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Saímos a correr pelo rancho a procura da Moon que já havia regressado do passeio sem a Kyana segundo aos trabalhadores, não havia sinal dela nem por sombras. Confesso que a cada segundo perdia a força de movimentar um músculo meu, o meu corpo está petrificado de medo, medo de terror, se a imagem for real não me restariam motivos para continuar a vida. Que irresponsabilidade minha, deixar a minha vida com qualquer um, literalmente confiar a vida da minha "Vida" a alguém que mal conheço... Até quando vou errar como pai.

—Temos que ligar para polícia –  Eu disse marcando os números.

— Não  podes, Eles vão tirar a Kyana de ti , se ligares esquece, pode ser só uma montagem, uma simples montagem e ela deve estar a brincar por aqui, acredita eu sei como é –  sugeriu com as mãos nos quadris

— Da forma como ele falou, chamou-me de traidor, eu sem amor a... Antes e depois? Recordo-me que ele tinha um cheiro peculiar, cheirava a cedros, pinheiros... vou ligar para a polícia.

Digitei o número e liguei, depois de ter feito a denúncia fomos levados e interrogados separadamente na mesma esquadra a onde estive a quase três anos atrás, no pior dia da minha vida, fui acusado de bluff e de agendar o rapto da minha própria filha durante o interrogatório, não fui preso mas continuava como suspeito.

— Elijah, onde está a Kyana, para onde levaste-a?–  Angela surgiu do nada.— Eu juro que não fui eu, eu tenho que encontrar a minha filha, eu tenho que encontrá-la! —  Respondi, Angela chegou com o semblante carregado e cheia de desespero.

Duas horas de buscas intensas não foi encontrado, uma equipa analisou a imagem e concluiu como verdadeira. A imagem mostra Kyana num local escuro como uma cave ou masmorra, o seu rosto tem marcas de lágrimas secas, está infeliz e com medo. Passamos horas e horas a ver todas as câmaras de transito do estado em busca de pistas. Uma única por mais pequena que fosse, uma pista.

— Sr. Elijah, lembra-se de como era o condutor que levou-o para a casa do Sr. Blue? Pode descreve-lo e ao carro? – O detetive persistiu.

—Homem, olhos azuis, cabelo escuro, tinha o nariz torto, visivelmente inclinado para à esquerda, sem tatuagens visíveis , cheirava a cedro e pinheiro, talvez tivesse quarenta e poucos anos, no mínimo trinta e poucos, lembro-me de me ter chamado traidor, chegou a referir-se da Maya, é muito patriótico e... Como é que isso vai ajudar? – Exaltei-me novamente, levantei-me da cadeira com as mãos na cabeça.

—  nome do seu motorista é Ismael Soczio Kippler Reconhece o nome? – Questionou - Não - respondi de imediato

— Temos grande pistas e suspeitas de que Ismael é cúmplice da mulher que... Raptou a sua falecida mulher, Maya Thea, a mulher que recorreu a uma cirurgia para fazer o trabalho de parto para obter a sua filha Kyana, recorda-se? Ms. Kippler sofria de pseudociese Gravidez Psicológica e mais tarde descobrimos que tinha alucinações e uma fixação de que o senhor era o marido dela e que no contexto a Maya estava a gerar o vosso filho já que ela não podia e descobrimos também que... Parei de ouvir, desconectei-me do dia de hoje , focado no nome, Kippler, já o minha ouvido a anos atrás.

Lembro-me de quando chegamos ao local , havia luzes de carros de polícias por todo lugar, cães a farejar e a ladrar, estava escuro, eu com medo do que podia encontrar. Andei para o centro onde todo mundo estava e ao chegar com o coração nas mãos vi aquela mulher, de cabelos loiros e olhos verdes claros sentada a beira da estrada, com as mãos cheias de sangue, o rosto de felicidade e medo, as mãos dela tremiam, não tanto como as minhas.

_Devolvam a minha filha, a minha filha, Emily, eu quero a minha filha. Eu quero a minha filha! Eu sou uma cidadã Americana, eu conheço os meus direitos! , Bae, amor , salva a nossa filha, salva o nosso mundo, Elijah! Elijah eu amo-te – Ela gritava, aquela voz provavelmente nunca desapareceria da minha memória.

—Ela não é a Maya, Não é a Maya! Onde está a minha mulher? Onde, onde? –Tinha as minhas mãos a volta do pescoço da mulher, asfixiando-a sobre o asfalto quente, gostaria de ter feito mais, ter destruindo-a ali

— King, king para, para, Mr. King! Olhei enfurecido para os olhos do policial, ele não sabia da dor que tenho. – Pare! Miss Kippler tem o direito de... O som das palavras deles foram abafados pelo grito e o choro de um bebé e por segundos o mundo silencioso-se

—Ela está viva! Gritou uma voz. Lembro-me de sentir o contacto dos meus pés com o solo, lembro-me de sentir a brisa cortante atravessar me a medida que corro como se não houvesse amanhã, com os olhos vidrados no objetivo Corri em direção a ela , corri em direção ao carro da ambulância a procura do meu amor, eles de certeza que à tinham encontrado, a minha vida, a minha alma. Ao chegar passei entre o grupo de policias e bombeiros, no meio deles até chegar e poder ver.

— Ela está bem, é uma menina! – Disse um deles, deu-me três tapas nas costas e sorriu para mim com entusiasmo , Sorri de volta inocentemente e estupidamente aliviado. Uma paramédica passou de frente aos meus olhos com algo nos seus braços, algo embrulhado, fiquei extremamente confuso. Olhei a volta a procura da Maya, sem rastos dela preocupo-me ainda mais.

— Sua filha senhor King. – Disse outro paramédico
_NÃO! Não! A minha filha está no útero da minha vida, da minha mulher. Da Maya. Não, onde está a minha mulher? Onde?

Foi aquela mulher, Kippler, ela matou a Maya, ela raptou a Kyana antes e agora, antes e depois disse o motorista, estariam comigo "antes e depois, como sempre " - As cartas, as ameaças, os envelopes com ameaças a Kyana, é-os atentados contra ela, foram eles, foram eles não foi? Foram eles? - Segurei no colarinho do detetive e encurralei-o a parede

—Sr. King acalme-se, mantenha a calma, na altura não sabíamos que a Ms. Kippler tinha um cúmplice e mesmo se soubesses não teríamos provas, o rapto foi impecável - Ele respondeu aflito

— A vida da minha filha não vai pagar pelos erros de vocês, ela devia estar presa, presa a mil milhões de chaves, morta, ela não devia... A minha filha, sabe Deus o que esse homem fará com ela- Larguei-o e sentei-me no chão com as mãos no rosto. - E está, a Senhora Kippler está presa e em acompanhamento psicológico, porquê que não anunciou as autoridades sobre as ameaças? Cada uma deles é uma pista - Desculpou-se seguindo por questionar-me

—Nós vamos encontrá-la – Aconselhou a Angel.

—Não devia tê-la deixado com a Moon, jamais- Eu reclamei arrependido

—A Moon sabe? A Moon estava com ela? Só por cima do meu corpo morto- Angela festou-se de mim e apresentou-se ao grupo de policias e detetives - Força aérea, a mulher que estão a interrogar é uma lunática, ela sabe onde está a criança, eu sei, deixe-me falar com ela. - Angela implorou para o detetive e para os outros policiais que não permitiram.

Angela não conseguia obter uma autorização para ouvir ao interrogação da Moon ou o poder de ter acessibilidade para interroga-la, Sr. Blue manteve-se em silêncio, Olívia ajudou-me a manter a calma e a controlar os repentinos ataque de pânico.

— Elijah, tu tens que comer alguma coisa, toma eu fiz uma sopa. –  Olívia pousou a tigela com Sopa de abóbora a frente de mim, como se eu tivesse força para agir, para levantar se quer a colher, a cada minuto caí uma lágrima de arrependimento e dor, minutos e segundos tanta raiva e medo.

— Elijah, de nada ajuda que fiques nesse estado, ela precisa de ti, a Kyana precisa de nós - Angela sentou na cadeira do lado

– Passaram-se cento e quinze horas desde que a Kyana desapareceu, eu fui interrogado quinze vezes, oitenta minutos a cada vez, a notícia do desaparecimento dela está em todos os canais, eu fui dado como suspeito, as pessoas achas que eu agendei o sequestro da minha filha, eu! E tu queres que eu me acalme?– Berrei e por pouco disse um palavrão para aliviar a raiva.

— Que se Lixe o que as pessoas acham, Elijah, isso não é Hollywood, isto é a sério, não é o ensaio de "Die hard " a Kyana foi raptada, porquê que te preocupas com o que eles dizem? É a vida da Kyana, eu amo-a como se fosse... Tu és o pai dela e ficando nessa melancolia não vai ajudar à resolver o caso e encontrar a tua filha é a prioridade - Praguejou com confiança nas palavras.

-—Eu não quero passar por isso mais uma vez! Eu já perdi a Maya, perdi a minha música, não posso perder a minha filha, entende! minha filha, minha filha! Tu achas que eu quis estar na Hollywood? Ser fotografado vinte e quatro sobre e vinte quatro? Achas que eu desejei ter cada um dos meus deslizes como pai na capa principal de várias revistas nacionais? Ou mundiais? Achas que eu gosto de ser a manchete? O modelo do "Que pai não ser para os seus filhos"? NÃO! eu não gosto e foram as pessoas que escolheram o meu destino, foram elas que introduziram-me a Hollywood, ao mundo da fantasia , fama e falsos sorriso. Eu nunca quis cá estar. - Expliquei em tom de raiva emocionado

— Vocês podem ou conseguem parar de discutir? Ao menos uma vez, isso é grave e serio. A policia ligou, eles acharam um vídeo – Olívia interrompeu a conversa, melhor interrompeu os nossos gritos e proclamou a notícia para o meu coração a beira do vale de todas as mortes.

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