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ANGELA POV

Meio mês desde que Elijah cometeu a maior vergonha da sua carreira, não sofreu com as consequência da forma como pensei que sofreria, Teve Logan ao seu lado por dias. Teve Sessões privadas que supostamente o ajudariam a superar as drogas, falharam uma por uma, o ambiente da casa parece e sente-se que está pesado.


— Olha Daddy!– Disse a voz aguda da Kyana , segurou o seu dedo e guiou-o até a sala. — Fiz um desenho para ti!  - Ela disse com as convinhas marcadas.

Ele parece desligado, comprime a mão direita várias vezes e coça o  mesmo braço, tem papos escuros nos olhos, pele ressequida e pálida, parece um vampiro,  a perca de peso significante no último mês deixa-nos com uma aparecia doente. 

Parou  de frente a parede com os rabiscos feitos com lápis de cores e de carvão na parede. Visível para todos.

— Que merda é essa? Na minha parede? Na minha linda e branca parede? Com tantas paredes para fazeres merda escolhes essa? Que porra, Lilian! Lilian Lillian, onde estão os ordinários nessa casa, Lillian. Limpa essa Porra de desenhos. Agora! – Reagiu com palavras bruscas e rudes em tom ofensivo e alto não sona presença da Kyana como para ela, gritou para  ela.

— Tu não fales assim perto dela, Elijah, Elijah! Não te atrevas a falar assim com a Kyana. Estás louco? Larga-a. Larga-a! – Exigi

Eu consigo ver o rosto da Angela a mexer , incluindo a sua boca, mas não a ouço, olho para a parede de vidro e para o sol, que dia escuro e estranho, o sol está castanho e o céu negro. A minha respiração tornou-se escassa e arrastada. Olhei para o meu braço , as minhas veias salientes pedem e exigem dela, delas, exigem que volte para elas. Que estúpido de mim pensar que uma vez não me viciaria.

— Não chores Ky, Issh, está tudo bem, eu estou aqui, okay? Calma meu amor. — Retirou-se de perto de mim e protegê-la a volta dos seus braços,  Angela olha para mim com raiva nítida e dissolvida nos seus olhos.

— Winter... Perdo... Perdoo-a o Daddy– Arrependido disse, estiquei a mão tremula na  direção, dela fizemos contacto visual até que disse —Por favor, salvem-me. –  Foi a última coisa que pude dizer antes de sentir o meu corpo a desligar-se , como um telefone sem carga retirado da fonte de energia, morto e inútil.

— Oh meu Deus, Ajudem, senhor King, senhor king, Angela ajuda-me, não fique mais especada ele pode estar a morrer– Clamou por ajuda Lilian preocupada , os seguranças da casa chegaram para o interior para ajudar Lilian e poder levar Elijah para o Quarto

— Não. Talvez ele mereça– Não me mexi para ajuda-lo e sim para cuidar da Kyana depois do trauma que teve.

— o Daddy está bem Angie?– Perguntou a brincar com o coelho,  trouxe-o para perto do meu rosto,  na bochecha e o coelho deu-me um beijo.

— O Daddy vai ficar bem, eu estou aqui ai teu lado para sempre proteger-te e
— Cuidar do Daddy?– Sugeriu.

— O Daddy te um batalhão de pessoas a cuidar dele , mas sabes quem é vai cura-lo mais rápido– balançou cabeça a responder não.

— Tu. O teu abraço, sorriso , força , inteligência e confiança vão cuidar do Daddy e ele pouco a pouco estar bem.

— Eu confio em ti– A última letra do livro da Maya foi dita para a sua filha através de mim e quando os olhinhos pequenos fecharam-se de sono, fiquei no canto a pensar


Quatro horas depois nada ou ninguém me faria mudar de ideias, Elijah voltou a consumir,  não ontem, nem essa semana, a tempos atrás. O jeito como gritou com a Kyana, tão agressivo e violento, ela dorme agarrada a um o coelho de pelúcia, tão pacificamente, espero que as última horas, as memórias das últimas horas sejam eliminadas da sua mente, nenhuma criança merece viver com memórias como estas, e disso eu sei bem.

Atendi o telefone que vibra por cima da mesa, vejo o número do meu pai e atendo a ligação desprotegida para o que ouviria.

— Câncer no estado IV.– Soou a voz desolada do meu pai — As sessões de tratamentos são caras e nós... Não temos mais fundos. Eu vendi a casa. Estamos a morar numa avenida, ao céu aberto,  estou aqui como um homem, humilhando me a pedir-te Angela, não deixa a tua mãe morrer. Não deixes o amor da minha vida morrer, eu sei que tens cuidado da Olívia  e não  podes pagar, mas...  eu vou devolver cada centavo, por favor não deixes a tua mãe...– Emocionou-se sem terminar as palavras.  Ao longo dos anos Matthew Blue sempre sonhou que a sua Bela Moon Voltaria, que a mãe das suas filhas voltaria para os seus braços curada e pronta para viver os anos perdidos  e eu sei que ele vai amá-la até ao final do universo, por mais que tento não alimentar o ódio que tenho dela dentro de mim,  às memórias fazem o seu trabalha e tornam o meu mais complicado.

Olho para o berço onde está a criatura mais perfeita , frágil e forte que já conheci depois da Olívia, eu jurei, não só jurei para o Tribunal como jurei para Melissa que estaria próximo da Kyana todos os santos dias e agora que Elijah voltou ao seus antigos  hábitos ela precisa de mim, mas e o meu pai? O homem que criou-me no meio de tanta coisa...

—  Pai, eu vou abrir uma conta e transferir todo o meu dinheiro para essa conta, ainda hoje eu ou nessa semana vou comprar uma casa para vocês e pagar todas as sessões de tratamento e reabilitação mas promete-me uma coisa, nunca , nunca mais  me põe nessa posição , de escolher entre o meu dever e a minha obrigação. A Kyana precisa de mim e o quê a Moon precisa é...Eu nem sei o quê é que ela precisa.

—A filha de outra pessoa é  mais importante que a vida da tua mãe?  – Fez a pergunta que sinto que segurava por anos desde que conheceu a Kyana.

—  Queres a minha resposta?  Sim é,  a mãe  da Kyana não  escolheu morrer e deixa-la com um pai irresponsável,  sim a Kyana é  mais importante que a Moon,  a Kyana ama-me e eu amo a ela,  o que quê a Moon fez?   O que é  quê ela fez por mim,  pela Olívia  ou,  porque  é  que ela fez o que fez com o Aiden? Ela sabe do que fez?  Ela lembra-se do que fez? – Exaltei-me e comecei a falar alto, olhei que dorme pacificamente com cuidado sai do quarto.

—  Angela Moonlight  Kory Blue,  Não  te atrevas a falar do Aiden,  as drogas foram as culpadas, elas sim destruíram a tua  mãe,  transformaram-na nesse ser,  ela continua sendo a minha mulher e tua mãe,  não  te atrevas a faltar-lhe o respeito, não  te atrevas! – Essa é a resposta que repete vezes e vezes sem conta.

— Sabes pai, tu nunca perguntaste-me se alguma vez senti a falta do Aiden, ou se estava conformada, ou com medo de mentir a polícia...– Desisti de cavar fundo — Não  importa. - Suspirei a voltar a enterrar as memórias

— Esse tal de Elijah, vai pelo mesmo caminho que a Moon, tu não o conseguirás salvar , Angie.– Disse com experiência.
— Não me digas conseguirei salvar e quem não conseguirei.  A decisão é minha e de mais ninguém e se gostasses tanto da Kyana como dizes, apoiarias a minha decisão de cá estar por ela– Reclamei pelo seu comportamento egoísta.
— Eu gosto sim muito daquele menina, mas todos nós sabemos em que pé e tipo de caminho o Elijah vivi,  tens que ser realista Angie.  Ele está em todas as notícias. – O tom de voz que usou descreve aquele que usava para dar conselhos e sermões.

— Pai, se a Moon fosse famosa ela estaria na mesa situação que o Elijah,  ela estaria pior pois ela é uma assassina.  Tu és a última  pessoa que pode dar-me sermões sobre este assunto,  tu mal vez o inferno em que viveste por causa dela, não vês a dor que causaste em mim por causa dela. – Entristece-me exponencialmente,  caí  para o poço gélido da tristeza.

— Mas a Moon está  nesse caminho à  anos , do Elijah cuido eu, se tanto a amas cuida tu dela, eu vou cuidar da Kyana até ao final. — Desliguei o telefone e sentei-me respirando fundo, mantendo a calma, tomei a decisão de ir para quarto do Elijah. Ao chegar vejo que o quarto está movimento e Elijah parece estar em forma ou encamado com os olhos atentos e rastreadores.

— Saíam. Todos. Já! , eu não vou falar duas vezes. – Saíram do quarto,  a deixar-me a sós com o Elijah, com os olhos carregados e pupilas dilatadas , veias salientes e pequenos furos de seringas visíveis, lábios rachados e pálidos , virou-se para outro lado.

— Tu vais ouvir-me e não vais gostar nem um pouco, tu quase, quase por pouco magoaste a tua filha, tu magoaste a tua filha , magoaste-a verbalmente e emocionalmente, tu gritaste, disseste ofensas, tu viraste um monstro para a tua própria filha. Eu tinha tanto para dizer-te, tanto... Agora a Melissa tem razão tu não és digno de ser pai da Kyana. – Consciente de que ele não  consegue  responder as palavras que disse e mesmo assim tenta fazê-lo, Deixei o quarto  dele furiosa com ele e comigo, porquê eu estou disposta a estar aqui 24/24 pela Kyana, estou disposta a dar-lhe uma chance mas não me vou meter com os demônios de ninguém.

Cansada com bolsa na mão, uma mochila as costas e mais peso nos braços, abri a porta da penthouse com a chave e a voz da Olívia encadeada em uma conversa foi o primeiro som que ouvi.

— Estamos  sem gás  e a conta da energia  chega até  ao teto. –Olhou e reagiu ao reconhecer a menina que abraça as suas pernas—  Kyana? Ela vai dormir aqui? – Abraçou-a

— Sim Oliva. – Depois do Jantaras duas ficaram na sala a acompanhar desenhos animados , com a louça lavada

A Kyana adormeceu rapidamente e a Olívia  Levou-a para o quarto e voltou para que eu lhe contasse como. Foi o dia de hoje.

—  Então como foi o dia? Porque quê a Kyana veio passar cá a noite?
Debato-me entre contar-lhe a verdade sobre o telefonema  do pai ou simplesmente em contar-lhe que sim ela tem uma mãe, Viva.

—Sky....- As palavras desaparecem,  o alfabeto é  pré existente.

— Eu já  sei. Eu liguei para o pai e ouvi a voz dela,  porquê que tu nunca me disseste que ela estava viva?  Porquê que ela não  cuidou de mim?  Porquê que o pai...

Esta na hora de contar -lhe a verdade,  de contar-lhe quem é  a Claire Moon Kory , o grande amor da vida de Matthew Blue,  a minha mãe  e mãe dela.

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