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Foram cinco segundos.

Fechei a porta atrás de mim até a ouvi-la abrindo.

- Volta.

- Desculpa capitão, mas o senhor tem algo a mais para me falar?

- Tenho. Então volta. Agora.

Olhei para o corredor que se estendia diante de mim e suspirei pesadamente.

Dei meia volta e entrei, novamente, na sala do capitão Rivaille.

- A menos que você esteja entrando ou saindo de algum cômodo com um superior, você não precisa de permissão para entrar ou sair. E como estava indo sozinha, deveria ter me pedido.

- Desculpe mas... me chamou para a sua sala apenas para eu pedir permissão para sair dela?

- Você sempre foi assim?

- Comecei a ser quando conheci a sua arrogância.

Seus olhos ficaram milímetros mais abertos.

Logo a suas sobrancelhas deram o "retoque" final para a sua expressão de raiva.

- Permissão para sair da sua sala, capitão Rivaille e ir treinar?

- Permissão negada.

- Mas-

- Calada.

Silenciei minha boca no segundo seguinte.

- Eu deveria te fazer limpar esse castelo inteiro e sozinha para aprender a me respeitar.

- Que tipo de... autoridade o senhor tem comigo? Não sou sua subordinada, sou da líder Hange.

- Tsc.

Cruzei os braços e pendi a cabeça para o lado esperando uma resposta. Rivaille continuou com a sua feição séria e fechada.

Depois de uma suspirada profunda minha, eu disse:

- Desculpe a minha falta de disciplina, senhor.

- Sabe bem que não passará em branco, não sabe?

- Sei sim, capitão Rivaille.

Ambos ficamos em silêncio, de novo.

Era como se todo o oxigênio da sala estivesse de esvaindo. Estava começando a ficar difícil de respirar.

- Foi audaciosa para o lado do seu capitão. Quero ver se irá continuar sendo tão... corajosa.

- Senhor?

- Depois de amanhã temos uma missão simples, iremos a Ragako. Apenas para matar alguns titãs.

- O vilarejo ao sul da Muralha Sina?

- Sim. Um dos meus soldados, o Connie, é de lá.

Mesmo sem precisar, assenti.

- Algo a mais, senhor?

- Não.

- Permissão para sair?

- Permissão negada.

Mas que porra!

Ele não tem mais nada para falar e me quer na sala dele para quê?!

Ele se aproximou a passos lentos de mim. Uma de suas mãos pousou ao lado do meu rosto e a outra ao lado da minha cintura.

𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora