Hello Madeline

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"Aquilo que se faz por amor está sempre além do bem e do mal"
— Friedrich Nietzsche

Madeline Sawwer P.O.V Sede da Unidade de Análise Comportamental, Quântico, Virgínia.

— Os itens enviados obviamente são pistas — J.J se levantou, começando a escrever no quadro branco — Eu ganhei uma borboleta rara emoldurada.

— Eu recebi uma cabeça — Hotch arqueou uma sobrancelha.

— E eu, o corpo — suspirei, cruzando os braços.

— Reid recebeu uma chave antiga e um bilhete. É estranho que um elemento nos comunique dessa maneira — Morgan comentou enquanto encarava a mesa — Podem nos provocar, duvidar que peguemos eles, mas não isso.

— Rossi não recebeu nada? — questionei.

— Não. Talvez o elemento teve um pouco de comoção ao ver que David estava fazendo uma palestra em Nova York sobre o livro que lançou — Derek revirou os olhos.

— Porque o elemento não pode nos comunicar dessa maneira? — J.J tampou a caneta após fazer uma lista de tudo que recebemos.

— São fantasias sexuais — comecei — Posso considerar a provocação como demonstração de força, ele quer impor poder, mas nos fazer de objetos, como peões em um jogo... Eu não tenho nenhum tipo de explicação para isso.

— Eu colecionava borboletas quando criança — Jareau começou a falar após encarar o quadro por um tempo — Foi por isso que reconheci a que estava na moldura.

— Talvez o elemento saiba sobre nossas vidas pessoais...? — Derek se recostou na cadeira.

— Espero que não seja algo pessoal com a J.J, pois eu nunca colecionei corpos decapitados, imagino que o Hotch também não — me virei para o moreno.

— Mas ele sabia exatamente onde nós estávamos — ele explicou — O hotel em Montego Bay, o número de telefone e o endereço da casa do Hotch, Reid em Las Vegas.

— Eu soube pelos computadores do escritório — Garcia adentrou a sala — Suas localizações estão neles caso precisem acha-los... Vi o histórico, o invasor esteve nos arquivos pessoais — ela estava apreensiva, e nossa reação piorou isso — Tem muita informação naqueles bancos de dados...

— Descobriu como o invasor conseguiu hackear o sistema? — Hotch se levantou.

— Ainda estou examinando...

Não precisávamos de esforço para saber quando alguém mentia, e nem falo de perfilamento, Garcia falava pausadamente e em tom baixo, nada era mais fora do padrão para ela.

— Garcia, Sabe de alguma coisa? — nosso superior insistiu.

— Eu... Estava jogando ontem... Um jogo on-line, mas não nos computadores daqui, no meu.

— Ah Garcia — fechei meus olhos, negando com a cabeça.

— Não entendi — Hotch se voltou para mim.

— Ela conectou o computador à internet do prédio — expliquei.

— E tenho muito menos proteção no meu notebook — a voz dela começava a se embargar — Ele deve ter entrado no meu laptop primeiro.

— E isso é possível?

Hotch era esperto para muita coisa, mas tecnologia, nesse momento não parecia ser o seu forte.

— Sim, é possível, mas eu consegui o encontrar — Penélope continuou — O nome dele é Giles, Frank Giles, ele mora em Arlington, Virgínia, a sete quilômetros daqui, tenho o endereço — ela entregou um papel à Hotch.

Beyond Borders • Criminal MindsOnde histórias criam vida. Descubra agora