De manhã, o única coisa que me fez levantar foi o Sol, e apesar de tentar me esconder dele, ele estava em uma missão de me fazer levantar, e por causa disso, levantei-me.
Demorei um pouco para me lembrar onde estava, e o silêncio daquele lugar me fez pensar no meu apartamento, até que lembrei-me de que o meu estava todo revirado, me dando calafrios.
Olhei para os lados e percebi que o apartamento era do Rafa, e encima da mesa de centro havia um bilhete.
Tive que resolver uma coisa, desculpe por te deixar sozinha, não vou demorar muito.
R.O relógio marcava 10:37, e não tinha ideia que horas ele havia saído.
Sempre tinha alguma fruta encima do balcão, então peguei uma para comer.A manhã se passou lenta e tão tediosa que eu fiquei tentada varias vezes a voltar a dormir, mas não existia sono dentro de mim. Ocupei -me com outras coisas: Tomar banho, fazer alguns alongamentos, lavar a louça, passar uma vassoura, arrumar uma cama praticamente intocada (o que me deixou preocupada), guardar as coisas que usei para dormir.
Demorei pouco menos que uma hora e meia para fazer isso, e fiquei sentada no sofá, olhando para o teto, ate ele chegar.Felizmente, não demorou muito para o Rafa chegar. Mesmo sorrindo ao me ver, não parecia que ele estava tão feliz assim.
- O que aconteceu com você? - perguntei.
- Nada. - respondeu dando de ombros.
- Não minta.
- Não aconteceu nada.
- Alguma coisa aconteceu, você não está nem conseguindo disfarçar.
- Claro que estou. - acabei dando meu melhor sorriso vitorioso, e ele franziu as sobrancelhas com isso. - Por que o sorriso?
- Claro que estou escondendo alguma coisa de você. - falei tentando imitar a voz dele, e fiquei séria logo em seguida. - Por favor. - pedi com jeito, aproximando-me dele e passando minha mão pelo seu rosto olhando em seus olhos. - Me conta o que aconteceu com você.
Seus músculos ficaram tensos, e ele passou a mão em seus cabelos, respirando bem fundo enquanto estava de olhos fechados. Ele colocou suas mãos em meus ombros e começou a me empurrar em direção a parede.
Fiquei um pouco confusa no início, até que percebi o que iria acontecer, e não quis recuar nem por um segundo. Ele foi chegando cada vez mais perto, até que sua boca ficou a milímetros da minha.
- Você é... - ele não completou a frase, e nem liguei.
Seu beijo foi gentil, mas ao mesmo tempo mostrava por mim. Seus braços envolviam minha cintura, e os meus em sua nuca, puxando-o cada vez mais para mim.
Quando o beijo terminou, estávamos ofegantes, eu estava na ponta do pé, e mesmo assim ele teve que se curvar um pouco.
- Você pode me contar agora o que aconteceu? - pedi mais uma vez.
- Eu dormi pouco hoje, então estou um pouco cansado, e isso me deixa mal humorado. - respondeu, mas algo me diz que não era só isso. Não era legal ficar tentando forçar ele a falar, então apenas o abracei.
- Tenta dormi um pouco agora. - ele não disse nada, apenas enterrou sua cabeça em meus cabelos. - Eu vou com você.
Ele não se mexeu, então peguei sua mão e o levei até seu quarto. Não me virei nenhuma vez até chegar bem perto da sua cama, e fiquei um tanto quanto constrangida neste momento.
- Não tente se aproveitar do momento. - as palavras sairam sem querer, mas ele deu um leve sorriso sem dizer nada.
Sentei - me na cama, encostando na parede, e fiz um gesto para ele deitar no meu colo, que o fez sem questionar.
Ele acomodou sua cabeça em minhas pernas como um travesseiro, e comecei a passar a mão em seus cabelos. Rapidamente ele dormiu, e essa cena me fez lembrar quando percebi que estava realmente apaixonada por ele.
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Apaixonei pelo Nascer do Sol
RomansaEla, 25 anos, e vive sozinha. Trabalha como programadora de jogos, mas se vê atolada em dividas. Tenta manter as aparências, mas os pesadelos a perseguem desde a morte de seus pais. Ele, dono de uma empresa de jogos, ex-espião, mas que nunca esquece...