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Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

- Que demora foi essa senhor Bruno? - pergunto irritada. Bruno sorrir e me abraça, por último se abaixa para beijar minha barriga.

- Desculpa, Gabriela não queria que eu vinhesse. - diz.

- Ahh, não precisava vim. Eu iria entender. - digo e pego minha bolsa. Gabriela voltou para o Canadá, porém, a mesma liga todos os dias para o meu amigo. Entendo é o namorado dela, e eu também faria o mesmo.

- Não se preocupe. - saímos de casa e formos em direção ao carro. - já sabe qual vai ser o nome do bebê? - pergunta.

- Nicolas veio com uns nomes aí. - digo e entro no carro junto com Bruno.

- Quais opções?

- Ele pensou em Luna, Lua e Violetta. - respondo.

- Olha, não é tão mal. - ele cai no riso.

- Ah com certeza não. - rimos feitos loucos.

Bruno e eu formos ao shopping, lanchamos e depois assistimos um filme qualquer no cinema. Foi divertido e me senti de volta ao ensino médio com meu melhor do lado.

Antes de saímos da sala de cinema, uma senhora muito simpática nos parou e elogiou minha barriga.

- Obrigada. - sorri.

- Vocês fazem um casal muito bonito. - Ela diz. - parabéns pelo bebê.

- Não senhora, nós somos apenas bons amigos. - Bruno fala.

- Tenho certeza que não é apenas isso. - diz e sai antes que pudéssemos dizer mais alguma coisa.

A volta pra casa foi bem animada, Bruno e eu rimos e cantamos feito loucos inúmeras músicas. Meu amigo tirava alguns segundos o olhar da estrada e me via cantar e gargalhar e ele sorria e voltava para estrada.
Quando Bruno estacionou na frente de casa, eu peguei minha bolsa e antes de sair do carro ele agarrou minha mão.

- Eu amo você peixinho. - ele diz. - mais do que acho que é possível amar alguém.

- Eu também te amo. - o abraço. Bruno continua abraçado a mim por um longo tempo e quando nos separamos do abraço nossos rostos estavam a poucos centímetros de distância. Fechei meu olhos por alguns instantes e quando os abri novamente imediatamente, meu olhar se cruzou com os de Bruno. Ele tocou meu rosto e antes que pudesse se aproximar mais, o interrompi.

- Não Bruno. - digo  com a voz baixa e me afasto. - eu tô com o Nicolas e eu o amo.

Ele riu, e bateu a mão no volante com força.

- Ele não é quem você pensa Beatriz. - diz. - Porra, abre os olhos.

- Essa sua implicância com o Nicolas já tá indo longe demais. - limpei a garganta. E tentei responder o mais firme possível.

- Não é implicância. Mas tudo bem, quando descobrir que estou certo, não esquece de dizer um obrigado.

Saio do carro um pouco irritada, o passeio tinha sido perfeito, ele tinha que abrir a boca e estragar tudo. Chego em casa e jogo minha bolsa no sofá. Pensei que não havia ninguém em casa, porém Clystoff reclama da bolsa sendo jogada na sua cara.

- Ai piranha. - Clystoff fala.

- Desculpe eu não vi você. - me sento ao seu lado.

- O que foi? - pergunta, digo que não era nada, meu irmão insiste.

- Bruno confunde a minha cabeça.

- Como assim? - pergunta.

- Você acha que Nicolas é uma pessoa ruim? - respondo com outra pergunta.

Olhei bem para ele e tentei decifrar seu olhar e o seu jeito de pensar nas palavras. 

- Não! Nicolas é um cara bacana. - ele colocou o braço ao redor dos meus ombros. - ele pode ser meio chato, mas ainda assim é um cara bom. Por que a pergunta? Bruno, botou lorota na sua cabeça?

- Ele só me disse que ele não é que diz ser. - respondo e abaixo minha cabeça no ombro de Clystoff.

Fiquei paralisada e pensei nos últimos meses, foram os melhores possíveis. Nicolas está do meu lado sempre e por mais que Bruno e ele não se dão bem, ele entende que acima de tudo Bruno é e sempre foi meu melhor amigo. E nada iria mudar.

Mas Bruno confundia minha cabeça, sobre se essa minha escolha era mesmo a certa.

Mas não posso voltar atrás, estou grávida de cinco meses de Nicolas. Não é justo nenhum dos dois.

- Para de dar ouvidos ao Bruno e segue esse indeciso coração. Você tá grávida, pensa na minha sobrinha e um pouco no Nicolas, ele não merece Beatriz. Faz tudo por você. E Bruno é seu melhor amigo e admiro pra caralho essa amizade. - pausa. - mas ficou no passado, você seguiu com sua vida e ele seguiu com a dele.

Suspirei e processo tudo. Não havia outro jeito. Não é como se eu tivesse uma outra opção.

- Tem razão. - digo e dou um beijo nas bochechas do meu irmão mais velho. - Boa noite.

Suspirei novamente e me levante, indo para meu quarto 

Ainda amo você Onde histórias criam vida. Descubra agora