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Estávamos indo em direção ao pequeno vilarejo que ficava a alguns quilômetros da base.

Segundo Erwin, entre sete a dez homens do Kenny estariam lá, montando um plano para matar todos que participaram da missão que resultou na morte do chefe deles.

O nosso plano era simples:

Jasper e Nuno iriam cobrir Eleanor e eu. A loira usaria do seu charme para enganar alguns caras que estivessem na entrada. Eu apenas tentaria seguir os seus passos. Caius e Louis ficariam encostados na parede ao lado do armazém que invadiríamos, bancando os bêbados. O resto da Tropa estaria distante, já que não poderiam ser reconhecidos.

Quando chegamos ao vilarejo, Hange deu um vestido e um espartilho para mim e para Eleanor.

- Não esqueçam, quando a luta começar, saiam de lá o mais rápido possível. Montem nos seus ou nos cavalos dos seus companheiros e vão para longe.

Erwin olhava para mim e para a loira, tentando captar algum sinal de desentendimento. 

- Sim comandante, nós entendemos. Certo, Jin?

Eleanor lançou um sorriso sínico e eu concordei com o comandante. Antes de entrar no bar, para trocar de roupa, olhei para o capitão Rivaille. Seu olhar dizia algo como "não faça merda".

Tirei o uniforme da Tropa o mais rápido possível e coloquei o vestido. Era bege claro, com mangas cumpridas e deixava os ombros a mostra. O espartilho era de um tom de marrom escuro, parecia ser feito de couro. Coloquei-o logo em seguida.

Eleanor usava um vestido azul com mangas cumpridas, diferente do meu, o dela não mostrava os ombros, mas possuía um decote ousado. O espartilho era preto e mais caprichado que o meu.

Cruzamos todo o bar até a sua saída com olhares em nossos corpos.

Saímos do local e não vimos ninguém. Nenhuma alma passava por ali, seja civil ou militar. Olhamos uma para a outra é seguimos para o armazém.

No meio de um silêncio assustador, ouvimos uma garrafa ser quebrada e um riso. Caius e Louis, "os dois bêbados".

- Uau... que meninas adoráveis!

- Ei beldades, por que não veem aqui?

Eram eles.

Bem, dois deles, pelo menos.

Nós olhamos mais uma vez e sorrimos para os dois homens. Caminhamos até eles a passos lentos.

- Além de lindas, são obedientes!

- Gostei da loira.

Revirei os olhos.

- Calma aí, bonitinha! Eu gostei de você. Cada um se diverte com uma, o que acha?

- Nós adoraríamos! Estamos tão solitárias!

Eleanor fez uma voz de "garota indefesa".

Uma corrente de ar frio passou e levantou, a alguns palmos do chão, nossos vestidos. Olhei para ver de que direção vinha o vento e, entre duas casas, o capitão Rivaille estava lá. Sua postura era de alguém que se preparava para correr uma maratona. Sua feição estava seria e o maxilar parecia trincado.

Olhei novamente para o homem e disse:

- Está frio aqui fora. Por que não vamos lá para dentro? Tenho certeza que podemos nos esquentar lá.

- Ótima ideia, querida! Vamos, vamos!

O homem que estava na minha frente segurou a minha mão e me puxou para dentro do armazém. Logo atrás o segundo homem apareceu junto de Eleanor.

𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora