Capítulo 1

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Pov Lalisa

- Posso ir, mamãe?

- É claro que pode

- Um, dois, três!- a felicidade na cara da pequena me fez sorrir.- Você viu? Viu como eu fui rápida?

- Vi! A mais rápida do mundo! E que tal irmos tomar um sorvete antes de voltarmos para casa?

- Sorvete!

- Vai lá pegar sua mochila!

Meu nome é Lalisa Manoban, a maior e melhor médica de Seul, tenho vinte e seis anos e sou mãe da pequena Yon de quatro anos.

Já fui casada, durante cinco anos, com Son Sungwan, a mãe da pequena. Eu era extremamente feliz com ela, e ainda quando descobrimos que ela estava grávida- pois sou intersexual- meu amor por ela só aumentou. Yon nasceu prematura, de seis meses, minha filha quase morreu, e quase me levou junto. Mas graças a Deus, tanto ela quanto minha esposa ficaram bem.

Porém, quando Yon completou oito meses, Sungwan sumiu. Simplesmente sumiu me deixando sozinha com a pequena. Eu nunca me senti tão mal, eu me sentia um lixo, alguém insuficiente. Não podia sofrer, eu tinha uma filha de oito meses pra cuidar, então foi isso que eu fiz. Dei todo o meu amor para ela. Construí o meu império, tenho milhões na conta bancária e hoje vivo em uma bela mansão com a minha filha e com alguns empregados. Tirei o sobrenome de Sungwan de Yon e deixei apenas o meu, apenas Yon Manoban.

Minha filha era incrível, tinha uma mente incrível, era inteligente, carinhosa, ativa, e mesmo com a sua bronquite asmática, ela amava nadar, jogar basquete, era uma viciada em videogame, eu não podia julgá-la, eu também era. Seu físico era parecido com o meu, com diferenciar dos seus olhos, extremamente puxados, iguais de Sungwan, mas de resto era igual a mim, até sua franja era igual a minha.

Após chegarmos em casa, subi para o meu escritório, afim de responder alguns e-mails do hospital e de alguns pacientes. Estava bem concentrada no que fazia, e não vi quando a minha pequena entrou silenciosamente ali parando ao meu lado. Eu sorri sem tirar a atenção do computador.

- Mamãe, vamos jantar! Sai desse computador!

Eu suspirei afastando a minha cadeira e a pegando em meu colo. Arrumei seu óculos, já que tinha miopia.

- Está cansada, mamãe?

- Um pouco. Não se preocupe, vamos comer, princesa?

O jantar como sempre foi ótimo, repleto de conversas, risadas, e muito amor entre eu e ela. A menina me contava sobre o dia em sua escola, já que cursava o primeiro ano. Ela era realmente muito inteligente.

Por volta das nove, coloquei Yon na cama, e segui para o meu, tomar um banho era o que eu queria agora.

Quando voltei, a minha pequena estava ali, no meio das cobertas, eu via apenas os seus olhos de gato me fitando. Não poderia falar não a ela.

- Já era pra estar dormindo, não era?

- Eu gosto de dormir com a minha mamãe...- sorri quando a pequena procurou os meus braços, amava vê-la precisando de mim, eu me sentia importante e amada.

- Durma agora, minha princesa.

...

- O que temos aqui?

- Ela teve um convulsão e desmaiou.

- Pressão?

- Baixa.

- Batimentos cardíacos?

- Fracos.

- Certo.- olhei para o lado encontrando uma menina chorando desesperadamente. Caminhei até ela e ms ajoelhei na sua frente.- É parente dela?

- S-sim... ela é a minha avó...

- Só você está aqui?

- Moramos apenas nós duas... por favor, não a deixe morrer... ela é tudo o que eu tenho...

- Fica tranquila, ok? Vou fazer o meu melhor.

Passei o dia analisando e examinando aquela senhora, chegando ao um resultado muito ruim. Sabia que para aquela garota seria horrível.

Andei pelo o corredor indo direção aquela garota, formulando o que falaria.

- Hey... O que eu tenho pra te dizer é complicado...

- A minha avó vai ficar bem?

- A sua avó está com um tumor no cérebro... e ele é terminal.

- Então... a minha avó... não...

- Sinto muito... três dias no máximo.

A garota começou a chorar batendo sua cabeça com força na parede. Meu coração apertou de um modo que a muito não acontecia, parecia que eu conseguia sentir a sua dor. Sem saber o que fazer passei a mão em suas costas, de algum modo tento confortá-la de algo que não havia conforto.

- Desculpe...

- Não peça desculpa, sei que isso é difícil.

Meu expediente acabava as três, mas fiquei até as dez, apenas por não querer deixá-la. Sempre passava por aquele corredor, a encontrando no mesmo estado.

Fui até a máquina de café a uma distância considerável dela, e sem querer- ou não- consegui ouvir uma ligação.

- Quando a vovó morrer, vou ter que voltar a morar com o papai, e você sabe o que ele já fez... por favor, unnie, me ajuda... tudo bem... até.- Eu andei até ela mexendo aquele café, que no fundo não me atraía o apetite, apenas por já ter tomado aquilo durante o dia inteiro.

O estendi na direção da garota, que meio relutante, aceitou.

- Obrigada...

- Bom, eu preciso ir agora, ficará bem aqui sozinha?

- Sim... eu posso ficar com a minha avó?

- Não é permetido... mas tudo bem...

- Muito obrigada...

***

Minha primeira fic G!P, eu espero que vocês gostem!! Desculpem os erros!!

Arraste-me ( Jenlisa G!P)Onde histórias criam vida. Descubra agora