Nota da autora:
Ora, ora, chegamos finalmente ao surto e gritaria.
Gostaria de agradecer as migas que aqui persistem a ler essa história, significa muito pra mim, principalmente a partir de agora. Pouco a pouco, o real motivo da história, o enredo, vai se tornando mais e mais claro, uma vez que a Mae precisa passar por tudo isso aqui.Não irei dar spoilers na intro, claro, mas quero que saibam que esse capítulo representa um ponto muito marcante... Acho que o fim da vida dela, como era antes. E o início de algo que vai ser muito incrível da gente acompanhar. Tenho muito carinho por essa personagem, (tanto quanto os outros, claro), mas por tudo o que ela vai passar ao longo dessa história e como vai lidar com toda essa força. Enfim, sigo emotiva aqui, pois estou quase terminando de escrever esse livro e a Mae é meu xodózinho mágico.
Enfim, espero que gostem desse capítulo e continuem acompanhando tutu!
Beijinhos de luz!
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Capítulo Quatro – Mae
Ad Finem
Talvez eu tivesse alguma conexão cósmica com banheiros que ainda era indefinida... Por simplesmente ser um lugar em que eu poderia ficar em total silêncio, ou até mesmo falando comigo mesma, longe de qualquer julgamento... Principalmente quando precisava de um refúgio no meio de tanta gente. Colocar as ideias no lugar, tentando encontrar certa paz que nem por um decreto parecia querer me acalentar em algum momento. Bom, a última semana, após todo aquele episódio dramático, havia sido uma das melhores, longe do que eu esperava. O que, por motivos óbvios e denominados "má sorte da Mae", havia acabado naquela noite.
Os calmantes ajudaram, as vozes estavam diminuindo, mas a ansiedade havia crescido, além dos efeitos que os medicamentos deveriam causar em mim. Talvez por precisar passar por aquele breve evento importante em minha vida, cujo havia feito com que eu mal pregasse meus olhos na noite anterior, após horas ajudando a mãe de Sam a executar os mais fúteis e demorados detalhes de uma festa que eu não era muito inclinada a fazer por conta própria... Talvez por eu ainda ser uma garota londrina com poucos amigos, pouco interesse em celebrar exageradamente qualquer coisa em minha vida, uma vez que eu nunca havia tido motivos para celebrar nada.
Ok, eu pensava que era aquilo que estava me atormentando de verdade e me fazendo querer isolar-me por completo de todas aquelas pessoas (e incrivelmente de Sam também), até olhar aquele maldito par de olhos azul e violeta.
Precisar me esconder em uma desgraça de banheiro para recuperar o fôlego havia sido o estopim do dia em que eu deveria brilhar junto a Sam e me entregar a toda felicidade que batia à minha porta. As coisas subitamente ficaram bem complicadas quando eu sentia aquele turbilhão de coisas pelo melhor amigo do meu noivo perfeito e completamente apaixonado por mim, sem qualquer explicação coerente em um primeiro momento. E não, mil vezes não, eu não era uma desgraçada da cabeça que acordava do dia para noite interessada em outra pessoa. Muito menos nas atuais circunstâncias da situação.
Desde que deixei Sam para trás, com a desculpa de que precisava ir rapidamente ao banheiro, meu corpo inteiro não havia parado de tremer ou ser tomado por um calor exorbitante, de dentro para fora, mas que parecia conter-se, limitar-se... Era como se eu pudesse sentir algo tentar sair de meu corpo, sem muito sucesso, desde o primeiro momento em que olhei diretamente para Pietro. Eu sequer me lembrava de seu rosto nas fotos antigas que Sam havia me mostrado, muito menos me recordava de... Ok, vamos aos drásticos e fodidos fatos.
A sensação era de que eu havia sido uma idiota por tanto tempo. Afinal de contas, eu deveria me lembrar de seu rosto, da instabilidade de seu olhar e da diferença de cores, que só de pensar... Droga, era como se cada fragmento desregulado do meu corpo entrasse nos eixos. E eu não estava nem um pouco acostumada em me sentir relativamente bem a respeito de qualquer coisa... Muito menos segura de que eu não era louca. Pois foi uma das primeiras coisas que pontuei, assim que nossos olhares entraram em sincronia... Eu vi tanta coisa, eu realizei tantos problemas... Que não, não era possível. Um cara que eu mal conhecia não poderia ser capaz de ser a resposta parada toda a catástrofe que havia surgido para mim nos últimos anos.
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Maleficium || Livro Um - Potentia
FantasyNo início de tudo, não havia nada além dos humanos... Pequenas almas despreparadas, que pouco sabiam os misticismos de sua criação. Exaustos e entediados, os três grandes arquitetos celestiais deram origem ao início do conturbado Reino Mágico e toda...