Capítulo Três.

61 5 0
                                    

Olho para os lados e me levanto rápido e olho para o lado da cama e não vejo o Dante ao meu lado mas os lençóis amassados indicam que ele esteve alí. Paro de frente para os espelho e levanto o vestido para ver o ferimento e ele não estava mais ali e eu sorrio com isso. Vou para o banheiro e tomo um banho e aproveito para lavar o cabelo e hidrata-lo. Saio vestindo um roupão e começo a pentear meu cabelo sentada na penteadeira.

- Levantou cedo! - olho para a porta e Dante passa por ela vindo até mim e me rouba um celinho rápido - Bom dia!

-Bom dia! - arqueio as duas sobrancelhas surpresa - Eu não tenho o costume de levantar tarde.

- Gostei de saber disso,indica que não é preguiçosa .

Apenas sorrio, ele tira a blusa e deixa seu abdômen amostra e eu fico super nervosa ao ver aquilo mas não consigo desviar o olhar, ele leva a mão ao zíper da calça e eu olho rápido para o espelho e o rubor do meu rosto atingiu níveis alto de vermelhidão, morodo o lábio inferior e me atrevo a olha-lo através do espelho e ele estava vestido apenas de box preta eu tapo as mãos com o rosto e escuto sua gargalhada.

- Não tem nenhuma graça! - falo com a mão ainda no rosto e ele continua rindo - Não temos tanta intimidade assim para você se trocar na minha frente! Me respeite.

Quem eu estava querendo enganar com essa ladainha, é claro que eu amei ver o corpo dele exposto, ver aqueles músculos nos braços definidos, o tórax trincado com gominhos que da vontade de passar o dedo, as coxas grossas....que homem meu Deus!

- Você me faz rir, mas tudo bem! Lhe devo desculpas - Olho surpresa para ele que já estava vestido com uma roupa estranha - Não vou me trocar mais na sua frente - Assinto.

- Vai sair ? - pergunto meio receosa e ele assente amarrando um sinto com suporte na cintura.

- Vou caçar, sua avó pediu para encontrar um cara chamado Adam Evans, ela disse que ele morava na aldeia e que se transformou num Bown , se o acharmos iremos ter vantagem sobre aqueles desgraçados - estava tão surpresa e nervosa que não conseguia raciocinar direito - Vou indo, não me espere para o almoço.

Me levanto da cadeira para pegar minha roupa no guarda roupa, ele segura em minha cintura e ele no fundo dos meus olhos, sua aproximação me deixa um pouco desconcertada e tímida, meus olhos incheridos desvia de seus olhos e vão até seus lábios, engulo seco e depois olho novamente para seus olhos.

- Você é tão linda! - sorrio agradecida, eu tento me soltar de suas mãos mas ele não tira as mãos atrevidas de cima de mim

Fecho os olhos e o beijo rápido para me despedir, consigo sair de suas mãos mas o mesmo segura meu braço e me traz para sí e me beija ardentemente me tirando o fôlego, levo minhas mãos até seu pescoço e ele abraça minha cintura colando nossos corpos, a faltar de ar vem para acabar com o clima e ele encerra o beijo mordendo de leve meu lábio inferior, ele sem dizer mais nada me solta e passa por mim indo para fora. Eu caio na cama e reprimo um sorrisinho bobo. Nossa!

Visto minha famosa roupa branca, so que dessa vez ele é mais curtinho. Saio do quarto e vou andando por aquele lugar enorme na tentativa de achar a cozinha. Escuto uns falatórios e entro naquele cômodo e me surpreendo com o tamanho dele, a cozinha é extravagante, vejo a Maria e aceno para ela.

- Bom dia Maria - ela vem até mim quase correndo.

- Senhora eu já estava indo levar seu café! , como se sente ? - sorrio pelo desespero dela e coloco a maoem seu ombro - Bom dia!.

- Relaxa Maria, estou muito bem, e posso descer para tomar meu café. Não quero lhe dar trabalho algum - ela sorri e me puxa para a mesa - Você sabe onde está a minha avó ? - ela nega.

- Não com certeza, por que ao que parece ela dormiu numa cabana aqui no quintal.

-Tem cabana aqui ? - ela assente - Eu adoraria conhecer! .

- Tome seu café que eu te levo para conhecer os arredores do castelo - assinto e começo a comer tudo aquilo.

É estranho meu comportamento de aceitação repentina, eu quase estrangulei vovó de tanta raiva e agora estou aos beijos com o Dante e nem deu vinte quatro horas de nosso casamento, mas isso tem que parar embora eu queira harmonia no nosso casamento para que ele dê certo e não vire um campo de guerra, ficar aos beijos com o Dante não ajudará em nada. Eu conheço meu pobre e bobo coração é bem capaz de eu me apaixonar pelo Dante por conta de seus carinhos e atenção sem ao menos saber nada dele, preciso criar um diálogo, ter um fio de amizade nele, por que desse jeito eu vou me sentir como um objeto de prazer para ele, na hora que ele quiser beijar alí estou, na hora que quiser abraçar alí estou e isso não funciona, preciso muito me valorizar embora ele seja um excelente homen, ontem ele me mostrou isso.

Cena da noite anterior...

Era muito estranho ver todas aquelas pessoas me felicitando sem eu ao menos conhece-las, eu sinceramente não estava feliz, mas também não estava triste. Pra ser sincera meu atual sentimento era um nervosismo absurdo por saber o que acontecerá depois dessa festa horrorosa de casamento, minha avó se aproxima de mim e eu ja sei do que ela falará

- Querida chegou a hora de conversarmos - arregalo os olhos - E não fique assustada, precisamos mesmi ter essa conversa .

- Muito obrigada vovó por querer me ajudar, mas eu prefiro ter minha própria experiência - ela sorri e alisa meu braço tentanto me passar coragem.

Continuo alí com a minha avó até sentir mãos em minha cintura que me fizeram gelar.

- Lincença Frida, mas eu vou subir para o quarto com minha esposa - ou ouvir aquela frase minhas pernas ficam bambas, só não cair para não passar vergonha.

Ele me conduz por um enorme corredor e a cada passo eu fico mais nervosa e as borboletas que ficam no meu estômago só pioram. Ele abre uma porta e me deixa entrar primeiro. Diferente do resto da casa esse quarto é iluminado e com uma sacada enorme, olho para a cama e a vontade de correr e me esconder estava muito grande e só não fiz isso por que sinti suas ávidas mãos me abraçarem pela cintura por trás, meu corpo todo se arrepia ao sentir seus beijos molhados no meu pescoço,um arrepio na espinha me toma quando sinto sua mão direita subindo por minha barriga indo em direção ao meu seio, eu na força do hábito dou uma cotovelada em sua costela fazendo ele me soltar e eu me viro.

- Me desculpe, me desculpe foi sem querer - ele me olha - Eu vou tomar um banho - entro no banheiro correndo.

Eu não vou conseguir, não dá! Eu nem conheço ele para termos essa intimidade, e além do mais quando aquele cerimonialista disse para ele me beijar o mesmo não o fez, não que eu me importo com isso, mas né..., visto minha camisola branca de seda e saio igual a um furacão do banheiro e pulo na cama, ele estava sentado na poltrona e olhava para mim com a sobrancelha erguida e eu sabia que devia uma explicao, respiro fundo.

- Olha Dante, eu não consigo me entregar a você! Simplesmente não dá, respeite isso por favor. Boa noite - me deito e desligo o abajur.

A Saga Almas Sombrias : A OrigemOnde histórias criam vida. Descubra agora