Eu queria te cuspir de dentro de mim, apagar os desenhos em que você me traçou. Queimar os versos que eu te fiz, esquecer que um dia você me amou.
Queria te expurgar da minha mente e de onde você já me beijou. Queria esquecer seu toque e como desde o princípio, tu me cativou.
Queria nunca mais lembrar você, pra todo sempre esquecer. Queria que houvesse uma forma, um jeito, um feitiço, qualquer coisa. Qualquer coisa que apagasse do inferno incessante que é a minha mente, tudo aquilo que eu amei viver com você e como eu te amei até doer.
Queria apagar a sua voz e tudo o que você me disse. Desde o quanto você me amava até o quanto tudo parecia uma grande mentira. Realmente, foi tudo uma mentira.
Exceto a parte em que eu disse que você é e sempre vai ser a coisa mais linda que esse mundo pôde ter. E que meu coração foi seu, assim como eu. E que eu te amei tanto, tanto, que nem o infinito poderia ser suficiente para descrever, mas ainda assim eu dizia.
Eu te amo infinito. Isso não foi mentira.
Eu costumava ser grata, mas eu infinitamente queria que "nós" nunca tivesse existido. Não quero que você volte, muito pelo contrário, quero que você suma para sempre e de onde sempre esteve: aqui.
Eu te odeio por tudo isso.
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O Amor de Um Escritor
PoetryApesar da solidão que me assola e da descomunal amargura que cresce dentre meus ossos, falar de amor ainda é algo que faço com maestria. Não como romancistas lunáticos e os jovens que acabaram de se encontrar com o doce gosto da paixão. Não, é claro...