Um encontro a luz do luar

144 30 122
                                    

Capítulo 4

Kassandra Biller🔹

Resolvi caminha sair do meio deles ficar sozinha, queriam a todo o custo me contrariar dizer que minha ideia de paz era péssima, mas por que? Fizemos alianças com as bruxas, com os espiritos, e com os cílios... Por que lobisomens não, por que tanto preconceito, por que declarar guerra?

Caminhei e caminhei fundo na floresta, cheguei até um penhasco e olhei para uma lua bela e grande, com um céu escuro e cheio de estrela, lá em baixo eu podia ver um mar lindo e iluminado, olhando para a direita eu podia ver meu castelo e a cidade, a praia e todos acordados ou dormindo.

Logo a esquerda eu podia ver algumas pessoas com uma fogueira acesa, talvez lobos no meio da floresta.

Então houvi uma voz atrás de mim e eu sabia quem era, antes de falar.

Damiôn -Estava nós espiando ? Eu senti um sarcasmo na voz dele e me virei. Nossa ele estava lindo com uma calça azul escura parecia nova, uma camisa cinza e os cabelos molhados meio secos, talvez uma banho houvesse tomado.

- Não eu só vim tomar um pouco de ar fresco, as coisas não estão muito boas, estou sobre preção. - Digo isso me arrependendo de ter feito e mudo de assunto - E você? O que faz a essa ora tão tarde?

✝⚜

Dâmion Ryan

Ela estava linda com uma saia lápis preta até os joelhos, um par de salto alto preto e uma blusa preta de mangas comprida para combinar, e um belo decote, os cabelos voando ao vento e os lábios pintados de vermelho.

Fiquei impressionado de ela me contar sobre a preção que estava sofrendo.

-Também não está sendo fácil pra mim convencer um bando de lobos raivozos não, eles não querem enchergar o óbvio, a paz de todos.

- Sim, eles não compreendem, não entendem, não querem tentar, eles logo querem fazer ao contrário de tudo, se achando superior e... E...

-Superficial a morte! - Falamos nos dois juntos, nós olhamos por um minuto logo rimos juntos.

-Você me entende. - Lhe digo.

- Sim um pouco.- Ela diz - Nós dois queremos paz, mas sinceramente eu estou começando a duvidar disso, pela primeira vez. - Ela se abre para mim, sinto-me mal por isso, não sei mas não gostei de ver ela chateada e sem esperança.

E ela virou de costa para olhar a lua triste, minha primeira reação foi segura-lhe a mão e vira-la para mim, ela me olhou surpresa pela minha reação, e havia algo mais em seus olhos um brilho que no momento não reconheci, mas percebi.

- Não perca a esperança, nós dois mudaremos a história, e o mundo, juntos! Não desista, não ainda... - Eu vejo, não era medo, nem compreenção nos seus olhos havia paixão, pura e quente paixão...
Não percebi o que fiz logo a seguir, só sei que beijeia... Isso mesmo, beijeia com um desejo que não sabia que estava em mim.

Coloquei uma mão em sua cintura, e a outra nos seus cabelos a puxei para perto de mim e ficamos assim por alguns minutos.

Quando nós separemos percebi que ela não correspondeu e logo percebi o que fiz.

-Ham desculpa eu...

Ela me agarrou e me beijou ferozmente, me agarrou pelo pescoço e me puxou, uma das suas mão entrou em minha camisa.

Eu retribui, agarrei-a e a puxei para mais perto, minha mãos subia e descia pela sua sintura, e a outra segurava seus cabelos.
Não sei quantos minutos ficamos assim mas foi ótimo, me sentia completo com ela aqui, como uma luz, ela sempre me atrairia para ela, seu cheiro era diferente, seus lábios não eram frios, eram quentes como eu nunca vi ou senti algo assim a muitos anos - a milhares de anos atrás -  ao nós separarmos ficamos olhando um para o outro, o que estava acontecendo comigo?

☣✝


Kassandra Biller🔹

Eu olhei em seus olhos, seu cheiro era confortante e ele me desejava, depois de ficarmos alguns segundos assim, olhamos para a lua não dissemos nada, ele pôs seu braço em meus ombros e eu deitei minha cabeça nele, eu agarrei sua cintura e sentamos no fim do penhasco para olharmos a lua, nossas pernas balançavam.

Eu não sei o que estava acontecendo comigo eu estava mais sensível, mais amorosa, mais tudo o que nunca tinha sentido antes, eu sentia a muralha em meu coração esquentar, parecia as muralhas de Jericó caindo aos poucos, mas ainda havia pedras de aço em mim, como uma armadura de aço, ainda precisaria de muito amor e compreenção para que tudo se quebrasse e eu abrir meu coração novamente, a séculos não sentia-me viva novamente.

E assim ficamos, olhando para a lua, algumas horas deve ter passado por que eu dormi - como séculos nunca fiz -  e ele me balançou eu nem sabia que algum dia sentiria sono novamente, fiquei desorientada, ele esperou com paciência parecia relutante em me soltar, seus braços ainda estavam apertados em mim.

Ele me ajudou a alevantar, me levou até a metade do caminho ainda me apertando e com a cabeça na minha, me soltou e virou-se e sumiu...

O frio me agarrou, e eu me sentia fria, perdida, sozinha, desesperada para sentir isso novamente entrei para dentro e fui para meu quarto, e me lembrei quem realmente era, e o que havia acontecido entre mim e ele lá no penhasco. Congelei e me culpei por isso.

"Droga não, isso nunca deveria ter acontecida" fiquei olhando a lua da varando e o vi olhando para mim lá em baixo na floresta, com sua forma de lobo, ele era negro e eu o reconheci pelos olhos vermelhos de alfa.

O olhei até ele desaparecer no escuro novamente tirando minha paz e me deixando com nossas lembranças dos beijos roubados e que nunca, jamais deveria ter acontecido.

Hereditária: Entre Lobisomens e VampirosOnde histórias criam vida. Descubra agora