Diana.

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- Eu quero visitar a Diana vovó, quero muito ir ve-la - encontro minha avó lendo uns livros na biblioteca do castelo - Vamos ?

- Não! - arregalos olhos - Dante não quer que você saia do castelo então, iremos obedece-lo.

- Tudo bem! Se a senhora não quiser ir para apenas obedecer ao Dante - dou as costas a ela - Eu vou!.

   Saio da biblioteca e escutos seus gritos ao meu nome, agora eu vou ser assim independente.  Chega de ser igual uma criança que obedece a tudo e a todos. Enquanto eu estou sendo a boa menina minha amiga está sofrendo sem ninguém para distrai-la, ja que, a mesma não se lembra de nada.

     Poderia pedir ao Tyler para ir comigo, mas certamente ele negará, todo mundo gosta de agradar o Dante. Por isso eu vou sozinha. Tudo bem que eu corro um sério risco de morrer na floresta, mas vale a pena arriscar. Vou para o meu quarto e arrumo uma bolsinha para quardar as coisas, e ponho um perfume dentro, vou presentea-la com isso, foi o primeiro perfume que compramos juntas, talvez ela deva lembrar desse dia. Escuto baterem na porta e permito a entrada, o Tyler entra e se encosta no batente da porta. Eu o encaro e ele sorri sacana eu suspiro fundo.

- Você ja sabe não é ? - ele sorri e assente .

- Sua avó me contou - reviro os olhos

- E você veio me impedir , eu presumo - olho para ele o mesmo se aproxima devagar comas mãos nos bolsos.

- Não! Eu vim oferecer minha segurança.

- Como assim ? - franzo o cenho e ele para na minha frente.

- Eu sei que você quer ver sua amiga e eu não vou te impedir, eu seria incapaz disso - sorrio contente - Só não entendo o motivo de você não ter me pedido.

- Aqui nesse castelo todos seguem a risca as coisas que o Dante impõe, então...

- Eu sou o melhor amigo do Dante, não escravo, ou.....cego - ele me olha no fundo dos olhos e acaricia meu rosto, seus olhos se desviam para meus lábios e eu olho para o chão para cortar nosso contato visual e o clima antes que se intensifique.

- Obrigada, podemos ir agora ? - ele limpa a garganta e assente.

        Sei bem o que o Tyler ia fazer se eu não tivesse desviado o olhar, ele é ótimo, eu gosto muito de está com ele mas é apenas isso, eu não quero que ele se iluda ou se apaixone por mim, eu não gosto dele nesse sentido, infelizmente meu coração ainda bate forte pelo Adam,  e não esta sendo muito fácil esquecer o que vivemos. Saímos do castelo e ele pede para eu me cobrir com uma capa e assim o faço, começamo a caminhar, eu sinceramente queria evitar a companhia do Tyler, não é muito bom para uma mulher casada como eu, viajar com outro homem, isso pode gerar mal fama para o Dante.

- É..Tyler ? - o chamo meio receosa e ele me olha.

- Tudo bem, não precisa falar nada, eu ja sei o meu lugar - arregalo os olhos e ele volta a olhar para frente.

- Eu..sinto muito.

- Não se preocupe, eu que lhe devo desculpas pelo incômodo - não digo nada - Eu não consegui me conter, estávamos muito perto.

      Não digo nada e continuo andando, será mesmo que ele está apaixonado por mim ?, será mesmo que eu despertei algum sentimento nele , ou será apenas atração , vontade de me beijar ? Mas ele mesmo disse que é o melhor amigo do Dante...isso é muito errado e eu estou me sentindo culpada, talvez se eu não tivesse dado muita bola para ele e não tivesse sido muito simpática e doce, ele não se sentiria assim...isso é um fato!

       A caminha até a aldeia é domorada e fomos a pé, ele queria ir a cavalo mas eu tenho muito medo, então ele respeitou isso. Muito gentil da parte dele, olho para p céu e se formam algumas nuvens cinzas para chuva e logo me apresso para alcançar o Tyler.

- Será que chove antes de chegarmos ? - pergunto apreensiva e ele olha para o céu.

- O tempo não está assim por que vai chover! - faço cara de confusão e ele sorri.

- Estamos passando pela aldeia da chuva, aqui sempre é nublado com características de chuva, quando saimos do castelo era sol, não tem como o tempo fechar repentinamente - ele pisca para mim.

      Eu nunca soube de uma aldeia com esse nome, apenas os da redondeza, as que fazem fronteira conosco longe assim eu nunca ouvir falar. Mas fiquei feliz em conhecer um lugar novo, contiamos andando e o silêncio era revelador, agora não sabíamos como nos tratar e a melhor escolha é o silêncio, só espero que ele não dure muito tempo. Avisto o topo da montanha da minha aldeia e ja sorrio animada.

- Não demore muito por lá, eu quero te levar de volta para o castelo antes do anoitecer, é perigoso atravessar a floresta a noite - ele me olha e eu assinto.

- Prometo ser muito breve.

       Passamos pelo portão da aldeia e abro um imenso sorriso vendo a minha tão querida aldeia, as crianças como sempre correndo para lá e pra cá se divertindo, os comerciantes gritando as suas especiarias, os casais apaixonados abraçados no banco da praça e rapidamente uma nostálgia ao lembrar que o pedido de namoro do Adam foi ali, balanço a cabeça para espantar os pensamentos.

    - Oi Vic - Lúcia uma menininha me para e eu sorrio para ela - É ele seu marido ?  Ele é muito bonito - eu coro violentamente.

- Não Lulu, ele é meu amigo, meu marido é outro - ela sorri e sai correndo, não tive coragem de olhar para o Tyler.

      Chego na cabana da Diana e a mesma está mechendo no seu canteiro.

- Oi - a cumprimento e a mesma pula em em  cima de mim me abraçando - É tão bom te ver!

- Vic! Que saudades , vem entra - ela está tão eufórica que não ve o Tyler.

- Tudo bem eu espero aqui fora - ele diz e a gente entra .

     Meus olhos se enchem de lágrimas e eu as despejo sem pudor. É tão bom estar de volta aqui, isso aqui que é vida, esse é meu lugar!

- Quero que me conte tudo do seu casamento, me sinto tão mal por ter perdido ele.

-Tudo bem Diana, você não teve culpa - limpo a garganta e seco as lágrimas - Não tenho muito o que falar do meu casamento, ele é....normal!

- Pelo o que seus olhos sem brilho me mostram, ele não está normal de jeito nenhum!

Conto tudo o que está acontecendo e vez ou outra eu faço pausas para chorar e eu fico feliz de ter liberado tudo isso do peito, Diana me ouviu sem interrupções até o final e quando acabei ele me deu um abraço forte e disse que me amava, era disso que eu precisava, e não de julgamentos ou coisas relacionadas, eu precisava de alguém que me abracasse forte e me desse amor...eu sofri tanto esses últimos dias que eu me abstive de carinho e compreensão. Me sinto tão mais aliviada agora.

      Tyler e eu voltamos para o castelo, mas o meu coração ainda estava na aldeia.

A Saga Almas Sombrias : A OrigemOnde histórias criam vida. Descubra agora