Não sei exatamente o que estou sentido: raiva, medo, ansiedade, mas me sinto estranha quando estou perto desse desconhecido.
Neste momento, estou no quarto, quase arrancando meus cabelos, tenho medo do que pode acontecer por culpa do Senhor Desconhecido.
Pensei que ele estava brincando quando disse aquilo, e fiquei furiosa com o comentário, mas quando falou que a Suzanna tinha ligado, fiquei igual uma estátua.
Estava apavorada com a possibilidade de perder o meu emprego, apesar de tudo, eu gostava do que fazia, e precisava do dinheiro para pagar minhas dívidas.
Mesmo quase tendo um ataque, precisava me acalmar. Até que o Senhor Desconhecido não era tão ruim. Ele enfaixou a minha coxa, o que me deixa totalmente desconfortável em imaginá-lo tão perto de mim. E de alguma forma, aqueles olhos me traz um sentimento imenso de segurança. Foi uma das primeiras noites que dormi bem em meses, e talvez o fato de eu ter desmaiado ajude.
Mal conseguir pensar ontem, o que me fez descrever muito mal a situação.
Mesmo assim, estava com raiva por ele não ter me deixado ir embora.
Depois de um tempo, ele entra no quarto segurando uma bandeja e com uma sacola na mão, eu estava perto da janela, olhando para a rua, e me virei para encará- lo.
- Vista isso, que vou te levar em um lugar. - disse, colocando a bandeja na cama e me entregando a sacola.
- Vou poder ir para minha casa? - perguntei, ignorando o que falou.
- Não, você ainda vai passar o final de semana comigo antes disso.
Espera, o que ele falou? O final de semana com ele? Só pode ser brincadeira.
- Não vou, e pode pegar essa roupa e me levar para a MINHA casa. - fiz questão de enfatizar a última parte.
- Você vai comigo. - um fantasma de um sorriso apareceu no rosto dele. - E se não se vestir logo, eu posso fazer isso.
Fiquei sem reação por um momento. Por fim, me aproximei dele, e peguei a sacola da sua mão, e fui pisando forte em direção ao banheiro.
Respirei fundo e vi o que tinha na sacola: tinha um short jeans, uma regata azul, calcinha e sutiã pretos, e uma sapatilha dourada.
Tomei um banho rápido, e quando sair ele já não estava mais no quarto, e ainda bem que ele deixou a bandeja aqui, porque eu estava morrendo de fome.
Tinha torrada, suco, algumas frutas e panquecas, adoro panquecas. Quando eu estava na metade do café da manhã, ele entra no quarto, e vai para o banheiro, mas não antes de dar uma bela olhada em mim e sorrir.
Confesso que ele tem um sorriso muito bonito, mas continuei a comer. Quando terminei, ele ainda não tinha saído do banheiro, e aproveitei para levar a bandeja para a cozinha. Era do estilo americana, com uma bancada de vidro, e com as cores branca e marfim escuro, as mesmas cores da sala.
Até que no Senhor Desconhecido tinha bom gosto, e claro, dinheiro, eu nunca conseguiria pagar um apartamento assim. Sento em uma das cadeiras da bancada, e fiquei esperando por ele enquanto batia os dedos na bancada ao ritmo de uma música do Metallica.
Minutos depois ele aparece vestindo uma calça jeans e uma blusa branca que colava em seus braços e seu abdômen. Fiz uma cara de desinteresse, mas por dentro não conseguia negar o quanto ele é lindo.
- Vamos? - pergunto arqueando uma das sobrancelhas, fazendo uma cara de tédio.
- Vamos. - ele responde mais animado que eu.
Assim que abre a porta, faz um gesto para eu ir na frente, e por incrível que parece, eu não tenho vontade nenhuma de fugir, admito que estou curiosa em descobrir o lugar que ele está me levando.
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Apaixonei pelo Nascer do Sol
RomanceEla, 25 anos, e vive sozinha. Trabalha como programadora de jogos, mas se vê atolada em dividas. Tenta manter as aparências, mas os pesadelos a perseguem desde a morte de seus pais. Ele, dono de uma empresa de jogos, ex-espião, mas que nunca esquece...