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— Caramba Mateus! — Mirela gritou.

— Coloca você então essa merda! — Ele jogou a faixa pra ela. Eu dei risada. Mirela bufou e subiu alguns degraus da escada pra colocar a faixa que dizia “chá de bebê do Bernardo”. Pedro e Mateus ficaram três horas fazendo ela, e até que não ficou tão ruim.

— Deixa que eu pego isso. — Gabriel tirou o prato da minha mão.

— Pelo amor de Deus! Aí só tem pão!

— Sim, mas não quero que você faça nada hoje, ok? Deixe tudo com a gente. — Ele me beijou rapidamente na bochecha. — Vai lá pra cima, descanse, e se arrume!

— Tá me chamando de feia? — Cruzei os braços.

— Nunca. — Ele sorriu e colocou o prato na mesa.

Como eu sabia que eles não me deixariam fazer nada ali, fui pro meu quarto.

Já era sábado a tarde, e Mateus iria embora na segunda. Deu trabalho organizar tudo, mas deu tempo. Eu não tinha muitos amigos, então chamei também Camila e Laura. Nós abrimos uma exceção para os meninos ficarem.
Me deitei na cama, e toquei minha barriga. Eu estava com quase seis meses, e ela já estava bem aparente. Bernardo não se mexia muito quando eu estava sozinha, mas bastava ouvir a voz de Gabriel, para ele começar a dar cambalhotas dentro de mim.

— Oi filho. — Falei. Esperei que ele chutasse. Nada. — Você é um traíra! Só chuta pro seu pai ou quando ele está perto.

Nada, nem um movimento. Soltei o ar e fui pro banheiro, onde tomei um banho quente. Depois coloquei um dos vestidos que comprei com Mirela, e voltei a descer.
Pedro estava enchendo as bexigas azuis. Mirela arrumava a mesa principal. Mateus arrumava a mesa das comidas, e Gabriel estava sentado no sofá. Eu me sentei ao lado dele, e lhe dei um cutucão na costela, ele pulou.

— Porque não está fazendo nada?

— Eles não me deixam, também — Ele rolou os olhos. — Por mim tudo bem.

Eu sorri.

— Toma. — Ele tirou um embrulho pequeno do bolso.

— O que é?

— Era meu, quando eu era criança. Queria só passar pra ele.

Dentro do embrulho, tinha um bonequinho do Capitão América. Ele era minúsculo, devia ter uns 20 centímetros.

— Que bonitinho.

Ele olhou par o boneco, e depois sorriu pra mim.

— É a única coisa que sobrou da minha mãe.

— Então você tem que ficar com ele. — Falei, rapidamente.

— Não. — Ele negou com a cabeça. — Quero que fique com vocês. Porque pra mim foi a única lembrança da minha mãe, e quero que seja uma lembrança minha pra ele.

— Gabriel... Você fala como se fosse embora, ou... Não sei.

— Eu nunca vou abandonar vocês. — Ele olhou em meus olhos. — Nunca. Mas, quando eu estiver longe, quero que ele olhe para o boneco e se lembre do quanto eu amo ele.

Em minha barriga, Bernardo chutou.

— Acho que ele sabe.

Coloquei a mão na barriga, e sorri.

**

— Vai, abre o meu primeiro! — Mirela me empurrou uma caixa grande.

— Tá bom, eu abro.

Rasguei o papel e sorri. Era um carrinho.

— Obrigada! — A abracei.

— Eu achei tão bonitinho, que tive que comprar.

Não era um carrinho como os outros que eu já tinha por aí. Esse era menor, e o tecido era todo em jeans.

— Certo, agora, vou abrir este. — Peguei uma caixa de embrulho vermelho. — De quem é?

Arthur levantou a mão. Eu sorri e abri o presente. Eram vários livros, todos de contos de fadas.

— Eu sabia que você iria adorar ler pra ele, então eu tive que comprar. — Ele sorriu.

— Eu amei, obrigada.

Peguei o presente de Pedro. Um pacote de fraldas, lenços umedecidos, chupeta, mamadeira, sabonetes, um par de sapatinhos minúsculos.

— Eu não sabia o que comprar, então comprei um pouco de tudo. — Ele deu de ombros.

Mateus tinha comprado várias roupinhas, ele também disse ter ficado em dúvida. Laura comprou fraldas, um abajur de tomada, e um ursinho. Camila comprou fraldas e uma roupinha muito fofa de dinossauro.

— Muito obrigada gente, eu amei cada coisinha. — Sorri para todos. — Agora, podemos comer e conversar.

Eu me levantei e fui pra mesa de comidas. Gabriel parou ao meu lado, e pegou um dos copos de refrigerante.

— Meu pai vai trazer meu presente, acho que na segunda.

— O que é? — Mordi o bolo de chocolate e fui ao céu com o sabor.

— Não é nada de mais. — Ele deu de ombros. — Eu só vou deixar você comer esse bolo, por que hoje é seu dia de folga.

— Muito obrigada. Mas acho que você não sabe dos meus desejos não é?

— Tipo quais?

— Brigadeiro, pão caseiro, sonho, torta de frango, bolo de banana, suco de limão e laranja. É por aí vai.

— Caramba! — Ele se abaixou na altura de minha barriga, e falou. — se comporte filho, não queremos que você ou sua mãe tenham diabetes.

Bernardo chutou.

— Ele é um traíra. — Falei, desanimada.

— Porque?

— Ele só se mexe quando você está perto!

Gabriel sorriu. Ele falou alguma coisa que eu não ouvi, e o bebê chutou de novo.

— Eu falei. — Resmunguei.

— Ele vai chutar pra você também. — Ele voltou a se levantar. — Eu já tenho que ir, infelizmente. Aproveite a festa e a comida. — Ele me beijou na bochecha e foi embora.

**

Depois da festa, eu estava cansada. Deixei tudo pra arrumar amanhã, e fui pro quarto com Arthur.

— O que vamos ver hoje? — Ele perguntou, já ligando a televisão.

— Pensei em uma coisa diferente. — Eu me levantei e fiquei de costas pra ele. — Pode me ajudar com o vestido?


Arthur baixou o zíper do vestido com cuidado. Eu o deixei escorregar por meu corpo. Me virei para ele, e encarei seus olhos castanhos. Eu o beijei, um beijo desesperado. Suas mãos passeavam por minhas costas nuas. Eu tirei a camiseta dele, e o beijei no pescoço.

— Você tem certeza de que...

— Tenho.

Seus olhos ficaram mais brilhantes. Ele me beijou novamente, e dessa vez suas mãos soltaram meu sutiã. Ele o tirou com cuidado, e olhou para meus seios.

— Você é ainda mais linda do que eu imaginava.

Eu sorri. Ele me levou pra cama, e beijou meu rosto, descendo pelo meu pescoço e chegando aos meus seios. Ele beijou e tocou, por um tempo. Eu respirava pesadamente.
Eu o queria logo, então me levantei e o empurrei na cama. Passei minhas mãos por seu peito e seu abdômen. Arthur não fazia academia, mas tinha um abdômen incrível. Deixei trilhas de beijos pelo seu corpo.
Ele se levantou e tirou sua calça e cueca. Enquanto colocava a camisinha, eu me livrei da minha calcinha e me sentei em seu colo. Ele olhou no fundo de meus olhos.

— Você também é ainda mais bonito do que eu imaginava.

Eu comecei a me movimentar em seu colo. Conforme eu ficava mais rápida, jogava a cabeça para trás. Arthur beijava meu pescoço e meus seios, seus gemidos se misturavam aos meus.
Ele me tirou de cima dele, e me deitou na cama, se colocando entre minhas pernas. Ele estocou rapidamente. Eu me contorcia e gemia, indo à loucura. Ele não parou, até chegarmos ao ápice. Ele deitou ao meu lado, me puxando mais pra perto e nos cobrindo com o cobertor.

— Isso foi...

— Ótimo? — Sussurrei.

— Sim. Foi ótimo.

Eu sorri e fechei meus olhos. Adormeci ouvindo as batidas de seu coração






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Finalmente Jarthur teve seu momento!

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