O Amor de Um Escritor

Um Sonho Bonito II

E lá estava você como sempre foi e desse sonho eu não queria mais acordar. Assim como o nosso amor que nunca morrerá, pra sempre eu quero estar aqui.

Estar com você é ouvir as ondas quebrando e não sentir medo de me afogar, esquecer do escuro, das profundezas, da areia das marianas arranhando minhas costas enquanto meu corpo inchava de tanta água dentro de mim. Amar você era como ouvir o som das asas dos anjos, era como estar num paraíso e meu paraíso sempre fora um lugar com você.

Amar você era como estar no topo do mundo, ser a favorita de Deus, a primogênita de Afrodite. Era estar em outro plano e transcender a cada batida do seu coração no meu ouvido. Amar você era tão bonito que doía.

Você é e sempre vai ser a coisa mais linda que esse mundo pôde ter.

E eu queria morar em você, queria que você morasse em mim. Queria cantar com você e dançar até o dia amanhecer, queria poder te escrever mil versos e saber que você iria amar cada um deles. Queria poder te entregar meus traços onde eu nos representei, onde eu te amei... queria poder te contar sobre o amor. Queria não precisar te contar sobre o amor.

Queria que você soubesse o que é o amor de um escritor.

Queria fazer rimas sobre a nossa paixão, queria caminhar pelas ruas escuras e me sentir segura pois a sua mão repousava na minha, tranquilizando meus passos sempre acelerados, descompassados e confusos. Queria poder viver as nossas loucuras, queria que você amasse as minhas loucuras, os desenhos que enfeitam meu corpo, a maneira que eu vejo as coisas.

Eu queria que você me amasse como eu sou, que pudesse aceitar cada mísera parte do meu ser, desde as que te encantaram até as que lhe parecem mais odiosas pois eu amei cada parte de você. Até as que me causavam náusea e vertigem.

Queria que você fosse um sonho bonito e foi só isso o que você foi. Um sonho bonito.

Eu te imaginei, você me imaginou. Eu não existo e nem você.

E é por isso que nós não damos mais certo.