expresso e surpresas premeditadas

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Haviam se passado dois dias desde que o Malfoy visitou o beco diagonal, ele até mesmo sentia falta da movimentação do local, as várias pessoas que passavam rapidamente de um lado para o outro, para o menor - que raramente saia de casa - era algo realmente novo, e ele claramente não perderia a chance se tivesse mais uma oportunidade de voltar ao lugar.

Scorpius estava concentrado em fechar o malão, que além de levar uma variedade considerável de roupas e produtos de higiene pessoal, ainda tinha que suportar o peso espaço de livros extracurriculares que ele carregava. Preferia deixar uma calça a deixar um livro na mansão.

O gato que seu pai lhe dera de presente no dia anterior estava confortavelmente esparramado bem no meio de sua cama entre os lençóis verde escuro. O pelo do animal era de uma mistura de tons incomuns, algo entre azul celeste e verde marinho. Scorpius sorria vez ou outra olhando o gato, pois ele o analisava de forma tão humana que as vezes pensava que o felino falaria e como precisava de um nome, chamou o gato de Newt.

O nome dado ao pequeno gatinho - ainda recém nascido - era uma clara homenagem ao famoso Magizoologista britânico Newt Scamander, autor de um de seus livros favoritos nos dias de hoje, Animais Fantásticos e onde habitam.

– Scorp, está pronto? Já são dez horas, nós não podemos nos atrasar! – ele podia ouvir a voz de seu pai, essa que vinha de trás da porta, e com calma, o maior abriu a porta, com a mão na maçaneta – Está perto, filho?

O menor olhou para o seu pai, um sorriso amarelo se fez no rosto dele quando vários livros ainda estavam fora da segunda mochila que ele iria levar e seus planos de emergência já estavam cogitando deixar algumas de suas roupas para que algum espaço extra surgisse.

– Você talvez esteja superestimando a biblioteca de Hogwarts, Scorpius. Mas dessa vez eu ou lhe dar uma ajuda e seria de bom tom se ninguém na escola soubesse sobre isso. – Draco falou entre um sorriso, sentando na beirada da cama e segurando a bolsa do filho.

Draco apenas segurou sua varinha em mãos e sussurrou um feitiço, que não parecia ter alterado a peça escolar em nada, claro que o menor nem mesmo imaginava que o Malfoy tinha lançado sobre a mochila um feitiço indetectável de extensão, fazendo que naquela mochila coubesse quantos livros o menor precisasse.

Para demonstrar a Scorpius para que o feitiço havia servido, maior colocou o braço adentrando a mochila, esse que na proporção normal do tecido só iria encobrir até o cotovelo do Malfoy, mas para a grande surpresa do Malfoy menor, o braço de seu pai coube inteiramente, ele já havia lido sobre feitiços expansivos em algum lugar, por mais que não lembrasse com clareza.

– Obrigado, pai! – o menino sorriu contente ao saber que todos os seus livros iriam ficar perfeitamente seguros.

– Scorp, depois de lhe deixar na estação eu vou em uma viagem para América do Norte, mas não deixe de mandar cartas e me comunicar de tudo. Basta envia-las a Malfoy Manor e eu as receberei. –Draco explica, se aproximando dos livros que o filho ainda não havia terminado de guardar e o ajudando.

Scorpius concordou, claro que sua cabeça estava baixa enquanto ele levara os livros cuidadosamente até o fundo expandindo da mochila, timidamente. Mesmo sabendo que estaria em Hogwarts não gostava da ideia de ter seu pai longe, isso fazia com que seu pequeno coração apertasse de forma inacreditável.

– Você vai resolver o que na América, pai?

– Nada demais, mas posso garantir que trarei novos livros.

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