O Amor de Um Escritor

Um Sonho Bonito

É como um sonho bonito. Sim, você é.

Tão bonito quanto eu me lembrava, talvez um pouco mais. Eu admito, muito mais.

Os seus olhos verdes que pouco se azularam, como um lago cristalino que corre em um bosque infinito. As sardas que parecem constelações, seus cachos ruivos que remetem ao pôr do sol.

Infinitamente bonito, me remete a natureza em todo seu esplendor. Você é infinitamente esplendoroso.

E tudo é tão confortável quanto eu me lembrava, como estar em casa outra vez depois de muitos dias longe. E por outros olhos, foi o que aconteceu.

Longos dias procurando você por todos os lugares, longos dias me enganando em falsos amores, longos dias acreditando infinitamente que nos odiavamos, que o meu lar não me queria de volta ali e que eu odiava a sensação de estar em meu lar.

Tolos pensamentos que nos afastaram de tudo o que há de mais lindo nesse mundo: o nosso amor. O amor, em verdade, nunca morre. Este permanece vivo.

Ouvir sua voz me chamar, ouvir suas palavras...

"Você está linda."

Foi como um sonho bonito, tão lúcido quanto nunca.

Sentar naquela calçada, te ouvir falar, ver seu rosto iluminado pelas luzes dos postes, me ver pensando outra vez sobre onde fica aquela estrela que tanto nos observava e a ver ali de novo fora tão nostálgico quanto um sonho bonito. Mas eu estava acordada e você estava ali.

Te ouvir dizer o que sentia, te abraçar, te ouvir falar sobre o quanto sentiu falta de ouvir meu coração, te ouvir dizer que me amava tanto quanto eu ainda amava você, entender que tudo fora uma questão de tempo e que tudo ficaria bem porque eu estava em casa outra vez, porque eu estava com você... este foi o meu céu, o meu paraíso, o mais perfeito e implacável estado de nirvana. Tudo fez sentido.

Era como estar em casa outra vez. Foi você o sonho bonito que eu sonhei...

Andei por muitos lugares, muitas histórias vivi, muitas coisas me aconteceram mas tudo parecia me levar de volta para você. Trilhei o mundo, bebi de tudo, procurei pelo amor e nada encontrei. Nada era você. Eu sabia, lá no fundo, que eu nunca amaria alguém de novo como eu amei você e eu estava certa. O único que há de ter o meu amor é você. Está é a minha dádiva, maldição.

Tentava entrar em outras casas, me esconder de baixo da cama e ficar lá até tudo passar, mas sempre que me encontravam me expulsavam para as ruas frias outra vez. E eu jurava que você me odiava por sair de casa, jurava que eu te odiava por não me querer de volta.

Eu nunca estive tão feliz por estar errada, por ter me enganado.

Estar em seu abraço, sentir seu beijo, suas mãos, olhar seus olhos, te ler como um livro, te admirar como a mais bela obra de arte, entender que o amor que se basta existindo não precisa ser explicado... entender que eu amo você por quem você é e que eu gosto mais de mim quando eu estou com você, poder ver, finalmente, o que é amor.

Meu coração é teu, assim como eu. E você é e sempre vai ser a coisa mais linda que esse mundo pôde ter. Eu te amo infinito, isso nunca foi mentira.

Tola fui eu de acreditar que um dia eu te odiaria ou que pelo menos deixaria de te amar. Como eu poderia? Você é amor e eu amo você.

Obrigada por voltar para me buscar, obrigada por estar aqui.

Eu quero te amar para sempre. Obrigada pelo seu amor, amarelo.