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Faziam alguns dias desde que estavam ancorados em Angola e Harry começava a se sentir entediado de ter sempre a mesma vista diante de seus olhos. Ele até poderia dizer que estava começando a se encher da ideia de ficar para sempre no mesmo lugar, naquele ponto, a vida em alto mar parecia mais atrativa do que estar ancorado.
— Preparem-se, nós vamos partir hoje a noite. — Liam disse após o almoço e Styles estranhou aquilo. Como ele poderia saber que partiriam naquele mesmo dia quando Louis não havia dito nada sobre isso.
— Como sabe que Louis quer isso? — O ômega disse enquanto se aproximava lentamente, sempre mantendo uma distância para que não fosse descoberto, já que a cada dia que se passava ele estava mais perto de seu cheiro real.
— Capitão Tomlinson nunca passa mais de três dias no mesmo lugar. — O beta disse e Styles assentiu, naquela noite se completariam três dias que estavam ali. — E sugiro que pare de chamá-lo assim, isso se quiser viver, é claro.
Payne não foi o primeiro a falar aquilo para Harry, mas o ômega insistia em não dar ouvidos aos avisos. Ele não chamaria Louis de Capitão e isso não estava em pauta. Aquela era sua decisão, mesmo que morresse por ela.
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Assim como Liam declarou, ao que o sol se pôs, toda a tripulação estava de volta à embarcação e prontos para sua partida. Harry notou um sentimento diferente no ar, aqueles homens estavam menos animalescos, quase calmos e alguns deles até arriscavam lançar sorrisos nada discretos com suas dentições de ouro, o ômega supôs que aquilo se dava por terem recebido correspondências de sua família.
Entretanto, se destoando de todos os outros havia Capitão Tomlinson, que caminhou calado até sua cabine enquanto carregava uma carta em seus mãos e os olhos de Harry brilharam ao ver o papel, que com certeza deveria ser uma correspondência de sua mãe ou irmã. Styles queria mais do que tudo naquele mundo saber o que estava escrito ali, mas sabia que era suicídio tentar pegá-la naquele exato momento, então resolveu esperar.
Naquela noite, diferente de todas as outras, Capitão Tomlinson permitiu que seus marujos passassem permanecessem acordados, bebendo e cantarolando uma música velha sobre piratas e baús de tesouro. Louis se esforçou para se deixar levar por aquele espírito de amizade que se instalava na embarcação, mas era difícil, sempre era difícil.
Harry foi o único que não quis se juntar à festa e permaneceu sentado em um dos cantos do deck, se certificando que ninguém poderia vê-lo, já que não havia nenhuma vela perto de si para que fosse identificado. O ômega ali ficou por algum tempo, apenas observando a comemoração de todos aqueles homens e principalmente Louis.
O Capitão estava sentado em uma velha poltrona, que provavelmente foi roubada de algum nobre, pois mais se parecia com um trono caindo aos pedaços, como tudo ali. Harry percebeu como Louis estava um tanto alheio à toda aquela situação, agarrado com uma garrafa de rum pela metade, o alfa encarava o mar calmo e suspirava por vezes, tomado por uma angústia que apenas os olhos esmeralda de Styles conseguiam enxergar. O ômega se pegou hipnotizado por aquela imagem na sua frente, Louis com seus cabelos perfeitamente desgrenhados, o rosto bronzeado pelo sol e a camisa branca um tanto suada grudando eu seu peitoral, mostrando de relance suas tatuagens. O Capitão estava sentado com as pernas abertas, desleixado e distraído, por vezes levando a garrafa de vidro até sua boca e a umedecendo com o líquido alcoólico, fazendo seus lábios parecerem suculentos ao que a luz do fogo refletia sobre seu rosto.
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Sailing Heart - l.s abo
Novela JuvenilTomlinson era o Capitão de um navio e amava ser o perfeito estereótipo de um pirata. Para o alfa, nada no mundo se igualava a sensação indescritível de cortar a jugular de um verme mau pagador. O poder corria nas suas veias, mas não apenas isso, a g...