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— Norman, nós temos que fazer alguma coisa, O Elijah...
— O Elijah é um homem adulto, se ele cometer erros terá que pagar por eles,  nada disse tereia acontecido se não o tivesses protegido de tudo, mimá-lo e agrada-lo com doces e flores, ele seria..

— Tu não me venhas com essa conversa, tu sabes muito bem o que se passou com o Elijah,  onde estavas tu para ajudar o teu filho a enfrentar os miúdos que faziam piadas dele?  Que trancavam-no dentro dos cacifos das escolas,  que roubavam o lanche dele ou que o batessem? – Norman andou em diferente direção,  afastado de mim — Responde Norman– Andei mais rápido  e fiquei cara a cara com ele.

— Se ele cortasse o cabelo os miúdos teriam paro de implicar.

— A tua resposta será  sempre "Se ele " se eu"?

— Eu não quero isso para nós Melissa,  discutirmos por coisas do passado ou presente,  eu sei que estamos preocupados,  eu estou preocupado e aterrorizado mas eu não te quero perder depois de quarenta e um anos de casado.

— Eu quero que compreendas o que o Elijah está a passar,  quero que dês o teu apoio, como pai.  Está na hora de vocês entenderem-se,  ele precisa de nós e quer queiramos ou não,  somos os dois culpados pela vida que o Elijah vivi hoje e por isso temos estar ao pé dele custo o quê custar– Com os olhos rentos pesados com arrependimento e desgosto, respiração lenta e monótona um semblante melancólico aceitou ao acenar com a cabeça e abracei-o  — Desculpa. – Norman sussurrou.

— Diz-me o que precisamos de fazer e eu o farei– Suplicou com o olhar de pai aflito.

— A Angela é a nossa solução, liga para os teus advogados marca uma reunião para amanhã e hoje de noite eu vou conversar com ela.

Com a casa silenciosa e arrumada, o aroma doce de pêssego que Kyana usava ainda paira pelo seu quarto pintado de amarelo e azul,  com as borboletas que acendem de noite no escuro e a ajudavam a dormir,  o quarto está intacto mas falta a ela.

— Angela? – Chamei quando a vi de pé  abraçada ao peluche de banda que a Kyana deixou.

— Eu vou sentir muito a falta dela, do sorriso ao acordar,  das histórias ao adormecer,  as quartas de pizza e tacos. Desculpa, fui informal e não  profissional – Largou o Peluche e ergue a cabeça com determinação, alcancei a sua mão , conduzia até  a biblioteca da casa e pedi que sentasse.

— Angela, o meu filho,  pai da Kyana tem todo o direito e dever de cuidar dela porém  a missão recaiu para nós,  todos nós incluindo a ti. Tiveste que passar semanas e meses com a Kyana enquanto nós estivemos fora do país em reuniões e bailes de caridade entre outras ações,  tu conheces a Kyana desde que ela tinha sete meses de vida,  tens todo o direito de chorar,  de ficar triste e chateada,  eu peço que entendas que o Daniel fez a escolha certa para ele.

— Sr.  Melissa a onde quer chegar com esta conversa,  se me permite questionar.

— No dia em que a custódia da Kyana foi entregue para o meu filho, eu não  me senti segura em deixar a Kyana ir–

— E por que que o fez? — Por que o meu filho merece viver com a filha os anos que roubei dele.  Ele merece criar as memórias que eu o privei de viver com a própria filha, ele perdeu a pessoa que jurou amar para a eternidade e eu,  Arranquei dele a única fonte,  a única razão que o impediria de estar pior,  que o impediria de morrer.

— Mas a Melissa encontrou o Daniel a ter uma convulsão dentro do quarto de banho com a Kyana  desprotegida e a chorar no outro quarto?!  Tomou a decisão correcta para ela,  ela podia ter morrido aos cuidados do seu filho,  com todo o respeito eu não compreendo como foi capaz de permitir que o seu filho voltasse a ter a guarda da sua neta. A Kyana tem alergias que ele não sabe, ela tem...

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