Prólogo II - Malos Fructus

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Nota da Autora:

Olá, seres mágicos!

Prólogo duplo pra vocês, então serei breve dessa vez. Após introduzir o Reino Mágico, vamos a esse importante ponto. Não posso falar muito, pois pode acabar soando como algum spoiler... Mas esse capítulo detém pontos importantíssimos para a história, acreditem em mim. Inclusive, adoro como ele representa todos os lados da Magia que vocês vão ver em Maleficium.

A partir do próximo capítulo, vocês vão conhecer finalmente os nossos personagens. E espero que gostem deles, assim como sou obcecada por cada um, são basicamente meu orgulho e adoro colocá-los nas piores e melhores situações... Então, me aguardem!

Queria agradecer ao anjo celestial chamado Larissa (ou Laress para eu mesma, pois só sei chamar assim) por ter feito essa capa INCRÍVEL pra mim. Do jeitinho que Maleficium merece e com cara de sucesso nas livrarias, levando a miga comigo pra isso. Muito obrigada, de coração. ♥ Tu merece o mundo e muito mais por tudo o que já fez por mim nesses quase seis anos (eu acho?) de surtos por absolutamente tudo. Te emo demais ♥

Espero que gostem! E, como sempre, responderei comentários quando puder!


Beijinhos de Luz! 



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Prólogo - II

Malos Fructus


Vermelho. Brilhante. Incandescente, como tinta fresca. Como sangue vivo.

Misturava-se ao laranja e o amarelo, as cores dançando entre si em um ritmo sombrio e inquietante, no início tímidas, mas logo ardentes, entrelaçando-se como um pôr-do-sol acalentador de uma manhã tropical. O cenário seria perfeito, se nos limitássemos ao tom das cores... Sem a temperatura sendo tão imparcial quanto o calor que a junção dos tons quentes trazia. Calor... Arrebatador e que queimava as primeiras toras de madeira da fogueira, alastrando-se cheia de propriedade para cima, em direção ao seu alvo: Elizabeth Bishop.

A fogueira era imponente, tanto quanto sua grandiosidade natural ao ser posta em chamas. Seu inferior era robusto, adornando um pequeno palco de metal onde a mulher estava de pé, acorrentada a um mastro do mesmo material resistente da plataforma, esta a única vítima impune das labaredas cada vez mais nocivas. O palco havia celebrado outras milhares de mortes ao longo de anos sinuosos e perigosos... Depois de ter sido imposto o fim das trevas, elas ainda sim insistiam em ressurgir. E era ali que seu destino era findado.

A única figura que seria lançada à derrocada naquele início de noite se mantinha plácida... Para não dizer sorridente e satisfeita. Elizabeth vestia a túnica preta de sacrifício da qual seus aliados sempre tiveram medo, mas que, para ela, não passava apenas de um manto que orgulhosamente carregava antes mesmo de propriamente usá-lo. Era exatamente como imaginava: três vezes maior do que seu corpo e de um tecido fino... Do tipo que queimava propositalmente com facilidade. As mãos até doíam por estarem acorrentadas há tanto tempo por algemas de ferro antigo e gasto, mas com escritos cravados ao seu redor, assegurando que Elizabeth não iria tentar o caminho mais fácil e fugir de sua morte. Mas doer nunca havia sido um problema... Os cortes em seus braços, originários de inúmeros sacrifícios de sangue regados a cânticos demoníacos, denunciavam isso. Elizabeth era imune a tudo... A não ser a obscuridade.

Maleficium || Livro Um - PotentiaOnde histórias criam vida. Descubra agora