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Mantive-me acordada a noite toda, ponderando os detalhes de cada pesadelo, detalhes cruciais e medianos. Será que fiz a coisa certa?  Busco por cumprir uma promessa antiga feita em e para honra do meu irmão que teve uma vida tão curta, pouco e muito bela, a melhor que podíamos ter tido, mas foi retirado do mundo pelo mesmo ser que o pus nele. A decisão  de entrar para a academia foi uma escolha tomada de olhos fechados, quando saí senti que não  era a mesma e talvez não voltaria a ser à mesma.

Eu vou prosseguir, servir um a dois anos e cumprir  a promessa,  ele merece e eu mereço.

Durante a noite já acordada,  expondo os sonhos na mesa em busca de uma ligação entre  as palavras por baixo das linhas, ouvi o bater da porta da entrada, um bater único,  quatro três , três e seis. A sequência eterna e de eterna segue-se a frequência, é possível cronometrar o falhanço de alguém  e até mesmo o nosso, mas a medida que a frequência  aumenta ou estanca, a surpresa acompanha o ritmo e o entusiasmo ou desespero para, fica estagnado a cortar as horas até a próxima sequência  com a mesma frequência quatro e três , três e seis.  Tinha esperança que conseguisse,  aproximadamente quatro meses à  quatro meses em três  anos por dezasseis e mais seguidos é  tudo uma questão de tempo e resistência.

Não  me levanto da cama, na verdade cobri-me com as mantas, isolada no meu casulo, encolhida com os joelhos à  altura do meu peito,  as mãos  encontram-se com os dedos entrelaçados uns nos outros a volta dos joelhos,  com calor da minha respiração voltando para a meu rosto, de olhos abertos no escuro que já é meu conhecido, tudo repete-se menos o tempo.

Elijah continua a bater a porta fervorosamente criando um incomodo som que pode perturbar o sono da meninas,  poderia lidar com isso agora e evitar que acordassem com medo porém as minhas forças  estão de rastos, cansada de berrar e lutar por algo e alguém que vê  e de repente é  cegamente ludibriado pelo que jura ter derrotado. Ergui o tronco e Sentei-me com os pés  cruzados por cima da cama recolhendo as minhas forças antes que isto durasse mais tempo que o suposto. Ouvi passos apressados pelo chão coberto de madeira, os passos dirigem-se para a verdade ou o quê tratará de entregá-la.

— Angie, alguém está a tentar arrombar a porta e entrar para casa,  liguei para a polícia  e- Fiquei surpresa claramente  Olívia está  assustada e apreensiva com as nossas vidas

—Não,  Live é o Elijah, desliga  a ligação da polícia,  faz alguma coisa mas não  os deixes vir para aqui, eu vou tratar disto antes que os vizinhos notem o estranho movimento, ou pior  antes que a Kyana acorde.  –Não tardou passos leves aproximar-se da porta do quarto.

— É o Daddy?! - Disse agarrada ao grande urso  de pelúcia da Tailândia,  com o cabelo espalhado pelo pequeno e preocupado rosto,  pés descalços  e olhos cansados carregados com sono.

— Olívia , por favor- Levantei-me da cama propriamente vestida com pijamas pés descalços percorrendo o chão  até a porta principal, abri a porta de madeira deixando a porta de rede a separar  nós

— Vais ficar a olhar para mim? Sou o Johnny Depp por acaso? Abre a porta! - Transmitiu profundidade para as suas últimas palavras com a voz roca e áspera

—Tu nunca vais mudar - Respondi de braços cruzados, revirou os olhos - Eu quero entrar na minha própria casa- Respondeu

— Proprietários têm  chaves e não as perdem num bar qualquer junto com a carteira. —Eu quero ver Minha filha!

— Tu nunca vais mu- Eu quero entrar na minha casa!  –  Gritou interrompendo-me - Tu vais por os pés  dentro desta casa,  por baixo deste teto.

—A casa é minha caramba!- Gritou exaltado

—Tu não entras nessa casa enquanto a Kyana,  tua filha estiver aqui dentro,  tu não  vais falar ou dirigir te a ela com o hálito de álcool e múltiplas marcas de agulhas pelo corpo,  não.

— Eu não  bebi,  mal toquei em bebida,  picadas?  Estamos na porra do  Hawaii tem mosquitos por todo lado Angie, atualiza-te, acorda.– Estamos os dedos a frente dos meus olhos -  Abre esta porta, Já! , eu não ia trair  a confiança da minha filha, eu fiz uma promessa .

—Não ias?  Não  ias?  Olha que já o fizeste e da pior forma. – Eu estou cansado Angie, estou farto ,exausto , esgotado  estou acabado.

—Tu achas que eu não  estou cansada?  Meio ano contigo, achei que tu quisesses ter a Kyana contigo,  que irias finalmente mudas e desistir desta patética ilusão de descobrir felicidade em outras realidades inexistentes, eu enganei-me -

— Tu não  Fales da minha filha  — Não estou a referir-me dela , estou a falar de ti, tu sabes que os teus pais não têm tempo,  achas que a tua irmã vai querer adaptá-la?  Achas que o teu irmão, que claramente é melhor pai que tu vai querer adotar a tua filha? A tua filha que devia por tudo que é  mais sagrado estar contigo,  o pai dela.

— Ninguém  e ninguém  vai tirar a minha filha de mim  – Desaparece-me daqui, agora,  Desaparece-me da vista,  não  podias ter feito isso em New York?  Ou Canadá ou onde que o raio  te parta,  tinha que ser aqui? – Questionei

—Eu aluguei essa casa, eu estou a pagar por essa casa,  pela comida,  impostos  , tudo,  eu sou o dono,  eu decido .

— Pronto!  Então saiu eu e a Kyana  —Kyana é  minha filha. - Sim e dai?  Ela está  sobre minha,  minha responsabilidade ela vêm  comigo,  tu sabes,  sabes que vais perdê-la diante do tribunal não  sabes? Por isso já  não te importas,  sem sombras de duvidas que...

— Daddy! – chamou de pé no fundo atrás  de mim soou a voz - Kyana vai lá  para dentro vai lá amor

— Não,  daddy – Tem à voz quebradiça num sofro virá  cinzas,  Elijah Põe-se de pé  para ver a sua filha e tenta disfarçar a má aparência,  Kyana aproxima-se de nós diante a portas distintas  a separar uns e mais alguns.

— Hey Panda - Agarrada ao urso puxou os fios de cabelo espalhados e prende-os atrás da orelha – Tu prometeste,  ali na praia, tu prometeste daddy!

_  Olha Ky,  eu,  eu... Desculpa, eu prometo que não é verdade, nós vamos ficar juntos para sempre okay? O monstro mal não  vai levar-me e separar-nos .

O monstro que a Kyana teme antes de dormir , o monstro é a verdade que o Elijah contou para ela, ele contou-lhe sobre o tribunal e os seus vícios  eles são  os monstros.

—Kyana volta para Olívia, vai lá  para dentro

—Não,  eu quero ficar contigo Angie, contigo. –Deixou cair o urso e abraçou as minhas pernas.


— Viras-te  a minha filha contra mim,  conseguiste– Aplaudiu

—Digo o mesmo Elijah,  vemo-nos ao nascer do sol!

Fechei a porta de madeira e peguei a Kyana ao colo juntamente com o urso e paramos no quarto onde tento fazê-la adormecer,  foi errado,  foi errado ele ter contado a Kyana sobre os monstros que são  de responsabilidade e de origem dele,  agora ela sabe que poderá voltar a viver com os avós que o pai tem problemas,  mesmo que ela não compreenda quais ela sabe.

—Angie,   monstro vai levar-me amanhã? Eu quero ficar- Perguntou

—Sabias que os monstros não existem uma vez que não  mostramos medo?  Os monstros são criados pelas lágrimas e medo, sem elas não os monstros não existem.

—O Daddy tem medo? Ele diz que tem muitos monstros atrás dele

— Sim,  o daddy tem monstros porque ele tem medo, os monstros dele e não podemos mostrar medo ou chorar, nunca. - Nunca?

—As vezes não faz mal,  todo mundo chora e tem  medo mas uma coisa é certa, não  existem monstros que irão  separar-te de nós,  nem de mim,  ou da Olívia  ou...

—Do daddy!  — Exato agora dorme e não temas,  eu amo-te Kyana - Dei-lhe uma beijo na testa e fiquei do lado até que adormecesse. O sol nasceu como sempre

Ao nascer do sol, aquele que esperei que brilhasse para o interior do meu quarto para iluminar e contagiar a nuvem escura que paira aqui.

Acordei e levantei-me da cama, a minha cabeça martela o som de cada palavra que ele disse, cada uma delas passam como se fossem fantasmas a atormentar e assombrar a minha memória, sei que não agi mal e disso não me arrependo mas porque que ele faz isso? Porquê que o fez? Porquê que vai continuar a fazê-lo, sei que não é fácil e não esperava que fosse tão difícil,  ele tem motivos para viver, perfeitos motivos, que seja a música ou a fama, o dinheiro ou a Kyana, a muitos a muitos que vagueiam  por esse mundo sei nenhuma motivo, mas ele prefere olhar para o pior lado da história.

Estando aqui, Hawaii, eu consigo sentir a presença de quem nunca cheguei a conhecer pessoalmente além da alma que representa em cada livro, se pudesse o Elijah sentir a presença dela, sentir-se aconchegado por ela , prefere acumular e formar montanhas inseguras e esperar conseguir subir no topo, no pico de cada uma sem ter um arranhão.

Encontro -me mais uma vez a lidar com a nostalgia e letargia , sair desta melancólica que podemos chamar de vida ou processo,  eu preciso de uma Abstinência de tanto drama,  Kyana finalmente adormeceu , a casa e os arredores estão silenciosos .

Eu sei que ele está lá fora, consigo sentir o cheiro forte a álcool, ácido, veneno, o cheiro abafa e vagueia pela casa apesar de não ter permitido a entrada dele, não há nada que a porta de rede não o tenha impedido de ver tal como as lágrimas da sua filha , seu sempre soube que não seria boa ideia deixar o Elijah conversar abertamente com a Kyana sobre os problemas que ele tem, deu -lhe noção dos problemas ao seu redor , mesmo sendo tão pequena é visível que sente e sabe do que se passa, e tive eu esperança de que ele mudaria.


Chego a cozinha e vejo pela janela Olívia focada em seus treinos, dia e noite, noite e dia, esforçando-se para concretizar os  seus sonhos e os meus, aqueles que levaram-me a afastara-la do Matthew Blue e seus momentos depressivos, não vi em lado nenhum certamente está do outro lado da porta principal,  a mesma que bateu ontem , andei até ela e notei a sombra do seu corpo, a única coisa que sobrou dele, a sombra.

Cabeça  baixa, cotovelos em contato com os joelhos dobrados na vertical , costas curvadas para frente , cabelo esvoaçante, este é  o tesouro da música,  ou foi. Apesar de tudo, graças a Deus que não teve uma overdose, nesta ilha não saberia como procura-lo, como rastrear cada passo ou pior, identificara-lo.

— Tu vais arrepender-te –  Citou palavras em tom extremamente baixo

— Oque que fizeste Elijah?– confrontei-o inclinado para a armação d porta

—Tu vais arrepender-te. – Repetiu–  Arrepender-me de que?

—Do que estás a fazer, estás a separar um pai e uma filha. Não tens nenhum direito de estar na minha vida ou na vida da Kyana, ou falar da Maya como se... como se a tivesses conhecido , não tens o direito de achar que és melhor que eu, meus parabéns por estar no exército  e daí?  Onde é que diz que isso faz de ti melhor ser que Eu? Podia dizer "Obrigada pelo seu serviço " mas tu ainda não serviste a esse país,  nem a este, nem de onde vens, nada, então não me faz diferença o que  és. Se o tribunal decidir diante das tuas palavras, sobre elas, e por causa delas, separar-me a mim e a Kyana tu vais arrepender-te  e eu garanto-te que vou caçar-te até ao final dos dias.

—Eu nunca tive medo de homem nenhum Elijah, nem daqueles que apontaram armas contra mim quando eu era pequena,  nem dos homens que puseram  fogo na a minha casa, muito menos das pessoas que batiam.
Porta da nossa casa a cobrar s grandes dúvidas da Moon, eu nunca tive medo deles e tu achas que eu vou ter medo de ti? Tu és nada sem a Kyana, e tu sabes . Eu cresci sabendo que a Moon era uma  drogada, pior que tu e.... - Interrompeu-me

— Eu não quero saber da tua história de vida -  Reclamou -  A dois dias atrás - Comecei a responder ao comentário até que gritou as suas palavras para cima das minhas.

-—A dois dias atrás não é hoje –Gesticulou explosivamente

—Tens toda a razão,  a dois dias atrás tu estavas feliz, a dois dias atrás tu estavas consciente , a dois dias atrás  estavas  sóbrio,  olha para ti hoje, a tua própria filha não te quer ver, plantaste dentro dela o medo de perder-te, contas histórias de monstros e ... Tudo porque não consegues fazer nada sozinho, precisas de ajuda, precisas de uma muleta para tudo que fazes, as drogas para lidar com o passado, ansiedade e medo, a Kyana para lidar com o teu ego. – Levei os braços  para o céu descarregando a verdade.

— Viraste a minha filha contra mim! – Repostou como auto- defesa.

— Nem era preciso,  eu tenho tantas coisas importantes pra fazer, mais importantes do que manipular uma criança, tenho a minha irmã para cuidar tenho o... - A gargalhada sarcástica em tom crescente interrompeu a minha linha de pensamento.

— sério? Irmã? Ao que me parece tens cuidado da minha filha melhor do que a tua irmã, dedicas a tua vida e tempo a cuidar de uma criança que não te pertence,  para suprir a necessidade e o vazio materno dentro de mim usando a minha filha como cura. Diz-me Angela, diz-me se não é verdade? - Mantive me em silêncio analisando a linguagem corporal de defesa do Elijah.

_ Vais bater-me hum? Eu consigo ver , sentir e cheirar o aroma da raiva dentro de ti e ele queima, queima como ácido, corrói e destrói, eu consigo saber até que ponto, quão fundo eu preciso de ir pra despertar o pior de ti, não te esqueças que eu dei o meu ombro para chorar.

—E daí? Queres um Befta por isso?- Sorri sedutoramente.

—Já sei !  queres usar a minha história de vida contra mim, tudo que eu contei , tudo que sabes ou pensas saber. –Soltei uma gargalhada

–Faz isso ! grita que o meu nome é  Moonlight, queres gritar e contar sobre o Aiden? Grita , atira as tuas pedras para o meu castelo de vidro... Espera aí, vamos reorganizar isto aqui, as tuas pedras e o teu castelo de vidro e  sabes quem sou eu Elijah, sabes?  Eu sou a relva a volta,  achas que eu vou sofrer? Não me importa , tu és  nada Elijah,  Uns globos de Ouro não fazem de ti um homem , Uns quantos Emmys não fazem de ti um homem de honra, quando tens uma filha que não consegues cuidar, quando tens uma filha que precisa de amor e carinho, coisa que só consegues dar quando estás sóbrio e feliz não é?

Enfrentei os olhos castanhos escuros vibrantes e carregados de cansaço resultado da energia que foi sugada.

—Eu vou perder a minha paciência  Angie! — Não sussurro—Vamos, liberta o monstro , liberta a fera ! perde a paciência e faz o que bem... – Subitamente no meio da nossa discussão surge um grito forte e estridente.

—Lívia!  Pensei e disse por isso  corri para o quintal , para a piscina onde encontro a Olívia ajoelhada  no chão  com o telefone a mão com expressão  extrema de choque e terror.

O terror tomou conta de mim em segundos, senti que como se algo tivesse sido arrancado de dentro de mim, algo essencial como o meu coração.

O mesmo parou de bater dentro de mim, senti um frio que percorreu pela minha espinha espalhando-se pelo meu corpo. Segurei o telefone levando- o até a minha orelha tentando com todas as forças não deixar cair.

— Alô? Alô – Disse a voz de uma mulher a partir do outro lado da rede, a minha garganta seca esforçou para responder enquanto o meu cérebro regride para a versão sistemática militar  que sou,  bloqueando emoções .

—Fala com Angela Blue, quais são as notícias?

—Miss Blue, o assunto é bastante delicado para ser tratado por telefone, preciso que venham o mais rápido  possível , infelizmente não temos tempo

—Diga-me o que se passa - Pedi, Preparada para o choque

— Por delicadeza este tipo de assunto não pode ser tratado Por tele – Estava ela a arrolar a história e a esconder os factos por isso intervir – Diga-me agora!

—O seu pai, o estado clínico em que Matthew Blue encontra-se é bastante crítico e  Mr. Blue quer que estejam presentes nos seus últimos momentos. – Desliguei a ligação e o telefone.

— Arruma as tuas coisas , partimos em duas horas, hoje. – Informei-a partida e em seguida saí do quintal entrei para a casa subi degrau por degrau até chegar ao top, com a voz persistente do Elijah aos berros.

chego ao quarto pego a mala, retiro as roupas do armário  e gavetas entulhando todas as peças  na mala, quer caibam ou não, sai do meu quarto e fui até ao  quarto da Olívia para despachar, peguei no telefone liguei para uma agência de viagens para comprar os bilhetes  da viagem para hoje,  peguei na mala da Olívia e comecei a arrumar todas as peças de roupa, sapatos e equipamentos, o quê fosse. 

— Angie? Angie acalma-te,  Angela?! –  Gritou especado na porta, continuei a arrumar tudo e uma vez que descubro que não há voos  para Canadá dentro de horas, ligo para  outras duas centrais e a resposta é  a mesma. Parei por um segundo respirei fundo com os olhos fechados e com a mala na minhas mãos e expirei , pesquiso por outras linhas de viagem na Google e após encontrar uma , entro em contacto.

Desço as escadas com as malas, o meu pé tropeça quando eu falho um degrau por outro de diferentes níveis.

—Angie ouve-me!  Para, deixa-me ajudar-te, Angela? –  Como uma parede impôs-se entre mim e o caminho para a porta , empurrei-o  para longe e continuei a trajeto por mais que Elijah chama-se por mim nenhuma parte de mim responderia a ele.

Finalmente encontro um voo para o dia de hoje, vou a busca da Olívia que deve estar petrificada nos seus piores pesadelos e pensamentos,  sentada no sofá  embrulhada numa manta com o olhar fixo para o vazio aproximo-me  e sinto a mão do Elijah envolvida na minha cintura,  puxou para perto dele,  senti a frieza do corpo dele comprando com o fogo que corre entre as minha veias

— Deixa-me ajudar-te – Anunciar atirando para os meus olhos o amargo do seu hálito.  Não  reagi, mantive-me  estética - Angela Acorda,  eu estou aqui, eu vou contigo.

Comentou sacudindo os meus ombros,  mostrei repúdio usando o silêncio como resposta,  largou-me finalmente e recorri para Olívia, ajoelhei-me a frente dela desviando o olhar vazio para os meus olhos

—Preciso que sejas forte como nunca Live, temos que ir agora, ou será  tarde. Lembra-te que nada ou ninguém podia ter previsto isto, a missão dele é  cuidar de nós e agora temos que retribuir, vamos. – Ajudei-a a levantar-se e à andar até a saída, entramos para o Táxi  e estamos a caminho do aeroporto, as paisagens e maravilhas do caminho não me diziam nada. A voz da mulher tornou-se a canção principal deste filme de drama.

—Estamos a ser seguidos- Disse o Taxista, não  me movi para ver o carro que segue atrás de nós finalmente  claramente é o Elijah, só espero que não se tenha esquecido da Kyana.

A Kyana é o meu dever,  é  meu dever proteger e velar por ela.  Inclino a cabeça para a parte elevada das cadeira e começo  a contar cada erro e momento.

Ao chegar ao aeroporto esperamos por três horas até ao embarque.

— Durante a viagem senti uma onda de ansiedade,  como um surfista que é  atacado de surpresa por uma onda e a seguir um tubarão e o seu único desejo é  chegar à costa

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