Capítulo VIII

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Depois do café, Draco levou Hermione até a agência e desceram juntos já dentro do ambiente de trabalho, não queriam que fossem flagrados por paparazzi e outros fofoqueiros de Paris, uma vez que ele era o dono de uma das melhores agências da cidade francesa, era impossível ter paz. Ambos foram para suas respectivas salas, um pouco mais tarde, Hermione recebeu uma rosa vermelha – a sua preferida – e junto com ela, uma carta que cheirava ao perfume de Draco, ela sorriu e se sentou para que pudesse ler, conjurando um pequeno vasinho de vidro com água e colocando a flor.

“Olá, minha querida.
Primeiramente, descobri que gostava de rosas vermelhas, então, aí está! Segundamente, aproveito esse presente e essa carta para te convidar a almoçar comigo, não se preocupe, trataremos de alguns assuntos importantes. Espero você no saguão.

Carinhosamente,
Malfoy.”

Guardou a carta na gaveta da enorme mesa e pegou outro papel e uma caneta, a sua preferida. Gostava de provocar, então começou dizendo:

“Olá, doninha.
Primeiramente, eu não sou sua querida, segundamente, agradeço imensamente ao convite. Estarei esperando conforme o solicitado.

Carinhosamente,
Granger.”

Assim como o loiro fez, ela tirou um frasco de perfume da bolsa e deu uma borrifada na carta, dobrou perfeitamente e amarrou uma pequena fita colorida. Chamou a secretária do andar e a pediu que entregasse a carta a ele, a moça recuou um pouco pelo modo que a carta estava, mas aceitou.

Tudo bem, eu levo, tem mais algo que queira, senhorita Granger? – perguntou educadamente.

Não, muito obrigada, Elise – agradeceu, com um pequeno sorriso. A secretária retribuiu e saiu da sala, se ouvia apenas o barulho do salto ecoando conforme andava.

Hermione mandou uma mensagem a Draco avisando que iria passar em casa para trocar de roupa antes do almoço, para ele estava tudo bem. Ela aparatou em uma rua sem movimento aquela hora e seguiu andando até sua casa, esticou o braço para pegar a chave na bolsa e abrir a porta. Estava tudo tão... Quieto demais e escuro demais, ela recuou um pouco, mas continuou. Foi quando alguém surgiu por trás da morena e a encurralou na parede, o cheiro de álcool era forte, as olheiras estavam profundas, e os cabelos ruivos... Todo bagunçado, Ronald estava acabado.

Me solta, Ronald! – Hermione gritou, ele fraquejou um pouco, dando oportunidade para que ela lhe desse uma cotovelada e se soltasse, na mesma hora ele sacou a varinha, mas ela foi mais rápida.

Expeliarmus! – houve um clique e a varinha do ruivo voou para a mão de Hermione, ele sorriu cinicamente.

Pelo visto continua inteligente... O que tem feito ultimamente? Ah, me deixe adivinhar, um emprego alto... Agência famosa, parece que usou algo para conseguir o que queria, não é? – ele se aproximava, chegou perto o bastante para agarrá-la pelo punho e a jogar contra a parede novamente, ela caiu no chão e já estava a ponto de chorar.

Não toque em mim, se não você vai se arrepender – aquela era Hermione, mesmo caída continuava forte. Ele riu, como se fosse uma piada.

Você vai fazer o quê? Me bater? — ele perguntou, com deboche e cuspiu na cara dela.

Seu babaca, me solta! — ela berrou, foi para cima do ruivo e começou a dar tapas com toda a força que tinha.

Ah, cale a boca, inteligente metidinha. Você não vale nada – gritou com a voz alterada, ela avançou e o prendeu pelo pescoço. Mas ouviu uma voz atrás de si.

Hermione... Solta ele, eu cuido disso – Draco estava lá, na porta da casa da morena, os olhos transbordando fúria e raiva, com certeza já teria matado Ronald se não fosse Hermione. Ela obedeceu e saiu de perto, mas não sem antes dar uma joelhada no meio das pernas do homem, Draco se aproximou voando, bastou um único soco na cabeça de Weasley contra a parede para que ele desmaiasse.

Você está bem? Vem, eu te levo ao hospital – disse ele, abraçando Hermione e lhe dando um beijo na testa.

Draco levou Hermione ao hospital, a enfermeira os reconheceu e piscou para o loiro, que sorriu e acenou um obrigado. Depois de uma série de exames, Hermione soube que tinha sofrido lesões no corpo, devido a força de Ronald. Teria que ficar alguns dias afastada do trabalho, Draco a deixou ficar em seu apartamento, e ela não recusou, pelo menos lá estaria segura. E ele prometeu a si mesmo, custasse o que for, cuidaria daquele Weasley sujo e bêbado com as próprias mãos.

𝐂𝐢𝐧𝐪𝐮𝐞𝐧𝐭𝐚 𝐭𝐨𝐧𝐬 𝐝𝐞 𝐥𝐨𝐢𝐫𝐨Onde histórias criam vida. Descubra agora