dúvidas e a resposta

137 11 16
                                    

Na vida todos têm problemas como uma parte indispensável da experiência humana, até mesmo os bruxos, que driblavam a maior parte das ocalionalidades mundanas que surgiam com o mínimo toque de magia.

A família Potter, entrando, pareciam ter um talento único - e hereditário - de encontrar problemas com ainda mais facilidade que a maioria.

— Está me dizendo que James está detido pelo pai e corre o risco de perder o resto da temporada do campeonato? — Alvo repetia ponto após ponto em uma tentativa falha de talvez acordar de um sonho muito bizarro.

Lily estava bem a sua frente, tranquila demais para quem lhe dera uma informação de tão grande porte. Além disso os fios ruivos estavam presos precariamente em uma trança frouxa e as roupas desleixadas que a garota usava para dormir não passavam qualquer preocupação.

— Você com certeza esqueceu de me contar algumas coisas.

A varinha da garota estava presa na alça da regata, ela agarrou-a, ainda não fosse lhe permitida a execução de nenhum feitiço. Ainda que fosse por pouco tempo, a caçula dos permanecia menor de idade.

— Sim. Ele não vai ser preso nem nada assim, o outro jogador cometeu um crime moral e James partiu em defesa de... Scorpius. — então era isso, a postura calma de Lily finalmente ficou tensa a medida que assistia a escuridão das pupilas lentamente tomar o verde acastanhado dos olhos do irmão. — Mamãe disse que ele só está prestando testemunho para esclarecer as coisas para os jornais, você sabe... ele não deixa de ser uma figura pública.

Era simples assim ferver o sangue de Alvo, bastava a combinação certa de palavras e a bagunça estava feita, talvez fosse aquele o motivo de tanta enrolação da parte da irmã mais nova para lhe dar os detalhes do que teria colocado James Sirius Potter nas manchetes do Profeta Diário.

Alvo explodia como ninguém, mas daquela vez engoliu a própria fúria.

— Preciso sair.

Logo depois de virar em direção a saída da casa sentiu a mão carinhosa da caçula em seu ombro.

— Não vou fazer nada de cabeça quente, apenas decidi aceitar o convite para o almoço de um amigo. — explicou-a, ainda sem olhar muito nós olhos que lembravam muito os seus, ainda que mais escuros.

— Não acho que seja uma boa ideia conversar com Scorpius assim, Al. — ela insistiu um pouco mais, havia muita bondade e boas intenções no olhar de Lily, que havia passado o caminho a sua frente para olhá-lo.

Para não a preocupar ainda mais, Alvo levou ambas as mãos em direção aos ombros da irmã, haviam pequenas sardas na pele dela, sempre havia gostado de como combinavam com a ruiva.

— Não estou indo a mansão Malfoy. — garantiu, estava de fato usando a verdade, então as palavras saíam sem dificuldade. — Levi está de volta, faz alguns dias que estou adiando nosso encontro por conta do trabalho. Acho que é uma boa hora, ele sempre tem bons conselhos.

Lily pareceu convencida, o suficiente para deixar-lhe partir sem mais conversa. Logo descer os batentes de casa, aparatou, a sensação sempre lhe dava um estranho desconforto. Olhou aos arredores, já sentindo a brisa bagunçando os fios de seu cabelo ainda mais que o normal. Não muito longe de onde estava se via o chalé das conchas, mantinha sua boa aparência e calmaria, combinava com Louis, que permanecera ali apesar da ausência do restante da família, que passava uma temporada na França em prol de proporcionar a Fleur Weasley a oportunidade de passar algum tempo com sua família.

Foi rebido com, não um, mas dois jovens bruxos.

— Finalmente, Potter.

Levi Chase não mudara muito desde a última vez que o vira, o corte de cabelo baixo nos fios castanhos do búlgaro permanecia o mesmo e os olhos quase negros ainda lhe olhavam com uma morna simpatia. Louis, entretanto, estava diferente: o comprimento de seus cabelos quase alcançava os ombros e ele estava definitivamente mais maduro na aparências que antes era somente angelical.

B R O K E NOnde histórias criam vida. Descubra agora