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- Jin, preciso que mantenha o dobro do foco hoje, ok?

Levi disse. O sol batia na sua pele e era impossível não admirar algo tão leve é lindo.

- Não se preocupe, tudo acontecerá como o ocorrido.

O moreno se afastou de mim e virei-me para Jean. Eren, que estava do seu lado, arregalou os olhos verdes e gritou.

O titã colossal...

Mas... como?

Levi correu até o gigante porém ele o arremessou para longe. Ele bateu com tudo no chão e o seu DMT soltou-se do corpo e ele girou até cair da muralha.

Corri como se a minha vida dependesse- e dependia- daquilo. Prendi os ganchos no chão e pulei em direção ao capitão.

Por milagre, consegui segurar sua mão.

- Jin...

- Levi...

- Por favor, Jin...

- Eu jamais soltaria você. Eu não vou soltar.

- Jin, os outros estão lutando contra o titã e você não vai conseguir segurar por muito tempo. Fora que não tem como nós puxar para cima de volta já que... sua mão está segurando a minha.

Não...

- Eu não vou soltar!

- Você vai morrer!

- Eu morro com você.

Algumas lágrimas escorreram dos meus olhos e caíram sob o rosto dele.

- Você não vai morrer por minha culpa.

A cada segundo que se passava, o suor entre nossas mãos aumentava.

Ele estava escorregando.

Fechei os olhos com força e senti sua mão soltar a minha.

- LEEEVI!

Acordei assustada. Olhei ao redor e o vi dormir tranquilamente ao meu lado. Então meu olhar caiu sob o meu braço.

Ou onde era para estar o meu braço.

Ele morria no sonho porque eu não tinha os dois braços e assim não podia salvá-lo. Ele morria por minha culpa.

Levantei calmamente da cama e deixei o quarto.

O caminho até a cozinha parecia não ter fim nunca. A sensação era de que eu estava subindo escadas, descendo, entrando em um corredor e dobrando em outros. Era como um labirinto.

Eu estava perdida na minha própria cabeça.

Depois de subir e descer escadas que eu nem sabia que existiam nessa base, cheguei na cozinha. Era quase um silêncio sepulcral, quase...

- Jin? O que faz aqui a essa hora?

- Ah! Oi, Eren. Eu só... fiquei com cede. E você?

- A cede me pegou também. E eu também fiquei com um pouco de fome e vim procurar uma maçã.

- Acho que tem naquele saco.

Apontei para um saco de tecido marrom.
Eren foi até lá e o abriu, realmente tinha maçãs lá.

- Eren... Jin... O que fazem aqui?

- Capitão Rivaille, eu desci para tomar água e comer uma maçã. Encontrei Jin aqui.

- Eu vim beber água, estava me sentindo meio mal então achei que ajudaria.

- O que você está sentindo?

Levi me olhava sério, muito sério. Parecia não acreditar nas minhas palavras e nas de Eren.

- Estava me sentindo... tonta.

- E por que não me acordou?

- Eu to indo. Boa noite.

Ouvi Eren falar baixo e logo eu estava sozinha com o capitão.

- Você mal dorme então prefiro não te acordar.

- Eu prefiro perder algumas horas de sono a te deixar passar mal.

- Eu... Não consigo. Não consigo mais.

- O que você não consegue?

Eu não queria dizer aquilo em voz alta, seria horrível.

- Jin! O que você não consegue?!

- Te olhar!

A expressão que tomou seu rosto era exatamente a que eu não queria ver.

- Levi, você é o Soldado Mais Forte da Humanidade e eu sou o quê? Uma soldado qualquer que perdeu um braço. Entre eu e um pedaço de carne podre não há diferença.

- Claro que há diferença, Jin! Para mim sempre existirá uma diferença. Você não é qualquer soldado, você é a minha soldado. É a mulher com quem eu quero passar o resto da minha vida. Para mim, você é o mundo.

- Um mundo decadente! Pior que esse que vivemos. Eu sou uma inútil agora, Levi. Terei que lhe pedir ajuda até para colocar um vestido.

- Não me importo de ver você andando sem roupa alguma pela a nossa casa.

- É sério, Levi!

- Estou falando sério.

Era inegável. Seu rosto estava rígido, não existia um centímetro de sorriso.

Levi Ackerman era incorrigível.

- Jin, você não é inútil. E eu jamais me importaria de te ajudar. Isso porque eu estaria sempre do seu lado te apoiando e te protegendo. Não que você precise de proteção, na verdade, com essa cara que você está fazendo agora, acho que eu quem preciso ser protegido de você.  Mas eu quero manter a salvo das podridão do mundo a coisa mais preciosa da minha vida... você.

- Levi... Eu nem poderia segurar um filho.

- Então ele seria um prodígio que aprendeu a andar com poucos meses de vida.

- Levi, você pode falar sério comigo, por favor?

- Meu amor, você está com medo de não ser aceita por causa que tem um braço a menos? Só de você continuar na Tropa mesmo depois de ter tido a chance de sair, você já pode ser considerada a mulher mais forte da humanidade.




VOLTEI GEEEEEENTEEEEEEEEE! Gostaram?

Por favor digam que sim. Desculpem a demora meu povo. Amo vcs viu?

𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora