Briga.

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         Chegamos no castelo e ja era noite, minha avó estava no canteiro de rosas no jardim principal e estava roenda as unhas, ela só faz isso quando está neevosa e apreensiva....o que aconteceu  ?

      Me despeço do Tylar com um sorriso agradecido e passo pela minha avó que segura meu braço e me encara com um olhar repreensivo.

- Isso não é hora de uma mulher casada chegar em casa com outro homem! - reviro meus olhos e puxo meu braço com violência.

- Me deixa em paz! - olho no fundo de seus olhos e viro as costas.

- Eu falei para o Dante! - paro de caminhar - Ele não me pareceu muito feliz.

- Me diz qual é o seu problema ? - me aproxima igual um felino dela - Por que você insiste tanto em estragar minha vida! Em acabar com a minha felicidade.

- Eu não quero estragar a sua vida, eu quero consertar, e se você não começar a me ouvir e fazer tudo o que eu disser para vivermos bem, eu serei igual uma pedra no seu sapato até que me ouça!

- Quando se tem uma pedra no sapato, é de costume as pessoas retira-la - ela franze o cenho - Fique tranquila que isso não é uma ameaça e nem nada do tipo, estou apenas dizendo que eu não sou mais uma menininha besta que tudo chora...agora eu sou uma mulher casada.

- Então se comporte como tal ! Eu ja sou uma senhora de idade, eu não tenho muitas forças para te proteger e se a gente não aproveitar a proteção que o Dante está nos oferecendo eu não sei o que será de nós!

- Estou cansada de mais para brigar com você vovó, mas uma coisa eu te falo com toda certeza...não me provoque, não é você que está vivendo a minha vida então não prega ela como se fosse uma maravilha - ela engole seco e trava o maxilar - Faço uma favor a nós duas...cale a boca!.

     Saio da frente dela a passos largos e corro pelo enorme corredor indo diretamente para o meu quarto. Antes de abrir a porta eu ina-lo uma boa quantidade de ar e fecho os olhos soltando o ar para preparar meu psicológico. Abro a porta e o Dante estava sentada a cama com uma calça moleton cinza e estava sem camisa....esse homem sente muito calor! Assim que eu passo pela porta ele vem até mim com sua velocidade de vampiro e passa as mãos pelo meu corpo para ver se não tinha nenhum machucado.

- Eu estou bem! - digo para tranquiliza-lo mas o efeito foi contrário .

- Mas poderia não estar! Foi muito perigoso você ter ido a sua aldeia - tiro a bota e o capuz enquanto ele esbraveja sua raiva - Poderia ter me avisado que sairia do castelo.

- Você nunca está em casa Dante ! E isso não foi premeditado, me deu vontade e eu fui - me viro para o mesmo que está com seus olhos Red e eu me encolho.

- Eu nunca estou em casa por que tenho assuntos de sua segurança para resolver,e eu mesmo estando em casa não adianta nada por que você não me dá espaço .

- Do que você está falando, como assim eu não te dou espaço ? - ele fecha os olhos e quando abre os olhos estão normais.

- Eu queria deixar essa droga de casamento o mais relaxado e íntimo possível! Mas você me recusou de todas as formas. Então me desculpe se eu sou grosso as vezes - ele diz irônico e agora é a minha vez de ficar irritada.

- Eu não desculpo não! - ele me olha irritado pelo tom de voz - O que você fez foi querer dormir comigo e me beijar, um bom relacionamento não se constrói apenas pelo toque, e eu não deixo você me tocar ou fazer qualquer coisa íntima demais por que pra mim você é um estranho e não meu marido.

- Estranho ? - assinto e ele ri sarcástico - Então você quer conversinha, amizadezinha e toda essa coisa clichê idiota ? .

- Através dessa coisa clichê idiota pode surgir um grande amor entre nós dois - ele revira os olhos - E você é um estranho sim, eu de você apenas sei o nome!

- Escuta aqui Victória, não fique achando que você é a única desse casamento que foi obrigada - fico surpresa - O conselho me obrigou a casar com você para lhe dar o sangue, e em nenhum momento você me agradeceu, apenas joga na minha cara que você é a vítima pobre coitada, mas eu sou maduro o suficiente para engolir o orgulho e fazer isso da certo a minha maneira.

- Não Dante! Você só quer alguém para se esquentar do frio e lhe satisfazer, todos os seus atos foram íntimos, você não quer fazer dar certo e ter uma esposa, você quer um objeto ao seu lado que lhe sirva quando bem entender.

- Você jurou submissão a mim no altar! Se lembra ?

- Me lembro muito bem, mas a submissão não significa escravidão, eu não sou um passarinho seu enganholado que recebe comida na palheta, eu sou livre e tenho diretos a escolhas próprias.

- Essa sua ideia de amor não me cabe, então seremos estranhos até o findar de nossas vidas, eu tenho meus motivos para não querer um casamento sério! E creio que você também! Então será melhor para o dois que nos tratemos como estranhos mesmo, por que eu não vou te dar o que quer e você tambem não vai dar o que eu quero, então...

- É muito melhor assim! - entro correndo no banheiro e tranco a porta! Eu não aguento mais!.

Acho que eu vou morrer infeliz!

A Saga Almas Sombrias : A OrigemOnde histórias criam vida. Descubra agora