quadribol e ameaças na comunal

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Os corredores estavam cheios, alunos andavam de uma ponta a outra rindo alto e conversavam animados sobre o jogo entre Sonserina e Corvinal, que prometia um embate memorável na história da taça das casas. Algumas alunas corvinas foram responsáveis pela transfiguração de águias de papel que sobrevoavam as cabeças de todos que estavam a caminho do campo de Quadribol. Scorpius olhava toda aquela movimentação admirado, tinha um cachecol verde e cinza ao redor do pescoço pálido e vestia roupas casuais e em tons monocromáticos.

Estava um pouco mais afastado de toda a movimentação principal, esperando os amigos sentado sobre o batente de uma das grandes janelas de pedra dos corredores, seus pés não encostavam o chão e isso o dava liberdade de balançar suas pernas enquanto aguardava.

Fazia algum tempo desde o conflito no banheiro em que pôde perdoar o Potter por sua grosseria a afastamento, portanto, estavam próximos de novo e o loirinho esperava que dessa vez o Potter não o afastasse de novo.

Eles também haviam estreitado o laço com as aulas que o Malfoy ministrava na maior parte das noites para Alvo, que já tinha um desempenho considerável em poções, a matéria que estava em uma situação precária antes da iniciativa solidária do loiro.

Quando Scorpius voltou a olhar ao redor, havia uma mão erguida no ar balançando em movimentos repetitivos, Rose estava especialmente chamativa hoje.

Seus cabelos ruivos e ondulados estavam soltos, mostrando um comprimento que raramente via, o que contrastava perfeitamente com as sardas sutis da menina e seus olhos castanhos âmbar.

— Scorp, vem! Louis conseguiu lugares ótimos pra gente! — a menina gritava para que ele pudesse escutar, tentando passar por algumas pessoas ali, mas acabou parando e esperando que Scorpius se aproximasse.

Sorriu instantâneamente, ao lado de Rose, um Alvo animado e pintado em verde o esperava, era e engraçado de ver como o Potter mudava lentamente e aceitava a própria casa com o mínimo de orgulho. Os cabelos negros e bagunçados dele tinham respingos de tinta verde nas pontas e usava roupas em uma mistura entre cinza e verde, assim como si próprio.

Não tardou a pular do lugar onde estava e caminhar em direção aos primos que o esperavam não muito longe dali, colidiu com algumas pessoas que também caminhavam apressadamente pelo lugar, alguns pediam desculpas e abriam caminhos, outros sequer viam que haviam tropessado em um primeiranista inútil. 

Quando alcançou os dois, sorriu contente. Ambos pareciam animados para a partida, fãs natos de Quadribol, podia apostar. Com isso, iniciaram a caminhada juntos em direção ao campo, saindo dá área onde haviam mais pessoas concentradas.

— Quem te pintou assim, Alvo? — o Malfoy tentou não rir de toda a situação, mas era cômico que o Potter estivesse daquela forma, logo ele, que parecia odiar ser diretamente associado à casa das cobras.

— Alguns terceiranistas tinham a tinta e acabaram me pintando, eu espero que essa tinta não seja azarada. — riu de si mesmo, olhando o menor que vez ou outra ria da situação. — não ria de mim, Malfoy.

Em tese, Scorpius não estava rindo de Alvo. Estava sorrindo, rindo porque uma sensação muito boa o atingira naquele momento.

Observando Alvo, notou que verde era de fato a sua cor favorita. Não o verde da tinta que pintara o moreno ou o verde de suas vestes, estava admirado pelo verde dos olhos do Potter. Era o verde mais aconchegante que já havia encontrado.

Com sua distração, mal notou que já estavam próximos as arquibancadas e que o campo já era completamente visível. A torcida estava nitidamente dividida entre os lados direito e esquerdo do campo, ficou feliz em saber - e consequentemente, ver - que Louis guardava lugares mais afastados de toda a movimentação principal e que ofereciam uma ótima visão do jogo e obviamente não era um lugar estratégico de torcida, Louis sempre procurava lugares menos agitados.

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