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Sobre a foto da capa: imaginem que o quarto da Jin seja assim. Ou algo do tipo.

Acordo de madrugada com o barulho dos trovões.

A luz rápida dos relâmpagos entram e saem pelo vidro da única janela do quarto.

Peguei um candelabro que ainda estava aceso no móvel ao lado de cama e sai do quarto. No fim do corredor tinha uma janela, por milésimos de segundos todo o local clareava e então voltava a ser um breu.

Desci todos os ramos de escadas e fui para a cozinha.

Ouvi uma voz vindo do cômodo. Uma voz feminina. Sem se preocupar com quem quer que fosse, entrei no local.

Eleanor estava sentada, quase colada, ao lado de Rivaille. Seu sorriso desmanchou assim que me viu. Quanto ao homem, apenas bebericava alguma bebida na xícara que estava em sua mão.

- Deixa eu adivinhar? Você veio dizer a ele que eu estou tentando dar em cima dele. E como você não quer que o seu amável capitão seja "seduzido" por mim, está tentando colocar na cabeça dele que eu sou um perigo. Acertei?

Eu disse e Eleanor fez uma careta ainda maior, até que seu sorriso debochado voltou ao rosto.

- Você sabe que eu jamais faria isso.

- Claro que sei.

Fui em direção ao vaso de água e enchi um copo com água.

Depois de beber dois copos, comecei a andar para sair do local.

- Boa noite, mana! Durma bem.

Eleanor gritou. Parei no primeiro degrau e a encarei.

- Não me chame assim.

- E por que não? Som-

- Não! Não somos.

Senti a raiva se instalar por todo o meu corpo. A loira ainda tinha o sorriso debochado no rosto, já Rivaille, apenas me olhava sério.

Ele levantou, deixando a vaca sozinha na mesa. No momento em que passou por mim, me olhou sugestivamente e subiu as escadas.

- Você não vai conseguir conquistar ele, Jin.

- E você acha que eu estou tentando?

- Jin... querida. Sabemos que você vai foder com quem tiver a chance. Tudo para preencher o vazio que está se alastrando no seu corpo desde que viu Jonas com aquela mulher. E... os filhos deles.

- Por incrível que seja, você falou algo inteligente. Eu vou foder com quem tiver a chance. Eu reconheço os meus limites, diferente de você que acha que só porque é linda pode ter caso com quem quiser.

Ela estava séria. Rara eram as vezes que ela ficava assim: sem demonstrar o que realmente sentia.

Subi as escadas em direção ao meu quarto e assim que cheguei no início do corredor, vi Rivaille ao lado da porta.

- Capitão..? Posso ajudá-lo com algo?

- Sim.

- E o que deseja, senhor?

- Você. E que continue me chamando de "senhor".

Em questão de um segundo ele já estava diante de mim. Suas mãos seguravam firmemente a minha cintura enquanto seus olhos praticamente liam a minha alma.

𝐈𝐧𝐟𝐢𝐧𝐢𝐭𝐲Onde histórias criam vida. Descubra agora