá tempo, temos que fingir que estamos ficando ou algo assim.
Eva se aproxima quando a porta é aberta, ficando próxima o suficinte de Christoffer para parecer que ambos foram pegos no flagra.
- Oh, chegamos cedo demais?
VOCÊ ESTÁ LENDO
Sem Saída ➸ skam [Concluida]
Novela JuvenilEva Mohn descobriu o segredo de Noora, sua melhor amiga e companheira de festas, através de Christoffer, um fuckboy insistente. O garoto não só contou, como ameaçou Eva para aproximar-se dela, séria fácil se a ruiva não quisesse apenas uma coisa do...