Capítulo Três - Pietro

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Notas da autora:

E vamos de capítulo ESSENCIAL, icônico, tudo pra mim, o começo dos surtos, etc. 

Gosto demais disso aqui, pois acho que é o real estopim de tudo o que está pra acontecer daí pra frente. Aliás, a gente descobre umas coisas MUITO interessantes, além de que amo demais quando a família Drago aparece horrores, pois são muito meus filhos, até mesmo o papai soberano Drago, enfim.

O cliffhanging é de foder e não irei assumir essa culpa, então vocês que lutem aí até o próximo, pois até eu ficaria com raiva desse momento. HAUAHUAHAUHAUA

Inclusive, um dos momentos mais significativos ocorre por aqui, principalmente para o Pietro, espero que gostem, pois muita coisa a respeito da magia dele e de como ele é passa a mudar desse capítulo em diante e é TUDO PRA MIM ver a evolução dele como personagem. 

Enfim, aguardo comentários e responderei assim que postar essa belezinha!

Beijinhos de luz pra vocês, amados!

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Capítulo Três– Pietro

Initium

Eu não fazia a menor ideia de que aquela seria a pior noite de toda a minha vida, desde o falecimento de minha mãe.

Ao que me deparei com a enorme construção arquitetônica e moderna dos Wright, prestes a adentrar a festa de noivado do meu melhor amigo, tudo o que me veio em mente era o quanto eu precisava evitar que as coisas ao meu redor desmoronassem, como eu tão bem sentia que estavam prestes a fazer. Ao mesmo tempo em que as horas que se seguiriam mudariam tudo o que eu acreditava ser e vivenciar, aquela mesma noite em questão traria para mim o imaginável. E não da pior forma possível.

A ânsia que cresceu dentro de mim, como um solavanco que me fez precisar respirar fundo, antes de saltar do carro de meu pai, ao que as mãos se tomaram repletas de poder. Dedos avermelhados, firmando-se contra o banco de carona, enquanto tentava cadenciar minha respiração, de forma a não hiperventilar... Sem saber a menor noção do que causava aquele mal, ao mesmo tempo, eu sentia um entorpecer muito bem vindo. Tomando-me os dedos, afastando a magia com rapidez, quase como se eu fosse facilmente controlado... Após longos dias do oposto. De magias sendo liberadas sem motivo algum, objetos destruídos e total incapacidade de minha parte... Tudo sumindo em um estampido dentro de mim, assim que pousei meu olhar naquela residência. 

Sequer imaginava que a dualidade comandaria meus atos, meus sentimentos e, principalmente, meus poderes, quando saí daquele automóvel nada discreto, acompanhado de minha irmã e meu velho pai. Ivan estava impecável, com seu melhor terno, os cabelos escuros como os meus, embora mais compridos, seguiam bem penteados, e os olhos de um azul quase esbranquiçado, estavam camuflados com uma magia simples de contenção... Meu pai era um homem que trazia completa segurança e casualidade consigo, as duas qualidades caminhando juntas, quando seguiu em frente, sem esperar que eu e Chiara tomássemos o mesmo rumo. Estava prestes a julgá-lo, quando avistei Martha e David Wright o esperando, próximos à entrada da casa, acenando animadamente em nossa direção.

Nossos pais eram tão amigos quanto eu e Sam éramos, então não me surpreendi ao engatarem aquele conversa extremamente animada, a não ser esperar que Chiara desprendesse seu vestido longo prateado e espalhafatoso do cinto de segurança, para que seguíssemos em frente. Encarei a fila de carros estacionada na espécie de aterramento improvisado diante da casa que era constituída por madeira rústica, paredes envidraçadas e outras de tijolos acinzentados, diferente da versão anterior e vitoriana do lar dos Wright e onde havia passado boa parte da minha infância.

Maleficium || Livro Um - PotentiaOnde histórias criam vida. Descubra agora