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Você não pode me fazer ir pra um lugar onde você não vai estar. Essa é a minha definição de inferno. - Edward Cullen


- Bea vamo embora daqui. - Nicolas chega pegando na minha mão e tentando me puxar dali.

- Espera mais um pouco anta. - digo o puxando para que ele ficasse parado. - Bruno acabou de chegar.

- Você já falou com ele, já deu o presente e você me prometeu que não iríamos ficar até o final da festa. - fiquei quieta, ele tinha razão.

Bruno ficou olhando nós dois junto a vaca da Gabriela. Me senti envergonhada pela atitude do Nicolas, mas vou deixar para abrir meu bocão em casa.

- Já vai Bea? - Bruno pergunta vindo me abraçar. - fica mais um pouco. - pede. Eu queria poder ficar mais um pouco, porém eu queria mais brigar com o mala do Nicolas. A gente teria outras oportunidades pra conversar com mais calma.

- Melhor eu ir embora, não tá vendo o senhor zangado querendo ir embora? - Bruno e eu rimos. - Foi bom te ver. - digo sincera.

- Vem amanhã aqui em casa, passar a tarde comigo?- Pergunta e eu concordo. O abraço mais uma vez e vou embora.

No carro Nicolas permaneceu calado, não olhei pra cara dele e não quis dizer uma palavra.


Bruno

Estou feliz por finalmente poder voltar a minha antiga casa, rever minha família e meus amigos me fez bem, eu precisava disso.

Os dois anos que passei foram bons e dolorosos ao mesmo tempo, queria a todo segundo voltar para minha antiga vida e eu sentia muita falta da Beatriz apesar de tudo. Ela ferrou com minha vida, LITERALMENTE, mas ainda assim não consigo senti raiva dela.

Conheci Gabriela uma semana depois das minhas aulas terem começado, a princípio eu não queria nada sério e não queria me envolver com ninguém. Porém, eu não contava que ela não desistiria fácil. Sei que Gabriela pode ser enjoada e chata na maioria das vezes, mas ela me escutava e dava conselhos quando eu precisava de um ombro amigo.

- Não gostei dela Bruno. - Bianca fala baixinho comigo depois que Gabriela subiu para meu antigo quarto. - ela, é enjoada, não sei explicar.

- Beatriz também é enjoada e você não diz isso sua tampinha.

- Beatriz é minha amiga. - ela beija minhas bochechas e sai correndo.

Minha irmã era um verdadeiro poço de falar tudo que pensa, eu amava isso.

- Senti tanto sua falta meu filho. - Minha mãe comenta. - vai ficar de vez ou pretende voltar?

- Só o tempo dirá mãe. - ainda não me decidi em relação a isso, também não sei o que seria do meu namoro caso eu ficasse. Gabriela tinha a vida dela toda feita lá no Canadá, provavelmente não abriria mão de sua vida por um cara que mal conhece. E eu entendo.

- Que você fique por outros motivos que não sejam a Beatriz.

- Nada a ver mãe, eu tô com a Gaby agora. E eu gosto muito dela. - respondo. Beatriz e eu não tem a menor chance de voltamos de novo, ela tá feliz e eu tô feliz.

- Ela fez sua vida um inferno meu filho.

- Eu sei, não vivo de passado mãe. Ela errou e eu perdoei, não quero senti raiva da minha amiga. - digo. Estou cansado de sempre falarem isso, não vivo de passado embora ele tenha acabado comigo.

- Eu sei meu filho, mas somente eu sei o que passei vendo você sofrer. - Minha mãe era incrível, admirava ela de todas as maneiras, vou até ela e a encho de beijos. - Vem me tapear não.

- Nunca mãe. - sorri e fiquei abraçado a ela. - Te amo muito sua mandona.

- Também amo você teimoso. Vai ficar um pouco com sua namorada, você passou a tarde toda com seus amigos e esqueceu um pouco dela. - concordo, dou um último beijo nela antes de ir atrás da Gaby.

Vou tentar fazer da certo, eu mereço ter um final feliz com alguém de verdade. Já sofri tanto, parece apelação ou eu me vitimando. Mas não, é doloroso ver todo mundo ser feliz e você não. E nunca mais vou me sacrificar por ninguém, uma mão lava a outra, mais na minha vez sempre falta água.























Ainda amo você Onde histórias criam vida. Descubra agora